Significado de Jeremias 25

Jeremias 25

25:1-51.64 A segunda metade do livro de Jeremias começa neste trecho. Em Jr 2-24, Jeremias falou principalmente contra os pecados de Judá e de Jerusalém. A partir de Jeremais 25, ele fala não apenas a Judá e Jerusalém, mas também a todas as nações da terra.

25:1-38 Todo o capítulo serve como uma passagem de transição entre as duas principais coletâneas de oráculos proclamados por Jeremias. Muitos teólogos consideram esse capítulo um tipo de resumo da primeira parte (Jr 2 24) contendo oráculos de julgamento contra Judá. Entretanto, ele também introduz a segunda seção (Jr 2651) contendo oráculos contra as nações, começando com Judá.

Em Jeremias 25 existem duas partes: (1) um oráculo da semente: julgamento versus Judá e Babilônia (Jr 25:1-14); e (2) julgamento sobre as nações (Jr 25:15-38).

25:1-14 O julgamento contra Judá e a Babilônia tem uma função em Jeremias 25-51 da mesma maneira que Jeremias 2.1-3 está relacionado em Jr 2 24, ou seja, fornecendo uma espécie de resumo do que está mencionado no contexto mais abrangente.

Os temas básicos são: (1) o julgamento de Deus contra Judá (Jr 25:1-11), que antecipa Jeremias 26-45; e (2) o julgamento de Deus contra a Babilônia (representando as nações; Jr 25:12-14, Jr 15-38), que antecipa Jeremias 46-51.

A data é estabelecida como sendo o quarto ano de Jeoaquim (o primeiro ano de Nabucodonosor), ou seja 605, 604 a.C.

25:1, 2 O primeiro ano de Nabucodonosor. Em 605 a.C., Nabucodonosor sucedeu seu pai no trono da Babilônia. Ele rapidamente levou seu exército a Carquêmis e derrotou os egípcios e algumas tropas assírias. No ano seguinte, as forças de Nabucodonosor obtiveram o controle de toda a Palestina, alcançando até a porção sul no rio do Egito.

25:3 Começando com o período em que foi chamado, em 626 a.C., Jeremias proclamou fielmente a mensagem do Senhor por 23 anos. A expressão idiomática madrugando e falando descreve a diligência e a persistência de Jeremias.

25:4, 5 Outros profetas, tais como Habacuque, Sofonias e Urias (Jr 26.20), e outros de séculos anteriores, haviam proclamado com persistência a mensagem de arrependimento para que a nação pudesse permanecer na terra. Segurança, prosperidade e vida longa na terra estavam diretamente relacionadas à fidelidade da nação para com a aliança de Deus (Dt 28; 29).

25:6, 7 A expressão andar após é usada ao longo do livro de Jeremias significando adoração a deuses alheios. A obra de vossas mãos refere-se aos ídolos feitos por homens utilizados em adoração pagã, uma violação da aliança (Ex 20.3-5) que provocou a ira de Deus.

Jeremias 25:1-7

Israel Rejeita Serviço Profético

Neste capítulo voltamos ao reinado de Jeoaquim (Jr 25:1), pois o capítulo anterior é sobre o tempo de Zedequias. As profecias de Jeremias 1-12 ocorrem durante o reinado de Josias. Depois disso, nenhum tempo especial é mencionado e devemos ver se é o tempo de Jeoiaquim, Zedequias ou Gedalias. Aqui estamos no quarto ano de Jeoiaquim, que é ao mesmo tempo o primeiro ano de Nabucodonosor (cf. Jer 36:1; Jr 45:1; Jr 46:2). Com o primeiro ano de Nabucodonosor começam “os tempos dos gentios” (Lucas 21:24). Ele recebe o domínio do mundo. Isto é seguido por três outros impérios com domínio mundial, cuja descrição é encontrada em Daniel 2 e Daniel 7.

Desde que Jeremias começou a profetizar, a situação política mudou muito. Quando ele começa, Nínive, a capital do império assírio, foi destruída pelos ataques da Babilônia. A Babilônia então aumenta em poder, mas o Egito ainda tem domínio sobre Israel. Isso não durou muito. Na batalha de Carquemis, a Babilônia derrotou o Egito (Jr 46:2) e assumiu o poder mundial e com ele o poder sobre Israel. Esta é a batalha em que Josias interveio, uma batalha que não lhe dizia respeito e na qual perdeu a vida (2Cr 35,20-24).

