Significado de Deuteronômio 7

Deuteronômio 7

7:1-26 Moisés fala sobre a conquista da terra e desafia o povo a ser o agente responsável pela execução do julgamento divino relativo às sete nações de Canaã. Israel não possuía mérito por ter sido abençoada, ao passo que Canaã fora amaldiçoada. Tudo o que Israel recebeu e ainda receberia se deu por causa do amor e da graça de Deus. O Senhor estaria presente, junto ao Seu povo, na conquista da terra. Ele ansiava que os israelitas agissem de forma ativa na erradicação de cada traço das religiões pagãs e não se adaptassem ao paganismo. Além disso, queria que a nação esperasse pacientemente que Ele lhe desse, pouco a pouco, a concessão da terra.

7:1 Os heteus se originavam da Ásia menor (Gn 23.10). Os girgaseus eram um povo desconhecido mencionado também em Génesis 10.16 e em 1 Crónicas 1.14. Os amorreus eram os nativos de Canaã assentados nas montanhas. Os cananeus eram naturais de Canaã e habitavam as terras costeiras. Os ferezeus eram os nativos que viviam nas colinas. Os heveus eram procedentes de Canaã e moravam ao sul das montanhas do Líbano, e os jebuseus (talvez descendentes dos heteus) também eram naturais da terra, estabelecidos perto do local que mais tarde se tomaria Jerusalém.

7:2 Concerto significa qualquer acordo com as nações cananeias que poderia arruinar a aliança de Deus com Israel.

7:3, 4 O casamento entre israelitas e cananeus com certeza tentaria o povo de Deus a adotar a cultura de Canaã. Isso ameaçaria a missão de Israel de ser uma força contracultural. Os hebreus não poderiam “misturar-se”. Do mesmo modo, a Igreja é chamada para demonstrar o amor de Deus ao mundo, como uma ovelha no meio dos lobos (Mt 10.6; Rm 12.2; Fp 2.14-16; 1 Pe 2.9).

7:5 Derrubareis os seus altares, quebrareis as suas estátuas. A ordem era destruir os locais de idolatria e quebrar as estátuas e objetos consagrados a outros deuses, para que os israelitas não se contaminassem com esse tipo de adoração e com os rituais pagãos (Dt 12.2; 16.21, 22).

7:6-16 Israel não foi abençoada pelo Senhor porque fez algo para merecer isso; os cristãos de hoje tampouco o fizeram. Se há alguém que sempre se questiona a respeito do motivo pelo qual Deus escolheu Israel, essa pessoa deve primeiro responder satisfatoriamente por que ela mesma foi escolhida pelo Senhor.

7:7 Os israelitas não tinham motivo para se ensoberbecer, pois eram o menor dos povos. Todos os privilégios e posses de que gozavam se deviam à graça de Deus.

7:8 Os escritores bíblicos transmitem uma maravilhosa ilustração de Deus como o grande Senhor salvando o povo com mão forte e resgatando-o da casa da servidão.

7:9, 10 O Senhor, teu Deus, é Deus, o Deus fiel, que guarda o concerto e a misericórdia até mil gerações aos que o amam e guardam os seus mandamentos. Ao longo do tempo, Deus permaneceu leal à aliança feita com Abraão, Isaque e Jacó. Ele é um Deus fiel (Ex 20.6; Hb 13.5), e quem realmente o ama sempre encontra uma maneira de fazer a Sua vontade. Mas, por ser um Deus de justiça, Ele fará perecer aqueles que o desprezam e agem com perversidade.

7:11, 12 Moisés expõe claramente a responsabilidade humana e a soberania divina. A resposta, positiva ou negativa, do povo de Deus está relacionada com a forma de cumprimento das promessas (Is 48.18, 19).

7:13-16 Te fará multiplicar, e abençoará o fruto do teu ventre... As bênçãos de Deus incluíam a qualidade de vida, com a garantia de filhos, saúde, fartura de alimento e paz.

7:16 A principal responsabilidade dos israelitas era consumir (destruir) os cananeus, por causa de sua perversidade e da péssima influência deles sobre a terra (Dt 2.34)

7:17-19 Não deixes de te lembrar do que o Senhor, teu Deus, fez. Os feitos de Deus para salvar Seu povo no passado demonstraram Sua natureza e Seu poder. Sendo assim, os israelitas deveriam relembrar todos os detalhes de Sua obra redentora para que pudessem confrontar o momento presente à luz da eternidade do Senhor.

7:20, 21 O termo vespões (Êx 23.28; Js 24.12) faz referência a uma atitude severa de Deus, como por exemplo uma tempestade violenta ou uma praga de insetos. Há também a possibilidade de aludir às operações militares executadas por outros exércitos para enfraquecer os cananeus antes de os israelitas chegarem. Visto que o Deus grande e terrível fez as nações temerem, por que Seu próprio povo deveria ficar atemorizado (Ex 15.14; Js 2.10, 11)? Deus estava no meio dele!

7:22 Lançará fora estas nações, pouco a pouco. A conquista da terra se daria de duas maneiras: a princípio seria rápida e abrangente, liderada por Josué, e, posteriormente, seria gradual, área por área, cidade por cidade. O plano de Deus não era que a Terra Prometida fosse entregue nas mãos de Israel de uma só vez. Na verdade, restaria uma grande parte desse território para ser tomada após Josué (Js 13.1-6).

7:23-26 Não meterás, pois, abominação em tua casa. O destino dos cananeus (Dt 2.34) poderia recair sobre Israel, se este não adotasse uma postura íntegra e firme e evitasse qualquer contato com os deuses das cidades conquistadas. O mal não era um fator inerente ao objeto material, tampouco essas coisas eram mágicas. Contudo, o aspecto ruim residia nos pensamentos malignos que tais apetrechos e simbolismos poderiam causar na mente de um indivíduo. Por esta razão, Davi falou: não porei coisa má diante dos meus olhos (Sl 101.3).

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