Significado de Deuteronômio 18

Deuteronômio 18

18:1 Uma porção das ofertas queimadas do Senhor era tomada pelos sacerdotes para seu sustento.

18:2-4 Diferente das outras tribos, os levitas não receberiam herança na terra de Canaã. Eles deveriam considerar Deus como seu legado. Em outras palavras, os levitas possuíam o relacionamento íntimo com o Senhor, que era melhor do que qualquer concessão de propriedade (obviamente, eles gozaram dos benefícios da terra que cercava as vilas levitas, de acordo com o versículo 8).

18:5 Para que assista a servir. Os sacerdotes eram os servos de Deus que faziam a mediação entre Ele e o povo (Dt 10.8; 21.5).

18:6 Quando vier um levita[...] com todo o desejo da sua alma. Esta sentença se refere a uma verdadeira consagração. Isso indica que provavelmente houve pessoas da tribo de Levi que não mereciam ministrar perante o Senhor, pois apenas sua linhagem não as qualificava.

18:7 Servir em nome de Yahweh era experimentar mais da completude do Senhor, de Sua proximidade, de Sua graça, e estar ciente de Sua santidade.

18:8 Igual porção comerão. Os sacerdotes e os levitas, que serviam perante Deus, eram honrados por esse nobre trabalho.

18:9-14 Estes versículos advertem acerca das pseudorrevelações originárias da magia e da mântica, tentativas de prever o futuro consultando um adivinhador, um prognosticador, um agoureiro, um feiticeiro, um espírito adivinhante, um mágico ou os mortos. Tais práticas foram consideradas abomináveis não só porque tentavam “orientar” as pessoas de forma contrária à revelação de Deus, mas também porque encorajavam um estilo de vida independente, que ignorava o Senhor. O mais conhecido cântico do mundo antigo foi Balaão (Nm 2225; 31).

18:10, 11 Alguns costumes pagãos antigos exigiam que um filho ou uma filha fosse oferecido em sacrifício a fim de que se soubesse a respeito do futuro ou se conseguisse uma benesse da suposta divindade. Além da Sua própria revelação, Deus proibiu qualquer forma de ciência do futuro, como por exemplo [consultar] os mortos. A tentativa de Saul de buscar orientação longe da Palavra de Deus resultou em julgamento divino sobre ele (1 Sm 28).

18:12 Para o Senhor, as práticas pagãs eram abominações, porque se baseavam na tentativa de desviar as pessoas de Sua revelação. O Senhor não é um deus entre os outros; Ele é o Deus único.

18:13 Perfeito serás, como o Senhor, teu Deus. Esta foi uma ordem para que os filhos de Deus vivessem com integridade e na dependência apenas dele. A inculpabilidade caracterizou a vida de Abraão (Gn 17.1) e ainda é o padrão para os cristãos de hoje (Ef 1.4; 5.27).

18:14 Israel deveria ser distinta de todas as outras nações; um povo santo, não apenas no que diz respeito à alimentação e a outros aspectos materiais, mas também em sua fé no Senhor.

18:15-22 De acordo com estes versículos, o Senhor prometeu a Israel que enviaria outro profeta como Moisés. Isso se aplicava a todos os verdadeiros profetas que eram os porta-vozes de Deus. Os profetas se caracterizavam por sete qualidades: (1) israelitas; (2) chamados por Deus; (3) capacitados pelo Espírito Santo; (4) porta-vozes de Deus; (5) autorizados a falar em nome do Senhor; (6) bons pastores para o povo e (7) confirmados por sinais. No tocante a esta profecia, o Senhor, teu Deus, te despertará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, como eu; a ele ouvireis, Jesus Cristo foi o seu verdadeiro cumprimento. Jesus, como Moisés, foi mediador entre Deus e o homem (v. 16, 17; Hb 9.15; 12.24) Entretanto, Cristo era diferente por ser o Filho de Deus (Jo 1.21, 25, 45; 5.46; 6.1; 7.40; At 3.22, 23; 7.37). Quando Moisés morreu, havia a esperança de aparecer novamente alguém como ele, até mesmo maior do que ele (Dt 34-9-12).

18:15 Todos os verdadeiros profetas que surgiram entre os hebreus foram chamados pelo Senhor. Ninguém podia tornar-se um profeta genuíno por desejo ou vontade própria.

18:16-22 E tal palavra se não cumprir. O teste de um verdadeiro profeta era o cumprimento de suas palavras. Entretanto, havia um tipo de profecia anunciada que talvez não acontecesse: a do julgamento divino, que poderia ser afastada por causa do arrependimento humano em resposta à proclamação da mesma. Jonas e Miqueias passaram por essa experiência.

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