Jeremias ainda pode se mover livremente entre o povo e chamá-lo à submissão ao rei da Babilônia (Jr 25:2). No entanto, o povo não quer isso. Ele entrega sua mensagem porque o SENHOR fala com ele (Jr 25:3). Desde o décimo terceiro ano de Josias até agora, sua mensagem tem soado. Esse é um período de vinte e três anos: dezenove anos sob Josias e quatro anos sob Jeoiaquim. Ele está aqui na metade ou logo após a metade de seu serviço como profeta. Além de Jeremias, o SENHOR enviou outros profetas, como Sofonias (Sf 1:1), mas o povo não deu ouvidos. Na verdade, eles são avessos e não atendem aos apelos dos profetas, eles os ignoram (Jr 25:4).

A mensagem é clara. Eles devem se arrepender, cada um pessoalmente, de seus maus caminhos e más ações (Jr 25:5). As promessas também são claras. Eles viverão para sempre na terra que o Senhor deu a eles e a seus pais. Vemos aqui a paciência de Deus. Deus não gosta de punir. Ele fará qualquer coisa para trazer uma pessoa ao arrependimento. Ele está trabalhando “repetidamente [literalmente: levantando-se cedo e enviando]” para alcançá-los, isto é, não lentamente e não mundanamente, mas desde o início da manhã até tarde da noite, contanto que uma pessoa possa ser alcançada. Desta forma, Ele se dedica a buscar a salvação de uma pessoa – e neste caso de Seu povo. Somente quando parece que uma pessoa – ou Seu povo – absolutamente não quer, Ele traz o julgamento, porque Ele não pode fazer de outra forma.

O chamado tem soado constantemente para não ir atrás de outros deuses para servi-los e se curvar a eles (Jeremias 25:6). Ele os deixou saber que eles O provocariam à ira se se curvassem ao trabalho de suas mãos. Ele não irá prejudicá-los se eles pararem de fazê-lo. A conclusão, infelizmente, deve ser que eles não O ouviram e, ao contrário, O provocaram à ira com a obra de suas mãos (Jr 25:7). Ao fazer isso, eles se prejudicaram.

25:8, 9 Eis que eu. O Senhor era o único que trazia julgamento; os babilônios e as tribos do norte era meros agentes de sua destruição. Gerações do Norte. O exército babilônio empregava mercenários citas e sumérios vindos da Ásia Menor. Nabucodonosor [...] meu servo. Essa expressão não significa que o monarca babilônio adorava o Deus de Israel, mas apenas que era usado pelo Senhor para cumprir seus propósitos (como no caso de Ciro, que é chamado de ungido do Senhor, em Isaías 45.1).

25:10, 11 Farei perecer nesse trecho indica um julgamento rigoroso. A vida como se conhecia chegaria ao fim. Esta terra refere-se a Judá e às nações em redor, tais como Moabe e a Fenícia, que seriam sujeitadas à escravidão e ao cativeiro. Setenta anos é a duração aproximada do cativeiro na Babilônia. De acordo com 2 Crônicas 36.17- 22, isso marca o período desde a destruição do templo (586 a.C.) até a declaração de Ciro para que fosse feita a sua restauração e os exilados retomassem (538 a.C.), um período de 49 a 50 anos. Em Zacarias 1.12-17, esses anos marcam o período entre a destruição do primeiro templo (586 a.C.) e a construção do segundo (520515 a.C.), ou seja, entre 66 e 72 anos. O período entre a ascensão da Babilônia sob o comando de Nabucodonosor (605/604 a.C.) e a queda da cidade sob o ataque de Ciro (538 a.C.) também está próximo desse número. No livro de Daniel, o período é interpretado outra vez como sendo 70 semanas de anos até que os planos de Deus para as nações se cumprissem. Tentativas de estabelecer esse período com exatidão não têm obtido sucesso. A expressão setenta anos pode ser melhor interpretada como um período aproximado para o cativeiro na Babilônia; é um número com elementos potentes: dez setes. Também foi um número que chamou a atenção de Daniel no cativeiro (Dn 9.2).

Jeremias 25:8-11

Previsão do Exílio

O SENHOR não tem escolha a não ser trazer julgamento sobre eles. É porque eles não deram ouvidos às Suas palavras (Jr 25:8). Por meio de Seu servo Nabucodonosor, Ele executará o julgamento (Jr 25:9). Ele chama Nabucodonosor de “Meu servo” (cf. Jr 27:6; Jr 43:10) porque ele fará o que Ele se propôs a fazer ao Seu povo e também às nações vizinhas. É uma desgraça para Israel – que deveria ser o servo do Senhor – que Ele dê esse nome a um governante pagão e que Ele o use para disciplinar Seu próprio povo.

