Estudo sobre Isaías 55

Estudo sobre Isaías 55

Estudo sobre Isaías 55




Isaías 55
O desafio para guardar as promessas (55.1-13)
A mensagem aos exilados (caps. 40—55) conclui com um apelo vívido e eficiente (v. 1-9) e com uma promessa solene mas alegre (v. 10-13). As palavras do v. 1 são sem dúvida metafóricas, provavelmente lembrando os gritos de vendedores de rua; mas essas mercadorias são gratuitas! O apelo é basicamente um chamado para sair da Babilônia e fugir de todas as suas seduções (caracterizadas como aquilo que nSo satisfaz) e, com confiança em Deus, realizar a árdua jornada de retorno à Palestina (v. 2,3). A “terra prometida” ainda é a terra da promessa (v. 2,13), tanto do ponto de vista espiritual quanto do material; se os exilados derem ouvidos e obedecerem às ordens, então “poderão ter toda a plenitude de vida” (Whybray, parafraseando a expressão um tanto enganosa do v. 3: para que a sua alma viva) cf. Jo 10.10.
Os v. 3ss são de interesse especial nesse contexto; eles não são tanto uma promessa quanto uma parte do apelo do profeta. Os exilados estariam propensos a procurar um novo líder humano, outro Davi, por motivos egoístas; em vez disso, eles ouvem que têm a responsabilidade de realizar as funções de Davi para com o mundo. As funções em questão aqui não são somente as de príncipe (líder) mas de instrutor (governante) e de fato de testemunha do poder de Deus. Como comenta C. R. North, esses termos sugerem liderança moral, e não ditadura. Dessa maneira, as promessas eternas feitas a Davi (cf. 2Sm 7) são confirmadas ao povo judeu, contudo, não como promessas a eles, mas como um chamado ao serviço glorioso. (A promessa do Messias pode bem estar implícita, mas não é a ênfase dessa passagem.)
Os v. 6-9 reforçam o mesmo apelo. Durante séculos, Israel havia procurado Deus no santuário, do qual os exilados haviam sido separados por muitos e muitos quilômetros; mas agora é possível achá-lo, porque ele está perto, esperando para resgatá-los da Babilônia.
Isso significa desviar os olhos deles do esplendor transitório da Babilônia e voltá-los para as realidades das obras iminentes de Deus na história (por meio de Ciro). Com essa ordem, vem a promessa do perdão completo dos pecados que os tinham conduzido à Babilônia.
Os v. 10-13, em forma de epílogo, insistem em que todas as promessas de Deus aos exilados são irrevogáveis, tão imutáveis como os padrões da natureza (v. 10,11). Mas a própria natureza pode e vai ser transformada (v. 12,13); a linguagem poética dos hinos de Israel (cf., e.g., SL 96.11,12) pode tornar-se uma realidade miraculosa, quando Deus reverter os efeitos da Queda (cf. Gn 3.17,18) para a bênção do homem e para a sua própria glória. Quando esse milagre ocorrer, vai ser irreversível (v. 13); mas ele não pode nem começar a acontecer se os exilados não virarem as costas para a Babilônia, da qual eles agora têm a oportunidade de sair em júbilo para serem conduzidos em paz e prosperidade (v. 12).

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