Estudo sobre Jeremias 52

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Jeremias 52

A queda de Jerusalém (52.1-30)
Esse apêndice provavelmente foi acrescentado para mostrar como se cumpriu a profecia principal e constante de Jeremias da queda iminente de Jerusalém. Os v. 1-27 são extraídos quase literalmente dos registros oficiais usados pelo compilador de 2Rs 24.18 —25.21 (v. comentário ali) e são acrescentados aqui assim como 2Rs 18—20 é acrescentado em Isaías (caps. 36—39). Os detalhes dos utensílios do templo tomados como despojo (v. 17-23) são particularmente relevantes, visto que a sua restauração depois dos setenta anos de cativeiro (Ed 1.7-11) tinham sido o principal argumento na oposição aos falsos profetas (cap. 28). Algumas das principais diferenças entre esse e outros relatos (e.g., cap. 39) são observadas, v. 4-16. Essa seção aparece em forma abreviada em 39.110; os v. 7-11 dão mais informações do que os livros de Reis acerca da tortura e do aprisionamento de Zedequias. O último cerco durou de janeiro de 588 (v. 4) a julho de 587 a.C. (v. 6) — o cálculo aqui é feito de acordo com o ano babilónico, que inicia em março/ abril. v. 12. décimo dia (cf. 2Rs 25.8, “sétimo dia”) talvez inclua o tempo entre a chegada de Nebuzaradã e o incêndio da cidade. Os v. 17-23 suplementam a lista dos despojos do templo dada em 2Rs 25.13-17. Os utensílios maiores (o lavatório de quase 5 metros de diâmetro, mar de bronze) foram divididos em partes menores para facilitar o transporte (despedaçados, v. 17), e os itens menores foram levados pelo seu valor em ouro e prata (v. 19). V. uma descrição das duas colunas de bronze da entrada do templo (v. 20; cf. lRs 7.15-22) em NBD, p. 593. v. 23. nos lados-. heb. ruhãh, NEB: “expostos à vista”; alguns trazem “espaço” (rewah). v. 24-27. Cf. 2Rs 25.18-21. A execução foi reservada àqueles que foram instigadores da rebelião de Zedequias ou considerados representantes do povo nela. Seratas era neto do sumo sacerdote Hilquias no reinado de Josias (lCr 6.13-15), e Sofonias, um importante líder anti-Babilônia (cf. 29.24-32; 37.3) e representante do sumo sacerdote, v. 28-30 é uma fonte singular. A variação no número de prisioneiros pode ser decorrente da inclusão somente dos homens levados em 597 a.C., enquanto 2Rs 24.14,16 mostra que famílias completas de Jerusalém ultrapassavam 18.000. Os anos de reinado aqui seguem o sistema babilônico, assim sétimo ano de Nabucodonosor, 598/7 a.C. (cf. 2Rs 24.12, “oitavo”, porque o evento registrado segue a mudança de ano alguns dias após a queda da cidade), e décimo oitavo ano (v. 29) é o “décimo nono” de Jr 52.12. O total no v. 30 talvez inclua os cativos do Egito.
Ainda há esperança (52.31-34) Esse é o primeiro passo da restauração prometida. Como em outros registros, a ação punitiva de Deus contra o seu próprio povo termina com palavras de misericórdia. Segundo Reis 25.27-30 mostra como Joaquim obteve liberdade condicional de Evil-Mero-daque (Amèl-Marduk, “servo do deus Mar-duque”), sucessor de Nabucodonosor, rei da Babilônia 562—560 a.C.; v. R. H. Sack, Amêl-Marduk (1974). As listas de rações babilônicas atestam a presença de Joaquim e outros de Judá sustentados pelo rei na Babilônia em 595—570 a.C.

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