Por meio de Nabucodonosor, o SENHOR tirará de Seu povo tudo o que dá alegria às pessoas (Jr 25:10). Não haverá mais acontecimentos alegres e não se ouvirão mais expressões de alegria; nada sairá da terra que possa ser moída para fazer pão; não haverá mais azeite para iluminar. No sentido espiritual, significa que o amor e a alegria desaparecerão e o alimento espiritual e a luz do Espírito estarão ausentes. O povo de Deus acabará em fome e escuridão espiritual. É sempre uma experiência triste quando vemos lares ou famílias onde costumava haver alegria serem destruídos pelo pecado que entrou em um ou mais membros dessa família.

O julgamento durará setenta anos (Jr 25:11). Então a terra receberá seus sábados, os quais o povo por ganância não deu à terra por tanto tempo. Como resultado, o povo desobedeceu à palavra do SENHOR a respeito disso (Lv 25:3-4; Lv 26:33-35; 2Cr 36:20-21). Durante esse tempo, o povo estará no exílio, levado para a Babilônia. É o primeiro anúncio sobre a duração do período de exílio. Setenta anos é o período de uma vida humana (Sl 90:10; Is 23:15).

25:12-14 Visitarei o rei da Babilónia [...] nação [...] terra dos caldeus. O papel de Jeremias como profeta para as nações (Jr 2.5) cumpre-se por meio de um discurso sucinto para a nação mais poderosa daquela época. Semelhante a Judá, a Babilônia se tornaria um deserto perpétuo. Neste livro. Após um curto período de aproximadamente 70 anos, a Babilônia, sob o comando de Nabonido e Belsazar, sucumbiria diante de Ciro e dos persas, e então Alexandre, o grande, conquistaria a cidade.

Segundo os seus feitos e segundo as obras das suas mãos. A Babilônia foi condenada por tratar o povo das terras conquistadas de modo imoral e antiético, e por causa de sua multidão de ídolos (Jr 51.33-50).

25:15-38 Esse trecho possui três partes:

(1) o copo do julgamento (Jr 25:15-29);
(2) um processo judicial contra as nações (Jr 25:30, 31); e
(3) um lamento por causa da desolação (Jr 25:32-38).

25:15-29 Os oráculos contra as nações serviam dois propósitos: fazer uma advertência às nações contra sua injustiça para com Israel e outros povos, e fornecer a Israel a garantia de que Deus cuidava de seu povo e puniria seus inimigos. A palavra-chave nessa seção é o termo copo contendo o vinho de Deus, um símbolo do furor que estava prestes a ser derramado sobre as nações. Essa ilustração ocorre em Isaías 51.17-22; Hebreus 2.15-17 e no oráculo de Jeremias contra Edom (Jr 49.12).

25:15-17 A sequência de três termos, bebam, e tremam, e enlouqueçam descreve o processo de julgamento pelo qual a espada do Senhor subjuga aqueles que se opõem. O estado de entorpecimento era condenado no Antigo Testamento; beber do cálice e cambalear demonstrava a culpa da pessoa (Nm 5.19-28). E tomei o copo. Jeremias cumpriu fielmente as ordens de Deus.

25:18 A lista de nações que teriam de beber do cálice do julgamento do Senhor começa com Judá e Jerusalém, que seriam motivo de chacota (Jr 19.8; 25:9).

25:19 A primeira nação estrangeira condenada por Deus por intermédio de Jeremias foi o Egito. O oráculo completo encontra-se em Jr 46.

25:20 A terra de Uz geralmente é interpretada como sendo a região de Edom ou o norte da Arábia. Asquelom foi capturada por Nabucodonosor em 604 a.C. Gaza e Asdode também são mencionadas nas crônicas de Nabucodonosor na Babilônia (Jr 47).

25:21, 22 Os reinos de Edom, Moabe e Amom, e os territórios litorâneos fenícios de Tiro e Sidom, sofreram duramente com os ataques de Nabucodonosor (Jr 48.1-49.22; Ez 27; 28).

25:23, 24 Os reinos de Dedã, Tema e Buz, no deserto da Arábia, foram condenados. Dedã e Tema ficavam no território edomita (Jr 49.7, 8). A localização de Buz é desconhecida.

25:25, 26 Elão e a Media ficavam a leste da Babilônia (Jr 49.34-39).

