Significado de Deuteronômio 25

Deuteronômio 25

25:1-3 Provavelmente era usada uma vara para o açoitamento (Ex 21.20). Leis judaicas posteriores restringiram os quarenta açoites para quarenta menos um (2 Co 11.24), a fim de garantir que as autoridades permanecessem nos limites fixados. O ofensor ainda era um irmão cuja dignidade deveria ser preservada perante o povo, daí a preocupação de o número de açoites não ser desrespeitado, para que, conforme consta no versículo 3, teu irmão não fique envilecido.

25:4 Não atarás a boca ao boi. Amordaçar o animal impedia que este comesse enquanto trabalhava. Esta lei encorajava a bondade e a consideração pelos animais. Tempos depois, o apóstolo Paulo a usou como uma analogia ao princípio do suporte aos ministros do evangelho (1 Co 9.9, 10; 1 Tm 5.17, 18).

25:5-10 Esta lei assegurava a perpetuidade do nome e da propriedade da família. Este é um exemplo de um costume do Oriente Próximo que foi adaptado para Israel e incorporado nas divinas instruções para esta nação.

25:5 Os antigos temiam não possuir herdeiros que carregassem o nome da família. Além disso, uma viúva que não tivesse filhos para zelar por ela se transformava rapidamente em uma pedinte. Tomar a viúva de um irmão como uma segunda esposa a protegeria e preservaria o nome, a memória e os interesses do irmão falecido. Este seria considerado o pai do primogênito da união da viúva com o cunhado. Essa prática é conhecida como casamento levirato, derivado do termo em latim que significa cunhado.

25:6 O irmão morto seria reconhecido como o pai “oficial” da criança. A preservação do nome familiar era de extrema importância na antiga Israel. Em última análise, a continuidade da linhagem fazia parte da grande e arqueada esperança Messiânica que costura seus caminhos através de todos os aspectos da história de Israel.

25:7-10 Por motivos pessoais, um homem poderia decidir não cumprir com tais obrigações (Gn 38.8-10). Legalmente, o cunhado era compelido a manter vivo o nome da família. Sua recusa, expressa no discurso não quer fazer para comigo o dever de cunhado, não era apenas um assunto privado, mas uma questão de interesse nacional. Por causa da insistência em fazer prevalecer sua vontade sobre os direitos da viúva, ele receberia uma abjeção pública.

25:8 A acusação da viúva tinha de ser validada pelos anciãos da cidade.

25:9, 10 Descalçar o sapato do pé de alguém era um sinal de perda dos direitos na comunidade. Talvez também representasse a cessação da prerrogativa de andar em sua própria terra (Rt 4-7). Cuspir no rosto de um indivíduo era um ato ousado e público de menosprezo. Tal aviltação perante o povo desencorajava os homens de esquivar-se de seus deveres como cunhados. Uma vez que o irmão vivo se recusasse a manter o nome do falecido, ele corria o risco de perder a memória de seu próprio nome na sociedade.

25:11-14 Estas recomendações quanto à honestidade nas práticas comerciais eram necessárias porque um comerciante poderia enganar o consumidor usando diferentes tipos de peso, conforme os atos de compra e venda, modificando a gradação das medidas a seu favor (Am 8.5).

25:15 Os termos inteiro e justo fazem referência ao peso correto.

25:16 O oposto de inteiro e justo é injustiça.

25:17, 18 Israel deveria contar a história do que Amaleque fizera, e nunca se esquecer disso (Ex 17.8-16; Nm 14.39-45), pois ele não temeu a Deus, isto é, não teve consideração pelo caráter especial do povo de Deus.

25:19 Apagarás a memória de Amaleque. Os amalequitas, na verdade, sofreriam o banimento que Deus instauraria sobre o povo de Canaã (Lv 27.29; Js 6.17, 18).

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