Estudo sobre Isaías 48

Estudo sobre Isaías 48

Estudo sobre Isaías 48




Isaías 48
A ordem para a partida (48.1-22)
O capítulo final dessa parte do livro é enigmático, visto que combina os temas de esperança e promessa que são característicos dos caps. 40—48 com palavras de condenação e repreensão (que alguns comentaristas consideram deslocadas e as atribuem a um editor posterior). Também não está claro se temos aqui um oráculo único em forma de poema ou uma coleção de diversos oráculos breves. Em terceiro lugar, há algumas incertezas textuais.
Aparentemente, o melhor a fazer é considerar o capítulo um poema único e explicar o elemento desproporcionalmente grande de crítica e censura em termos do público-alvo. Nos caps. 40—47, o profeta evidentemente estava falando primeiramente àqueles judeus exilados que, embora hesitantes, não tinham abandonado o seu Deus, e que estariam dispostos a obedecer à sua mensagem; o cap. 48 é dirigido à nação toda (cf. v. 1) e lembra os pecados que a tinham levado ao desastre político, a saber, a combinação de adoração formal e insincera (v. 1,2) com idolatria (v. 5). Profecias anteriores e a antiga hostilidade de Israel aos profetas também são lembradas (v. 3,4). As coisas poderiam ter sido bem diferentes (v. 17ss)
A nação foi castigada (v. 10), mas ainda é obstinada e traiçoeira (v. 8). Não obstante, para alcançar os seus próprios objetivos, Deus se propõe a agir para a salvação deles (v. 9) e ele agora lhes dá as notícias surpreendentes da queda da Babilônia e das vitórias de Giro (v. 14,15). Deus é o que fala na maior parte do capítulo, mas de repente o profeta insere uma frase no final do v. 16, provavelmente para mostrar o cumprimento do plano de Deus a fim de advertir o seu povo da queda iminente da Babilônia.
A queda da Babilônia vai proporcionar aos exilados um segundo êxodo (v. 20,21). Esse chamado para deixar a Babilônia é o clímax dos caps. 40—48. Os que obedecerem não terão nada a temer ao se juntarem à difícil jornada para casa (v. 21); mas os que forem tão ímpios a ponto de rejeitar as instruções de deixar a Babilônia estão perdendo o direito à prosperidade que poderiam ter (v. 22). (A palavra hebraica shãlõm, paz na NVI, seria mais bem traduzida por “prosperidade” nos v. 18 e 22).

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