Significado de 2 Crônicas 6

Significado de 2 Crônicas 6

Significado de 2 Crônicas 6



2 Crônicas 6

6.1,2 — A nuvem espessa que havia representado a glória de Deus, agora, enchia o templo, o que estava de acordo com a promessa do próprio Deus a Davi quando Ele disse, em resposta à decisão de Davi de construir o templo, que Ele tinha vivido de tabernáculo em tabernáculo (1 Cr 17.5). Embora o filho de Davi tivesse construído um templo para Deus, viria a época em que o Senhor construiria para Davi uma casa ou dinastia eterna, permanente, e, com esta, viria o relacionamento permanente de Deus com Seu povo (1 Cr 17.7-14). Assim Salomão construiu a casa onde Deus poderia viver entre os Seus.

6.3,4 — E, pelas suas mãos, o cumpriu. Trata-se de uma referência direta à aliança que Deus tinha feito com Davi, quando o Senhor lhe prometeu uma casa eterna (1 Cr 17.11,12). Salomão, como o herdeiro escolhido de Davi, tinha vivido para ver as promessas do Altíssimo serem cumpridas. Deus fez Salomão rei e construiu o templo. Salomão pode ter contratado artesãos fenícios, mas ele sabia que o sucesso do projeto dependia de Deus e, na verdade, as mãos do Senhor tinham feito o trabalho.

6.5,6 — Escolhi Jerusalém. Esta expressão não se refere a Jerusalém como uma capital política, como o era para Davi e Salomão (1 Cr 11.4-8), mas como um lugar para o Nome de Deus. Essa ênfase é evidente na narrativa sobre a eira de Ornã (1 Cr 21.18—22.1). Apenas Jerusalém poderia ser aceitável como um lugar para a habitação terrena de Deus.

Escolhi Davi. Em Sua graça, Deus escolheu Davi muito antes que este, na prática, subisse ao trono, deixando isso claro quando Samuel o ungiu na juventude (1 Sm 16.1,12,13).

6.7-11 — O concerto que o SENHOR fez refere- se às tábuas de pedra dos Dez Mandamentos (2 Cr 5.10).

6.12 — A presença de Salomão perante o altar do SENHOR, no pátio interno, local proibido para qualquer um, exceto para os sacerdotes e levitas, mostra, mais uma vez, o papel sacerdotal e os privilégios da monarquia davídica. Como um rei-sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque (SI 110.4), ele foi nomeado para estar lá como um mediador teocrático entre Deus e a nação (1 Cr 15.25-28; 2 Cr 1.3).

6.13 — Uma base de metal [na ara , uma tribuna de bronze] não era um item normal do templo, mas um palco construído para o discurso de Salomão, para que a congregação do lado de fora dos muros do pátio pudessem vê-lo. Media 2,25m de comprimento e l,35m de altura.

6.14 — Não há Deus como tu. Deus é diferente de todos os outros “deuses” . Ele sozinho fez e manteve um concerto com Seu povo, algo sem precedentes nas tradições religiosas das nações. A aclamação de Salomão faz sentido para todo filho de Deus que medita na fidelidade do Senhor.

A Aliança e a misericórdia [ara]. Neste contexto, misericórdia implica lealdade e significa que Deus é fiel aos Seus servos; àqueles que andam diante dele de todo o coração.

6.15,16 — A posição natural de Salomão como rei atestava que Deus havia cumprido Sua promessa. Entretanto, partes da promessa do Senhor dependiam da obediência do povo à Lei divina. Contanto que os filhos de Davi guardassem o caminho do Senhor, eles desfrutariam de todos os benefícios provenientes de Deus. Então, Salomão orou para que o povo permanecesse fiel. O Senhor lhes seria fiel, mas seriam eles fiéis a Deus? Não importando a escolha deles, de qualquer forma, o Altíssimo manteria Seu plano final de enviar o Messias (SI 89.30-37).

