Estudo sobre Isaías 11
Isaías 11
O futuro rei apontado por Deus (11.1-16)
v. 1-9. O desastre por vir agora foi profetizado tanto para Judá quanto para a Assíria; mas além do período de dificuldades de Judá está uma esperança gloriosa. O desastre vai humilhar até a linhagem de Davi, assim sugere a referência ao “toco” (NTLH) de Jessé (v. 1); mas dessa linhagem viria o governante ideal de Deus. O tema de 9.6,7 é assim retomado; mais uma vez, retidão (v. 5) e paz (v. 6, 9) são destacadas. O rei vindouro vai estar completamente capacitado para a sua tarefa pelo Espírito do Senhor (v. 2), que muito antes disso já havia capacitado o próprio Davi (cf. 1Sm 16.13); e (não menos do que Salomão) ele vai exercer justiça (v. 4) perfeita na sua administração. Não sabemos a que altura do seu ministério Isaías anunciou esse oráculo, mas podemos observar claramente entre as linhas o contraste com o rei que estava no trono de Judá, e as condições presentes. Acaz provavelmente era o rei da época, e não Ezequias, que mostrou muitas características piedosas.
O texto mostra que a época de paz (v. 69) beneficia a natureza toda, em todo o mundo. O interesse primário do profeta está na situação de Jerusalém (o santo monte), mas ele enxerga a terra toda em harmonia com Deus (v. 9).
v. 10-16. Embora seja um poema separado (aliás, os v. 10,11 aparentemente são dois breves oráculos independentes), esse texto leva adiante o tema dos v. 1-9. O rei vindouro, agora chamado Raiz de Jessé, vai garantir que a terra se encha do conhecimento do Senhor (v. 9) ao atrair todos os homens a Sl. Pessoas de todas as nações — até mesmo da Assíria (v. 16) — vão olhar para ele; por isso, ele é descrito como uma bandeira (v. 12), como um sinal que vai levar para casa todos os exilados de Israel e de Judá. O povo reunido de Israel vai esquecer as antigas rivalidades (v. 13) e tomar iniciativas militares somente contra os inimigos intransigentes de Israel (v. 14,15). (encostas da Filístia é uma referência ao “ocidente” [BJ; “oeste”, NTLH] ou aos flancos dos filisteus [“ombros”, ARA, ARC]). A dispersão de Israel e Judá retratada no v. 11 vislumbra um tempo muito posterior às realidades da época de Isaías; v. Introdução.
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