25:27, 28 Os três termos que descrevem um entorpecimento progressivo Bebei, e embebedai-vos, e vomitai enfatizam a extensão do julgamento que fluía a partir do cálice da ira de Deus. Aqueles que recusassem o cálice seriam forçados a beber.

25:29 O julgamento de Deus começaria com seu próprio povo e sua cidade santa. Deus traria castigo sobre a cidade que era chamada por seu nome. Ao fazer isso, o Senhor vingaria Seu nome e Sua santidade. A partir de Jerusalém, a espada de julgamento de Deus partiria para os confins da terra.

Jeremias 25:12-14

Julgamento na Babilônia

O julgamento é limitado a setenta anos. Após esses setenta anos, chegou o tempo em que Deus também julgará Sua vara disciplinar, Babilônia (Jr 25:12). Ele fará isso porque Nabucodonosor foi além da vontade do Senhor ao cumprir sua missão. O SENHOR está usando a Babilônia não por causa de qualquer excelência daquele povo, mas por causa dos pecados de Seu próprio povo. As nações também colhem o que plantam. Essa é uma regra geralmente válida para todas as pessoas e todas as nações (Gl 6:7).

Deus trará Seu julgamento sobre a Babilônia – e também sobre outras nações – de acordo com tudo o que está escrito neste livro de Jeremias e o que Jeremias falou (Jr 25:13). Jeremias também foi nomeado profeta para todas as nações (Jr 1:10). Deus também se expressou para com as nações. Ele retribuirá todas as ações e todo o trabalho das mãos do homem (Jr 25:14).

Jeremias 25:15-29

A Taça da Ira de Deus

As nações ao redor de Israel também não escaparão da ira de Deus. Jeremias deve dar “este cálice do vinho da ira” da mão de Deus e fazer com que todas as nações o bebam (Jeremias 25:15). O cálice é uma figura familiar nas Escrituras para denotar a ira de Deus (Jr 49:12; Jr 51:7; Jó 21:20; Is 51:17; Is 51:22; Ez 23:31; Mar 10:39; Mar 14:36; Jo 18:11; Ap 14:8; Ap 14:10; Ap 16:19; Ap 18:6). Também contra as nações Deus enviará Seu servo, o rei da Babilônia. Nabucodonosor é Sua espada que Ele envia entre eles (Jr 25:16). Isso os atingirá de tal forma que cambalearão e enlouquecerão, perderão o controle de seus caminhos e de suas mentes.

Como um profeta fiel, Jeremias faz o que o Senhor lhe diz. Não é uma tarefa agradável, mas ele toma o cálice da mão do SENHOR e o dá a todas as nações às quais o SENHOR o enviou para beber (Jr 25:17). Os desastres que vêm sobre as nações são executados por satanás, pois governantes malignos conquistam e exterminam as nações. Eles não são guiados por Deus, mas por satanás. No entanto, até mesmo satanás nada mais é do que uma ferramenta nas mãos de Deus para levar as nações ao reconhecimento de que Ele, o Senhor, é Deus.

O SENHOR começa este julgamento sobre as nações (Jr 25:18-26) com o julgamento sobre Jerusalém e as cidades de Judá, seus reis e seus príncipes (Jr 25:18; Jr 25:29). Jerusalém e Judá não aprenderam nada com o julgamento de Deus sobre as dez tribos, que já foram levadas neste ponto. Em seguida, siga os julgamentos sobre as outras nações. Os julgamentos de muitas nações mencionados aqui, Jeremias descreverá com mais detalhes posteriormente neste livro, em Jeremias 46-51.

Por Sesach (Jr 25:26) entende-se, assim vários intérpretes assumem, Babilônia, que é plausível após a enumeração dos impérios anteriores. Após os julgamentos que a Babilônia, como a vara disciplinar do Senhor, executou sobre as várias nações, essas pessoas terão que beber o cálice da ira de Deus. Eles merecem esse julgamento porque também foram culpados de muitas ofensas. Eles não aprenderam nada com os julgamentos que exerceram, mas o fizeram com orgulho.

Seremos sábios em usar o pouco de conhecimento que possuímos com sabedoria. A sabedoria que podemos obter por meio da experiência, das lições de vida de nossas próprias vidas, mas também do que vemos na vida dos outros. O que vemos nos outros devemos levar a sério. Isso nos salvará de muito sofrimento pessoal.

