Estudo sobre Jeremias 41

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Jeremias 41 

Gedalias é assassinado (41.1-10).
A suspeita de Joanã (40.15) se confirmou. Em menos de três meses — se sétimo mês é uma referência ao mesmo ano de 587 a.C. (cf. 39.2); embora outros o interpretem como o ano seguinte —, Ismael assassinou Gedalias. Ismael não era um oficial babilônico; um dos oficiais (v. 1) é omitido pela LXX e 2Rs 25.25; o TM: “e alguns oficiais reais” pode ser uma referência a Baalis. O número total de pessoas do grupo não é especificado. Eles eram suficientes para sobrepujar 80 homens (v. 5,7). O ato covarde violava a lei da hospitalidade {Enquanto comiam juntos,, v. 1) que protegia tanto o hóspede quanto o anfitrião. Os judeus e babilônios com eles provavelmente foram mortos também para que fossem eliminadas todas as testemunhas, embora devam ter resistido, e para ganhar tempo para outras rebeliões (v. 3,4). Esse plano foi frustrado pelos peregrinos que estavam passando a caminho para a adoração em Jerusalém. Eles atestam a fé contínua do remanescente leal em Israel após a queda de Samaria em 722 a.G. Em Mispá, teriam a primeira visão da cidade arruinada — embora os seus primeiros sinais de lamento (v. 4) possam significar que eles já sabiam disso, mas mesmo assim queriam ir para lá.
O homicídio, como todo pecado, conduz a outros pecados, hipocrisia e engano (v. 6, chorando) e avareza (v. 8). Com exceção dos dez que escaparam por revelar que possuíam suprimentos do tipo que faltava aos rebeldes, todos foram assassinados. Os corpos dos que foram assim assassinados “por causa de Gedalias” (assim ARC e AGF seguindo o TM, v. 9) foram escondidos numa cisterna típica das cidades das colinas — feita por Asa para suprir água a Mispá c. 900 a.C. (cf. descobertas arqueológicas em Gibeom, e.g.). Ismael então tentou levar à força os sobreviventes, entre os quais devem ter estado Jeremias, Baruque e outras testemunhas (v. 10). Essa tragédia acabou com toda a esperança de reflorescimento de Judá. Durante muito tempo, essa data foi celebrada pelo judaísmo posterior com um jejum no sétimo mês (outubro; cf. Zc 7.5; 8.19).
O remanescente é resgatado (41.11-18). Joanã, depois de justificadas as suspeitas contra os moabitas, inicia uma ação rápida para salvar os que Ismael havia levado prisioneiros, incluindo as princesas que os misericordiosos babilônios haviam confiado aos cuidados de Gedalias. Ele fez isso na cisterna de Gibeom (agora escavada em El-Jlb; cf. 2Sm 2.13), mas o assassino mesmo escapou (v. 15). A inclusão de soldados (v. 16; cf. v. 3) é improvável, e talvez devamos ler aqui ”homens”. O temor de represálias dos babilônios por causa do assassinato do governador apontado por eles era real (v. 17). Isso levou a uma mudança de planos e rotas. Perto de Belém, a “hospedaria” (VA: “habitação”; NVI: Geruter, outros: “curral” [o heb. é incerto]) era um lugar de parada apropriado para a discussão de planos futuros. Quimã era o filho de Barzilai recompensado por Davi por sua ajuda quando este estava exilado na mesma região (2Sm 19.37,38).

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