Estudo sobre Jeremias 28

Estudo sobre Jeremias 28

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Jeremias 28

O desafio a um falso profeta (28.1-17). No heb. (TM), esse capítulo é muito mais amplo do que na tradução grega (LXX). Ele apresenta uma cena rara da disputa entre um verdadeiro e um falso profeta, que no mais é desconhecido, ambos afirmando que estão falando em nome do Senhor. Hananias de Gibeom (8 quilômetros a noroeste de Jerusalém) aposta a sua reputação na volta certa de Joaquim, dos exilados e dos tesouros do templo Em dois anos (v. 1-4). A resposta de Jeremias formulada assim: Amém! Que assim faça o Senhor (v. 6) revela o seu desejo pessoal, mas, ao mesmo tempo, a sua dúvida, e é seguida de referências a profetas verdadeiros que existiram anteriormente cuja palavra de condenação havia se mostrado verdadeira nos eventos subsequentes (v. 7-9; cf. 26.18). Hananias, assim como Jeremias, usou auxílios visuais para reforçar a sua própria mensagem (v. 10; 27.2). Ele provavelmente quebrou de forma brusca e rude o jugo do pescoço de Jeremias, embora talvez tenha feito isso de maneira simbólica como se fazia na soltura de escravos em público. Jeremias entendia que o Senhor lhe havia dito que usasse isso como um símbolo da verdade diametralmente oposta — servidão, e não soltura (v. 10,11). O fato de ele não ter respondido imediatamente não deve ser sinal de uma fé vacilante. Ele percebeu que a grande massa do povo (v. 5) cria no que queria ouvir, e aquela não era a hora de falar e causar repulsa ou endurecimento desnecessários contra a palavra de Deus. As vezes, o verdadeiro profeta se vê na minoria de apenas uma pessoa (mas com Deus do seu lado; cf. lRs 22). Ele também pode ter sentido a necessidade de esperar por fortalecimento e encorajamento específicos do Senhor em vista da reivindicação dos outros de estarem falando a favor do mesmo Mestre (cf. v. 12, 13). Assim, provavelmente usando um novo jugo de ferro para indicar a opressão feroz a ser esperada no exílio, ele acusa diretamente Hananias de ser um falso profeta. Sua acusação é a de que Hananias não foi enviado por Deus, não falou a verdade, mas uma mentira, e era um rebelde contra o Senhor (v. 15,16, e estava, assim, sujeito a sofrer o castigo predito para infratores da lei de Deus). Além disso, isso seria demonstrado pela morte de Hananias dois meses depois no mesmo ano (594 a.C.). Todos veriam imediatamente a prova da verdade e da eficiência da palavra de Deus (v. 17), como na morte de Pelarias (Ez 11.13) e de Ananias e Safira (At 5.1-11). Hananias “era consciencioso, mas a sua consciência não estava completamente iluminada. Ele dava valor exagerado aos privilégios de Israel e valor insuficiente à responsabilidade de Israel. Ele não levou em consideração todos os fatos: foi enganado pelo seu próprio coração”.

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