Estudo sobre Jeremias 37

Estudo sobre Jeremias 37

Estudo sobre Jeremias 37




Jeremias 37

O cerco e a queda de Jerusalém (37.1—39.18)
O primeiro aprisionamento de Jeremias (37.1-21). Os caps. 37 e 38 dão continuidade aos detalhes da história pessoal de Jeremias durante o cerco de Jerusalém. Só podem ter origem nele mesmo. A situação é semelhante à de 21.1-10 e é introduzida por uma revisão da política de Zedequias, que não mostrava mudança de coração (v. 1,2).
Em 588 a.C., o faraó (rei) Hofra (gr. Apries) do Egito marchou em apoio a Zedequias levantando-se contra a Babilônia. A notícia fez os babilônios, então cercando Jerusalém, se retirarem e, assim, estimularem os habitantes a esperar um alívio permanente, em vez de um intervalo temporário. Zedequias pede secretamente a Jeremias que interceda diante de Deus (v. 3) e indague acerca do futuro. Esse é um testemunho da fé inabalável do profeta. Mas Deus não abranda a situação enquanto as pessoas não se arrependem, de modo que a resposta não oferece esperança para a cidade (v. 7-10). Deus dá ao profeta uma revelação de confirmação que vai prepará-lo para mais oposição. Ao escolher Jucal, um oponente que exigiu a morte do profeta (38.4), e Sofonias, que anteriormente já havia ouvido o ponto de vista de Jeremias (v. 3; cf. 21.1), no mínimo faltou tato a Zedequias na escolha dos mensageiros.
No intervalo do cerco, Jeremias mostrou sua confiança no resultado final ao ir para o norte (v. 13, porta de Benjamim), para Anatote, para tomar posse do seu campo recém-com-prado (32.7). Ele foi falsamente acusado de ter desertado para os babilônios (v. 11-14) e, assim, foi aprisionado. O lugar, uma cisterna abaixo da casa, pode ter sido esse porque as prisões comuns já deviam estar cheias de desertores, ou para isolá-lo (38.6,13). Mesmo que tivesse aconselhado outros a se renderem para minimizar os horrores da queda da cidade, ele mesmo, como Jesus Cristo, se identificou com o seu povo e permaneceu com eles (v. 11-15). Os líderes que antes o haviam protegido (26.16; 36.12) talvez tenham sido deportados nessa época (v. 14,15).
Quando Zedequias se aproxima dele de novo, talvez esperando por uma palavra de livramento miraculoso da cidade como em 701 a.C. (Is 37), Jeremias está preparado (cf. v. 6, 10). Ele mostra destemidamente como os falsos profetas enganaram o rei e que Jerusalém vai cair, por mais fraco que o inimigo possa parecer (v. 10). Em vista disso, o rei é forçado a aliviar as restrições, apesar das condições de fome. Três pães redondos e chatos eram suficientes para um homem faminto (v. 21; cf. Lc 11.5,6).

Índice: Jeremias 1 Jeremias 2 Jeremias 3 Jeremias 4 Jeremias 5 Jeremias 6 Jeremias 7 Jeremias 8 Jeremias 9 Jeremias 10 Jeremias 11 Jeremias 12 Jeremias 13 Jeremias 14 Jeremias 15 Jeremias 16 Jeremias 17 Jeremias 18 Jeremias 19 Jeremias 20 Jeremias 21 Jeremias 22 Jeremias 23 Jeremias 24 Jeremias 25 Jeremias 26 Jeremias 27 Jeremias 28 Jeremias 29 Jeremias 30 Jeremias 31 Jeremias 32 Jeremias 33 Jeremias 34 Jeremias 35 Jeremias 36 Jeremias 37 Jeremias 38 Jeremias 39 Jeremias 40 Jeremias 41 Jeremias 42 Jeremias 43 Jeremias 44 Jeremias 45 Jeremias 46 Jeremias 47 Jeremias 48 Jeremias 49 Jeremias 50 Jeremias 51 Jeremias 52