Jeremias 18 — Interpretação Bíblica
Jeremias 18 — Interpretação Bíblica
18:1-4 Deus enviou Jeremias à casa do oleiro para observá-lo fazer cerâmica com barro. Deus pretendia revelar [suas] palavras a Jeremias por meio de outra lição prática (18:2). À medida que o oleiro moldava o barro em uma jarra, ela ficou defeituosa. Então ele refez o jarro, como lhe pareceu certo fazer (18:4). Isto ilustrou a mensagem de julgamento e restauração que Jeremias levaria ao povo de Deus.
18:5-10 A mensagem de Deus para Judá era inextricavelmente clara. Assim como um oleiro tem liberdade para fazer o que quiser com seu barro, o Senhor soberano tem liberdade para salvar ou destruir qualquer nação com base em sua resposta ao seu pronunciamento de condenação ou bênção. Nínive vem à mente como um exemplo de Deus cedendo no julgamento quando os ninivitas se humilharam com arrependimento em resposta à pregação de Jonas (ver Jonas 3:5-10). As pessoas da época de Jesus foram um exemplo de rejeição da palavra de Deus – neste caso, a Palavra encarnada – e de transformar a bênção em maldição (ver Mateus 12:41).
18:11-12 Jeremias deveria transmitir a mensagem e explicar as opções (12:11), mas Deus o avisou antecipadamente qual seria a resposta do povo (12:12). Eles continuariam seguindo seus corações teimosos pelo maior tempo possível.
18:13-17 A rebelião de Judá contra Deus foi tão chocante que mesmo aqueles nas nações ao seu redor nunca tinham ouvido falar de um povo que se recusasse a adorar e seguir o seu deus (18:13). As peregrinações de Judá fizeram seu povo tropeçar no caminho bem marcado da obediência a Deus (18:15). A destruição de Judá seria tão completa que qualquer viajante que passasse ficaria horrorizado e balançaria a cabeça (18:16). Pior de tudo, Deus viraria as costas e não o rosto para o seu povo (18:17). A punição é uma coisa; a ausência da presença de Deus é tudo.
18:18 No entanto, apesar das advertências de Deus e apesar do choro de Jeremias por eles, certas pessoas conspiraram contra o profeta: Venha, vamos fazer planos contra Jeremias. . . . Venha, vamos denunciá-lo e não prestar atenção a todas as suas palavras. Os inimigos do profeta lançaram uma campanha de calúnia contra ele, na esperança de manchar a reputação de Jeremias para que ninguém levasse a sério a sua mensagem.
18:19-23 Aqui o profeta oferece uma oração pela vingança de Deus sobre seus inimigos. Eles haviam retribuído o bem com o mal (18:20), e era hora do julgamento. Jeremias tinha ouvido Deus dizer repetidas vezes que Judá estava além da redenção em termos de evitar a invasão e o cativeiro que se aproximavam. Aqui ele dá um passo atrás, por assim dizer, e diz: “Deus, derrame seu julgamento sobre meus inimigos, que também são seus inimigos. Fiz tudo o que pude por eles. Julgue-os como seus pecados merecem.”
O pote de barro 18.1-12
O oleiro trabalhando é uma figura do Deus que tem o mundo em suas mãos (Is 29.15-16; 45.9; 64.8; Rm 9.20-23).
18.2 Desça. Parece que o lugar onde faziam potes de barro ficava na descida para o vale de Ben-Hinom, perto do Portão dos Cacos (Jr 19.2).
18.3 trabalhando com o barro sobre a roda de madeira. Naquele tempo, os potes de barro eram bastante comuns. Eram feitos de forma artesanal, como é mostrado aqui.
18.7 arrancar, derrubar ou destruir. Jr 1.10.
18.8 se essa nação... abandonar a sua maldade, então eu mudarei de idéia. Jr 26.3,13. Ao cumprir suas ameaças e promessas, Deus não age como se fora um destino cego; ao contrário, ele leva em conta a reação das pessoas às quais ele se dirige (Ez 33.10-20). Um exemplo de como Deus muda de idéia aparece no Livro de Jonas (Jn 3.9-10).
18.12 Eles vão responder: “Não adianta...” Deus quer que o povo melhore sua maneira de viver (v. 11); ao mesmo tempo, sabe que eles já tomaram sua decisão (Jr 6.16; 11.8).
O povo rejeita a Deus 18.13-17
Através de Jeremias, Deus avisou que castigaria o povo de Judá (v. 11). O povo rejeitou a advertência (v. 12) e, por isso, mais uma vez, o profeta anuncia o castigo.
Através de Jeremias, Deus avisou que castigaria o povo de Judá (v. 11). O povo rejeitou a advertência (v. 12) e, por isso, mais uma vez, o profeta anuncia o castigo.
18.14 águas frias que correm montanha abaixo? O texto hebraico não é claro, e diferentes traduções são possíveis.
18.15 o meu povo tem esquecido de mim. Jr 2.32. os caminhos antigos. Ver Jr 6.16, n.
18.17 vento leste. O mesmo que é mencionado em Jr 4.11-12. Trata-se de um vento muito quente e forte que sopra do deserto e levanta o pó. Virarei as costas para eles. Porque o povo havia virado as costas para Deus (Jr 2.27).
O plano para matar Jeremias 18.18-23
Esta é a quinta “confissão” de Jeremias (ver 11.18-23, n.). Aqui, ele se queixa de seus inimigos, que estão querendo matá-lo.
Esta é a quinta “confissão” de Jeremias (ver 11.18-23, n.). Aqui, ele se queixa de seus inimigos, que estão querendo matá-lo.
18.18 sacerdotes... sábios... e profetas Essas eram as três “classes” das quais vinha o ensinamento para o povo.
18.22 armaram armadilhas para me pegar Sl 57.6.
18.23 Não perdoes a maldade deles Is 22.14; ver Jr 11.20, n. Um pedido bem diferente aparece em Lc 23.34.
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