Estudo sobre Isaías 66
Isaías 66
As divisões em parágrafos da NVI, junto com a alternância entre as seções em verso e prosa, servem para chamar atenção para o fato de que o cap. 66 contém uma variedade considerável de material; os oráculos e partes de oráculos foram combinados para a apresentação das lições finais do livro. Em geral, predomina o mesmo tema do cap. 65, a saber, o abismo entre os judeus fiéis e os infiéis, e entre os seus respectivos destinos.
Os v. 1-6 preveem a reconstrução do templo sob Ageu e Zacarias, mas advertem que nem a reconstrução em Sl nem as ofertas de muitos sacrifícios vão em Sl agradar a Deus, que, afinal, não precisa de templo feito por mãos humanas (v. 1). O que Deus gosta de ver é o homem que é humilde e obediente à palavra dele (v. 2); a adoração falsa não é nada melhor do que a idolatria ostensiva (v. 3,4), especialmente quando está associada à hostilidade contra os devotos (v. 5). Hipócritas desse tipo mais cedo ou mais tarde (embora não antes de o templo ser reconstruído) serão castigados (v. 6).
Os v. 7-16 retomam um tema anterior, o futuro bem-estar de Jerusalém, retratada em termos de uma mãe e seus filhos; a metáfora é sustentada até o final do v. 14. O paradoxo reconfortante dos v. 7,8 pretende chamar a atenção para a velocidade miraculosa com que a cidade — agora em ruínas, quase abandonada — será reconstruída, recuperando população e prosperidade, v. 11. em sua fartura'. mais provavelmente “seu leite abundante” (NEB). Essas bênçãos do povo fiel de Deus vão servir ao mesmo tempo como castigo e sinal contra os seus adversários (v. 14ss).
Os v. 17-24 também se ocupam com o destino dos judeus rebeldes, especialmente aqueles culpados das degradantes práticas idólatras (v. 17). (Não se sabe com certeza que ritual está sendo mencionado com a expressão que está no meio\ alguns estudiosos sugerem que a prática mencionada em Ez 8.7-13 está em vista.) A última frase do capítulo (v. 24) é uma advertência séria contra esses rebeldes. Contudo, dois temas mais alegres são também incluídos. Há a promessa renovada aos judeus fiéis segundo a qual a nação será restaurada, os exilados serão trazidos para casa de todos os cantos do globo (v. 19) e nunca mais serão expulsos da sua herança (v. 22). Finalmente, encontramos a promessa de que das nações dos gentios virão aqueles que estarão preparados não somente para ajudar os israelitas (v. 20), mas também para adorar o Deus de Israel; pois é a sua vontade que toda a humanidade se incline diante dele (v. 23). Nessa comunidade de fiéis, o nascimento não é barreira (v. 21); e assim está prefigurada a igreja. Assim, o livro de Isaías termina com a advertência aos judeus de que “nem todos os descendentes de Israel são Israel” (Rm 9.6), e com o apelo a todos os homens: “Par[em] de duvidar e creia[m]” (Jo 20.27).
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