Significado de Deuteronômio 16
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Deuteronômio 16
Deuteronômio 16 aborda diversas festas religiosas e outras questões relacionadas à adoração e à justiça social dentro da comunidade de Israel.
O capítulo começa com instruções sobre a celebração da Páscoa, uma festa que lembra a libertação do povo de Israel da escravidão no Egito. Moisés instrui o povo a observar esta festa no primeiro mês do ano, sacrificando o cordeiro pascal e comendo pães ázimos por sete dias, conforme prescrito por Deus.
Além da Páscoa, Moisés fala sobre a Festa dos Pães Asmos, que é realizada uma semana após a Páscoa, e a Festa das Semanas, que ocorre cinquenta dias após a Páscoa e celebra a colheita dos primeiros frutos. Ele instrui o povo a se alegrar nessas festas e a oferecer ofertas voluntárias conforme sua prosperidade, demonstrando gratidão a Deus pelas bênçãos recebidas.
Moisés também aborda a nomeação de juízes e oficiais para administrar a justiça dentro da comunidade, incentivando a imparcialidade e a integridade na administração da lei. Ele destaca a importância de não aceitar suborno e de garantir um julgamento justo para todos, sem distinção de posição social.
Além disso, o capítulo fala sobre a prática de oferecer sacrifícios ao Senhor e sobre a maneira correta de apresentar os dízimos e ofertas. Moisés incentiva o povo a ser fiel e generoso em suas ofertas, reconhecendo que tudo o que têm vem do Senhor.
Em resumo, Deuteronômio 16 destaca a importância da celebração de festas religiosas como a Páscoa, os Pães Asmos e as Semanas, como formas de lembrar as bênçãos de Deus e expressar gratidão por Sua provisão. Moisés também enfatiza a necessidade de justiça e integridade na administração da lei, e incentiva a fidelidade e a generosidade nas ofertas apresentadas ao Senhor. Essas práticas visam promover a devoção religiosa e a justiça social dentro da comunidade de Israel.
Comentário de Deuteronômio 16
Deuteronômio 16:1-17 Nestes versículos é abordada a necessidade das três peregrinações anuais: a Páscoa e a Festa dos Asmos (v. 1-8), a Festa das S e manas (v. 9-12) e a Festa dos Tabernáculos (v. 13-15). [Leia Êx 23.14-19; 34.18-26; Lv 23.4-44; Nm 28.16-29.40.]Deuteronômio 16:1-5 A Páscoa era celebrada no 14a dia (Ex 12.18) do primeiro mês, chamado abibe ou Nissan, período que corresponde aos meses de março/abril. [Leia Êx 12.1-28; 13.1-16; Lv 23.5-8; Nm 28.16-25.]
Deuteronômio 16:6, 7 O sacrifício era realizado à tarde em comemoração ao êxodo, que ocorreu no mesmo período do dia (Êx 12.29).
Deuteronômio 16:8-12 O último dia da Festa dos Asmos era marcado por uma solenidade dedicada ao Senhor que reunia Seu povo. No tocante à celebração posterior a esta, a Festa das Semanas, a contagem das sete semanas que a antecediam se iniciava desde que a foice [começasse] na seara, no segundo dia da Páscoa.
Deuteronômio 16:13-15 A Festa dos Tabernáculos era realizada no final da colheita (Êx 23.16; 34-22). Durante a peregrinação até o local onde ocorreria a solenidade, o povo de Deus se unia para celebrar a bondade divina e relembrar que seus antepassados viveram em tendas (tabernáculos ou cabanas) durante a jornada no deserto. Hoje em dia esse festival é conhecido como Sucote, nome derivado da palavra no hebraico traduzida como tendas. A festa durava sete dias, com uma cerimônia de encerramento no oitavo (Lv 23.36).
Deuteronômio 16:14, 15 E na tua festa te alegrarás. As vezes as pessoas entendem hoje a adoração israelita como excessivamente delineada por detalhes, ritos e regulamentos, e imaginam que naquela época era uma experiência entediante. Entretanto, os adoradores sinceros desfrutavam das instruções minuciosas e apreciavam os símbolos e as cerimônias que os lembravam das encantadoras características divinas. Desta forma, a adoração no mundo antigo era uma festividade, como ocorre atualmente.
Deuteronômio 16:16, 17 Estes versículos resumem os regulamentos relativos às três peregrinações anuais ao lugar escolhido por Deus para a adoração (Ex 23.17; 34.23).
Deuteronômio 16:18-17.13 Neste segmento textual são abordadas a administração da justiça, a posição contrária do povo de Deus em relação à cultura pagã e a revelação divina. Como fios condutores que unem direta e indiretamente cada versículo, podem ser destacados os seguintes: (1) a justiça, (2) a liderança e (3) a adoração a Deus.
Deuteronômio 16:18 Juízes e oficiais porás em todas as tuas portas. As áreas próximas aos portões das antigas cidades eram o centro da vida social e os locais onde se fixavam os juízes, para que julguem o povo com juízo de justiça. Isso era necessário porque o Senhor ama a justiça e abomina a acepção de pessoas.
Deuteronômio 16:19 A justiça é o atributo que consiste em lidar honestamente com as pessoas. No tocante à justiça divina, os juízes das cidades tinham de refletir a justa natureza de Deus (Dt 32.4). Logo, não deveriam conduzir o processo sob um ponto de vista discriminatório em relação ao acusado, tampouco baseados em falsos testemunhos ou rumores. Além disso, deveria ser rechaçada a prática do suborno, ou seja, o recebimento de qualquer presente em troca do favorecimento daquele que o oferece, desnivelando, assim, a balança da justiça (Ex 23.8).
Deuteronômio 16:20 A justiça, somente a justiça seguirás: em hebraico, o termo é sedeq sedeq, repetido duas vezes para enfatizar sua importância. Isso significa que os israelitas deveriam imitar Deus amando o que é justo e verdadeiro. A intenção do Senhor com todas as Suas instruções era o bem do Seu povo, expresso na sentença para que vivas e possuas em herança a terra que te dará o Senhor, teu Deus.
Deuteronômio 16:21, 22 Os cananeus usavam certas árvores e imagens de madeira como representações de deuses da fertilidade. A palavra traduzida como estátua é o nome hebraico para a deusa cananeia da fertilidade, Aserá.
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