Significado de 2 Crônicas 3

Significado de 2 Crônicas 3

Significado de 2 Crônicas 3



2 Crônicas 3

3.1 — O monte Moriá era sagrado e, por essa razão, um lugar apropriado para o templo não apenas porque a eira de Ornã ficava lá (1 Cr 21.18-30), mas também porque era a terra de Moriá, para onde Abraão levara Isaque para o sacrifício (Gn 22.2). Davi tinha recebido instruções explícitas do Senhor sobre aquele terreno, o qual ele havia comprado de Ornã e onde já havia construído um altar: deveria ser o local do futuro templo (1 Cr 21.18,26). O monte Moriá é conhecido hoje como o monte do templo e o lugar da Cúpula da Rocha muçulmana. É uma colina em linha reta do norte do monte Sião, lugar do tabernáculo de Davi (1 Cr 15.1).

3.2 — O segundo dia do segundo mês (nvi) cai em abril no calendário moderno. Fazer os preparativos para a construção, acumular os materiais e limpar o terreno foram tarefas que, provavelmente, demoraram quatro anos para ser concluídas, o que explica por que Salomão não começou o projeto em seu primeiro ano. O primeiro livro de Reis também indica que Salomão estava ocupado no início de seu reinado em sufocar potenciais insurreições e lidar com outros problemas relacionados à sua sucessão (1 Rs 1; 2).

3.3 — Os israelitas tinham dois côvados padrões, um medindo por volta de 45cm e outro de 52cm. Provavelmente, a medida antiga mencionada aqui era o côvado de 45cm, levando os fundamentos do templo a medir cerca de 27m de comprimento e nove de largura. O tabernáculo de Moisés tinha 13,5m de comprimento e 4,5m de largura (Êx 26.15-37).

3.4 — Alpendre. Era um pórtico na frente do templo. Tinha 9m de comprimento (estendendo-se, assim, por toda a largura da construção), 4,5m de largura (1 Rs 6.3) e 55m de altura (120 côvados), de acordo com o texto hebraico. Outras versões antigas citam 20 côvados (9m) para a altura, deixando essa medida mais alinhada com a altura do templo, como está registrado em 1 Reis 6.2, ou seja, 30 côvados ou 13,5m.

3.5-7 — O maior cômodo era o Lugar Santo ou santuário (1 Rs 6.17). O relato paralelo em 1 Reis 6.18 sugere que as cadeias [ou correntes, nvi] podem referir-se a um desenho entrelaçado de botões e flores. Nesse caso, estes, juntamente com as palmeiras entalhadas [ntlh], lembram o cenário de um exuberante jardim. Junto com a referência aos querubins esculpidos (v. 7), pode-se identificar o todo como uma representação estilizada do jardim do Éden (Gn 3.24), o lugar onde Deus originalmente se encontrou com Seu povo para ser adorado.

3.8 — O Santo dos Santos [ara] era o santuário interior, onde a arca do concerto (1 Rs 6.19) era mantida. Este cômodo tinha a forma cúbica, 20 côvados (9m) de um lado (leia 1 Rs 6.20 para verificar a altura). Seiscentos talentos são aproximadamente 21 toneladas de ouro.

3.9 — O ouro é muito macio para ser usado em pregos, então, os que são mencionados neste versículo deviam ser decorativos ou feitos de algum outro metal laminado de ouro. O peso de cinquenta siclos (cerca de 600g) indica que os pregos eram laminados.

3.10 — Os querubins que Salomão esculpiu para o Santo dos santos não eram aqueles entalhados nas paredes do Lugar Santo (2 Cr 3.7), mas eram outros adicionais entalhados e revestidos de ouro.

3.11-13 — Os querubins ficavam lado a lado com as asas estendidas, tocando-se no meio e protegendo a arca. Como cada asa tinha cinco côvados de comprimento e o cômodo tinha 20 côvados de um lado a outro, as asas dos querubins atravessavam toda a extensão do local. Os rostos virados para a casa significava que os querubins estavam de frente para o véu e o Lugar Santo.

3.14 — O véu era uma cortina pesada entre o Lugar Santo e o Santo dos santos. Ele protegia a arca e os querubins de serem vistos (2 Cr 5.9). Os querubins eram feitos do mesmo material do véu. Os materiais e cores usados - azul, e púrpura, e carmesim, e linho fino - são os mesmos usados no véu do tabernáculo.

3.15 — As duas colunas na frente eram independentes e não sustentavam nenhuma parte do templo. Trinta e cinco côvados representavam 16m aproximadamente e, com o capitel, que media cinco côvados, as colunas mediam por volta de 18m de altura. Por causa dos problemas estéticos e arquitetônicos causados com isso, muitas pessoas preferem as medidas do relato paralelo de 1 Reis que atribui 18 côvados para cada coluna mais o capitel (1 Rs 7.15), chegando a uma altura total de 10,5m cada uma, deixando-as aproximadamente um metro e meio mais altas do que o pórtico, mas um pouco mais baixas do que o telhado.

3.16 — Como no verso 5, as cadeias entrelaçadas parecem ser uma rede de frutas e plantas, como a presença das romãs indica. O primeiro livro de Reis enriquece essa descrição (1 Rs 7.17-20). Havia sete conjuntos de correntes entrelaçadas em cada capitel e duas fileiras de romãs acima dos conjuntos. Os capitéis parecem ter sido feitos no formato de lírios de quatro côvados de altura, com uma faixa de um côvado de largura em suas bases. Os conjuntos e as tranças de romãs ficavam enfileirados ao redor da base. As cem romãs eram uma das quatro tranças, duas para cada coluna, ou 400 romãs no total.