Jeremias 32 — Interpretação Bíblica

32:1-5 O capítulo 32 começa nos contando que foi o décimo ano do rei Zedequias de Judá e o décimo oitavo ano de Nabucodonosor (32:1) – cerca de um ano antes da queda de Jerusalém. Jerusalém estava sitiada pela Babilônia, e Zedequias aprisionou Jeremias por profetizar que Deus entregaria a cidade e seu rei a Nabucodonosor (32:2-5). O ingênuo Zedequias perguntou: Por que você está profetizando dessa maneira? (32:3). Ele não conseguia entender por que Jeremias previu um desastre para seu próprio povo e para seu rei. Ele sentiu que o profeta era um traidor! Nunca lhe ocorreu que Jeremias pudesse realmente estar falando em nome do Senhor — servindo como um verdadeiro profeta.

32:6-15 Mais uma vez, porém, Deus lembrou-se da misericórdia em meio à ira e deu a Jeremias outra lição vívida sobre sua certeza de que não destruiria completamente seu povo. Mesmo com os babilónios às portas de Jerusalém, Deus disse a Jeremias para resgatar um pedaço de terra da sua família na sua cidade natal, Anatote (32:6-12; ver Lv 25:25-28), que já estava sob controlo babilónico. Deus sabia que Jeremias não compraria o campo por iniciativa própria. Quem faria isso? Seria como comprar um carro que o dono não possui mais porque foi roubado! Então Deus revelou antecipadamente a Jeremias que seu primo Hanameel lhe pediria para fazer essa coisa incomum (32:8).

Jeremias obedeceu a Deus e comprou o terreno, embora parecesse fazer tanto sentido quanto colocar cadeiras no convés do Titanic que estava afundando. Mas ele registrou devidamente a escritura e fez com que seu secretário Baruque colocasse as duas cópias num jarro onde elas durariam muito tempo (32:14). Então Jeremias aprendeu com o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel, o que isto significava: Casas, campos e vinhas serão novamente comprados nesta terra (32:15). O povo de Deus um dia voltaria para casa.

32:16-25 Jeremias então orou, expressando sua fé e confiança em Deus – e sua perplexidade com a forma como Deus estava executando seu plano. Jeremias tinha uma visão muito elevada da grandeza de Deus (32:16-19). Ele afirmou as obras poderosas do Senhor ao tirar Israel da escravidão do Egito para a sua própria terra – onde, tragicamente, eles falharam em obedecê-lo (32:20-23). Jeremias conhecia a soberania de Deus e a história do seu povo. Ele sabia que Deus havia entregue Jerusalém aos caldeus (os babilônios) por causa dos pecados de Judá (32:24). Mas Jeremias ainda expressou perplexidade com o que Deus estava fazendo. Porquê dizer-lhe para comprar um terreno num país que estava prestes a ser invadido e os seus habitantes deportados? (32:25).

32:26-44 Em sua resposta à oração de Jeremias, Deus primeiro estabeleceu algumas regras básicas: Eu sou o Senhor, o Deus de toda criatura. Alguma coisa é muito difícil para mim? (32:27). O próprio Jeremias havia declarado que nada é difícil demais para o Senhor (32:17), então ele sabia que esta não era uma questão de múltipla escolha. Por que, então, Deus professou sua onipotência? Porque ele estava prestes a dizer a Jeremias que depois que o castigo de Judá estivesse completo (32:28-35), Deus traria a nação de volta à sua terra e o povo voltaria a desfrutar da prosperidade (32:36-44). A redenção do campo por parte de Jeremias (32.6-15) foi significativa. Foi uma promessa de que Deus não havia abandonado seu povo. Esta é a declaração do Senhor (32:44) e implica que você pode contar com ela.

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Fonte: Tony Evans Bible Commentary