6.17,18 — Habitará Deus com os homens na terral Deus é completamente separado da humanidade, mas Ele se adapta à posição inferior dos seres humanos para se relacionar com eles (Gn 2.8; 18.1,2; Êx 23.20-26). Ele assim o fez como uma última percepção da encarnação de Jesus Cristo (João 1.14).

6.19,20 — A solução da tensão entre Deus ser superior e acima de toda a Sua criação (transcendência, Is 6.1-4) e Sua proximidade com cada um de nós (imanência) se baseia em ações de Deus como localizar Seu nome. Em vez de contemplar a delimitação de Deus a um lugar, mesmo ao templo, Salomão, de acordo com uma tradição antiga (Dt 12.5,11; 16.2,6), fala da presença do Senhor em termos de objetivação de Seu Nome. Este é um estágio inicial do desenvolvimento de doutrinas como a da personalidade e da existência de Deus e da união dele com a humanidade na pessoa de Jesus Cristo.

6.21 — O templo era o lugar de habitação de Deus onde Seu povo podia orar a Ele. Mesmo assim, Deus não podia ser contido entre as quatro paredes de uma construção.

6.22 —Lhe impuser juramento. Trata-se de uma referência aos juramentos legais pelos quais as pessoas juravam a sua inocência diante de Deus (Êx 22.8-11; Dt 17.8,9). Tais juramentos tinham de ser feitos no templo e diante do altar, símbolo da presença de Deus entre Seu povo.

6.23,24 — O pedido de Salomão para que Deus ouve dos céus [nvi] enfatizava a transcendência do Altíssimo. Embora o Senhor tivesse escolhido estar presente no templo, Ele também transcendia a estrutura dessa edificação.

6.25-28 — Faze-os tornar. Esse trecho é uma pista sobre o futuro cativeiro e a deportação do desobediente povo de Deus (Dt 28.29,30). Quando o exílio para a Babilônia tornou-se uma realidade, o templo foi destruído, e ninguém podia orar naquele lugar como antes. Mas, mesmo naqueles dias, o povo do Senhor dirigia suas orações a Jerusalém. Isso era o que Daniel fazia (Dn 6.10).

6.29-31 — Israel era uma comunidade e podia orar junto, como uma nação. Mas cada membro também era responsável pelos próprios pecados (Ez 18.1-4) e cada um precisava pedir o perdão de Deus. A oração voltada para o templo podia ser nacional ou individual.

6.32,33 — Deus fez aliança exclusivamente com Israel, a nação descendente de Abraão, com o propósito de atrair outras nações para Ele, o Criador de todos os povos. Um estrangeiro que adotasse o Senhor como Deus seria contado entre o povo de Deus.

6.34-36 — Não há homem que não peque. Esta declaração é repetida no Novo Testamento (Rm 3.23; l jo 1.8-10). Todas as pessoas pecaram e são culpadas diante de Deus.

Os levem em cativeiro. O discurso de Salomão antecipou a possibilidade do exílio, algo que já havia acontecido quando o livro de Crônicas foi escrito.

6.37-40 — Estejam os teus olhos abertos. Deus é Espírito (Jo 4.24) e não tem olhos e ouvidos físicos, mas Ele é uma Pessoa que nos conhece intimamente e ouve as nossas orações. Salomão estava orando para que Deus não ignorasse Seu povo.

6.41 — A luz de Salmos 132.8,9 (a passagem citada por Salomão), o lugar de repouso é o templo. A arca é um sinônimo da presença de Deus.

6.42 — Teu ungido. Trata-se de uma referência a Salomão, a qual mostra que ele entendia sua posição singular como alguém separado por Deus para o serviço real (1 Cr 22.10,11). Como Davi, Salomão era uma figura messiânica que antecipava o objetivo de sua linhagem real, o verdadeiro Ungido, Jesus Cristo (1 Sm 2.10; SI 2.2; 18.50; 89.38,51; 132.17).

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