Jeremias deve falar às nações em nome do “SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel” (Jeremias 25:27). Em Seu nome, ele deve dizer que Deus está enviando Sua espada entre eles através da Babilônia, para que eles se voltem para Ele. Se não o fizerem, não se levantarão novamente. A recusa em submeter-se à disciplina de Deus exige seu exercício ainda mais vigoroso (Jr 25:28). O SENHOR ressalta que Ele não poupa Sua própria cidade, mas começa Seu julgamento ali mesmo (Jr 25:29; cf. 1Pe 4:17; Ez 9:6). Então as nações não devem pensar que escaparão do julgamento igualmente justo que virá sobre elas por causa de seus muitos e persistentes pecados (Pv 11:31).

25:30-32 O julgamento universal de Deus é descrito com uma ilustração poética sobre um leão montês rugindo do topo das colinas. A contenda contra as nações é descrita por meio de um processo judicial com introdução (Jr 25:30), indiciamento (Jr 25:31) e anúncio de julgamento (Jr 25:32, 33).

25:30 Desde o alto [...] desde a morada da sua santidade. Geralmente, essas expressões referem-se à habitação de Deus no monte Sião (J1 3.16; Am 1.2).

25:31 Estrondo refere-se a um julgamento resultante da contenda de Deus, ou de seu processo judicial contra as nações. Embora não tivessem recebido a Lei como Judá e Israel, os gentios seriam julgados, porque eram ímpios. A palavra ímpios diz respeito à culpa associada com a violação de padrões éticos, incluindo o ataque aos direitos dos pobres e necessitados, bem como o abuso dos oprimidos.

25:32, 33 Assim como a calamidade terrível de Judá em que os cadáveres ficavam expostos ao tempo (Jr 7.33), as nações experimentariam inúmeras mortes e extensiva destruição. A negligência para com os mortos é descrita por meio de três termos: não serão pranteados nem recolhidos nem sepultados. Essa profanação terminaria na putrefação dos corpos, sendo transformados em estrume (Jr 8.2; 9.22; 16.4).

25:34-36 O trio de lamentos, Uivai [...] clamai [...] revolvei-vos, serve para destacar a seriedade do julgamento que viria, e que resultaria em morte e cativeiro.

25:37, 38 Casas e pastos que uma vez foram pacíficos e seguros seriam devastados.

Jeremias 25:30-38

O Mundo Inteiro é Julgado

Jeremias é instado a entregar sua mensagem (Jr 25:30). Ele deve profetizar todas as palavras anteriores, apontando, não para a Babilônia, mas para o SENHOR. O Senhor ruge “do alto... da sua santa habitação”, isto é, do céu. Seu rugido é “contra o Seu rebanho” na terra, por causa de toda a iniquidade deles. É também contra os inimigos. Seu rugido é ao mesmo tempo um grito de alegria, porque o julgamento de todos os habitantes da terra significa ao mesmo tempo a salvação do remanescente fiel.
O julgamento, a espada que Ele traz sobre as nações, os ímpios, toda a carne, será na forma de uma controvérsia (Jr 25:31). Ele demonstrará conclusivamente a legalidade do julgamento. A espada que Ele traz é o mal que sai de nação em nação (Jr 25:32). As nações estão se matando. Ele faz com que as nações caiam em sua própria espada. O exército da Babilônia é a grande tempestade que passa sobre a terra, subjugando as nações e matando muitas.

Ao mesmo tempo, eles são “os que foram mortos pelo Senhor” (Jeremias 25:33). Ele faz isso pela mão da Babilônia. A terra está cheia de cadáveres. Este é o resultado direto da dominação e subjugação das nações. Podemos aplicar isso à dominação nos relacionamentos pessoais e também na igreja. Isso também causa muitas vítimas.

Uma das principais causas da miséria do mundo é o comportamento daqueles que deveriam cuidar, os pastores (Jr 25:34). Os pastores tornaram-se “mestres”, governantes. Eles pastaram a si mesmos em vez do rebanho. Mas seus dias estão contados. Não são as ovelhas que serão mortas, mas elas. Outros serão dispersos. Não haverá como fugir ou escapar (Jr 25:35). Zedequias experimentou isso em primeira mão.

Eles chorarão e lamentarão porque suas fontes de lucro foram destruídas pelo SENHOR (Jr 25:36). Em lugares onde eles pensavam que estavam em paz, o furor da ira do SENHOR causa destruição (Jr 25:37). O Senhor está exercendo julgamento. Ele se escondeu por muito tempo, como se estivesse em um esconderijo (Jr 25:38). Mas está chegando a hora em que Ele aparecerá como um leão em grande poder e julgará. A terra se tornará um horror. Isso acontecerá em um futuro próximo através do opressor Nabucodonosor como um instrumento da feroz ira do Senhor.

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