Estudo sobre Jeremias 26

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Jeremias 26

O resultado para a cidade do templo (26.1—28.17)
a) As consequências pessoais do sermão do templo (26.1-19). As declarações de Jeremias, dadas na sua totalidade em 7.1— 8.3, são repetidas aqui em forma de resumo (cf. 25.4-7). A perseguição era inevitável porque ele não se retratou de uma palavra que o Senhor lhe havia ordenado a dizer. A comparação com o modesto e malfadado santuário de Siló em Efraim não era favorável. A ameaça contra o templo foi prejulgado pelos líderes religiosos diante dos seus contrapartes civis (v. 11) como blasfêmia e, portanto, passível de morte. Uma acusação semelhante foi feita contra outros profetas e contra Jesus Cristo (cf. Êx 22.28; Mt 26.60). Salvo do linchamento pelo povo (v. 9), como Estêvão (At 6.13), Jeremias recebe um julgamento justo na corte reunida na porta Nova — ou foi a construída por Jotão (v. 10; cf. 2Rs 15.26-35), ou era outro nome da porta de Benjamim (cf. 17.19; 20.2). Ele aproveita a oportunidade de defesa diante de testemunhas para reafirmar sua mensagem inalterada dada por Deus e para desafiar o povo a garantir que seja praticada a justiça (v. 12-15). Se o sangue inocente fosse derramado, isso seria mais um clamor pela retribuição divina (cf. Mq 3.12). Alguns altos oficiais ao menos reconheceram isso, citando o precedente de Miqueias (3.2), cuja mensagem estava em concordância com a de Jeremias e mesmo assim tinha gerado arrependimento e reforma sob Eze-quias e desviado o castigo (v. 18). E de interesse suplementar que isso mostra que durante um século Miqueias deve ter sido abertamente reconhecido como profeta, e a sua palavra deve ter sido aceita. Como no caso de Jesus Cristo diante de Pilatos (Lc 23.22), nada digno de morte é encontrado em Jeremias.
v. 13. se arrependerá expressa a mudança de ação de Deus formulada de tal maneira que trouxesse a ação para o campo da compreensão e da experiência humanas, v. 19. Acerca da reforma de Ezequias, v. 2Rs 18.4; 2Cr 29—31.
O caso de Urias (26.20-24). 
Talvez para contrastar o profeta Jeremias, que se manteve firme, com alguém que fugiu, Baruque lembra o desconhecido Urias cujas palavras francas haviam resultado na sua morte. Isso deixa claro que houve outros profetas fiéis cujas obras e palavras não estão incluídas na seleção das Escrituras, apesar de ser este o único caso registrado de profeta que foi executado (cf. Hb 11.37). Tur-Sinai tentou identificar Urias com o profeta anônimo mencionado numa carta em Laquis.
Como vassalo do Egito, Jeoaquim teria tido direitos de extradição. A liberdade de Jeremias (v. 24) afastou o perigo só temporariamente. Isso pode ter acontecido porque ele foi colocado sob a proteção de Aicam, filho de Safa, que tinha se envolvido pessoalmente na reforma de Josias (2Rs 22.12-14) e era o pai de Gedalias, pró-Babilônia (39.14; 40.5). v. 22. Elnatã: possivelmente sogro de Joaquim (2Rs 24.8). v. 23. A deportação de Urias do Egito contrasta com o fato de Jeremias ter sido deportado para lá mais tarde.

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