Significado de 2 Crônicas 30

Significado de 2 Crônicas 30

Significado de 2 Crônicas 30


2 Crônicas 30

30.1-3 — Embora o reino de Israel tivesse sido dividido mais de dois séculos antes, Ezequias nunca perdeu de vista o fato de que o concerto de Deus foi feito com as 12 tribos e Sua promessa incluía todos eles (Ez 37.15-28). A Páscoa era normalmente celebrada no primeiro mês do ano religioso (Ex 12.6,18). Mas, nesse ano, a reforma e consagração do templo ainda estavam em andamento (2 Cr 29.1-17). A lei tinha condições para o adiamento da Páscoa se alguém estivesse ausente em uma viagem importante ou estivesse ritualmente impuro (Nm 9.9-12). Ezequias interpretou essa lei para incluir os sacerdotes que ainda não se tinham consagrado ao ministério (2 Cr 29.34). O povo de Israel não tinha tido tempo de se reunir em Jerusalém de qualquer forma, então, a celebração foi adiada até o segundo mês.

30.4, 5 — O fato de que todo o Israel estivesse incluído revela que ainda restavam muitos seguidores de Deus no reino do norte, apesar de mais de 200 anos de apostasia e da conquista pela Assíria (2 Cr 29.24).

30.6,7 — O SENHOR, Deus de Abraão, de Isaque e de Israel. Ezequias apelou para a nação com base na antiga aliança com Abraão (2 Cr 29.5). Embora o reino estivesse dividido e muitos de seu povo estivessem padecendo no exílio longe de casa, a promessa do Senhor não podia mudar e ela ajuntaria todos eles como povo de Deus. Eles ainda tinham tempo de retornar para o Altíssimo.

Vós que escaparam [ou os remanescentes]. Em algumas situações, a palavra remanescente significa os santos eleitos entre o povo de Israel como um todo (Is 46.3; Mq 2.12; 5.7, 8). Neste contexto, significa os israelitas que tinham sobrevivido ao massacre e à deportação assírios.

30.8 — Aqueles que não eram sacerdotes não tinham permissão para entrar no templo, então, a expressão vinde ao santuário é uma figura de linguagem para servir ao Senhor.

30.9 — Os irmãos e filhos eram israelitas que tinham sido levados para o cativeiro assírio. Ezequias rogou que os remanescentes deixados para trás se arrependessem, prometendo que isso resultaria em um melhor tratamento daqueles no cativeiro e garantiria o regresso deles à nação. De acordo com o concerto (Dt 28-30), obediência levaria a nação a ser abençoada e desobediência resultaria em exílio.

30.10 — Zebulom era, provavelmente, o território mais ao norte de Israel naquela época, porque Naftali tinha sido tomada por Tiglate-Pileser III (2 Rs 15.29).

30.11,12 — A reação ao convite de Ezequias em Judá foi totalmente diferente da de Israel (2 Cr 30.10,11), porque em Judá esteve a mão de Deus. A graça divina sempre faz parte dos esforços de alguém para agradar a Ele.

30.13 — Como a Festa dos Pães Asmos acontecia imediatamente após a Páscoa e era associada a ela (Lv 23.4-8), às vezes, referia-se à própria Páscoa também (Ed 6.22). Segundo mês. Um adiamento da festa do primeiro mês era possível sob certas circunstâncias (2 Cr 30.2).

30.14 — O entulho removido do templo já tinha sido lançado no ribeiro de Cedrom para ser queimado (2 Cr 29.16).

30.15 — Os sacerdotes e os levitas ficaram envergonhados porque tinham sido negligentes e não se consagraram ao seu ministério mais cedo (2 Cr 29.34; 30.3). A causa para a demora da Páscoa, na verdade, foi o atraso deles.

30.16 — Os levitas matavam os animais e, então, entregavam o sangue para que os sacerdotes aspergissem. Normalmente, os holocaustos eram sacrifícios de adoradores individuais que davam o sangue aos sacerdotes (Lv 1.4,5).

30.17 — Tradicionalmente, a imolação do cordeiro da Páscoa era realizada pelo chefe da família (Êx 12.3-6). Mas, nessa ocasião, muitos não estavam ritualmente purificados, e os levitas atuavam em seu lugar.

30.18-20 — Se não tinham purificado e, contudo, comeram. Aqueles que chegaram de lugares distantes de Israel estavam desqualificados para o sacrifício e não o fizeram. No entanto, comeram a refeição da Páscoa, violando a Lei de Moisés (Ex 12.43-49). Eles acharam mais importante obedecer ao espírito da Páscoa do que à Lei. Ezequias, então, orou por eles, pedindo a Deus que observasse o desejo de seus corações. Em resposta, Deus sarou o povo, ou seja, Ele restaurou o relacionamento deles consigo. Buscar genuinamente o Senhor é mais importante do que participar de um ritual (1 Sm 15.22).

30.21,22 — Tinham entendimento no bom conhecimento do SENHOR. Por causa dos muitos anos do reinado perverso de Acaz (2 Cr 28.23- 25), o povo de Judá deve ter-se tornado ignorante nas verdades de sua fé. O povo do norte (2 Cr 30.18) não tinha vivenciado alguma pregação sobre a revelação de Deus em 200 anos, além do testemunho de profetas como Oséias e Amós. Mas o ministério dos levitas incluía ensino (2 Cr 17.8-10; Dt 17.18; 31.9-13; 33.10), e esta grande Páscoa era uma oportunidade para explicar a história e o propósito da aliança de Deus com Israel. O povo comeu durante toda a festa, pois uma refeição era a característica central de agradecimento ou ofertas de louvor ou sacrifício pacífico (2 Cr 29.31; Lv 7.28-36; 9.18).

30.23 — Assim como Salomão (2 Cr 7.8-10), Ezequias descobriu ser impossível limitar as festividades a oito dias (incluindo a Páscoa). O consentimento deles para celebrar outros sete dias era um sinal claro de vitalidade espiritual renovada.

30.24 — Ezequias, rei de Judá, apresentou. Como um ato extraordinário de generosidade e compromisso pessoal, o rei compartilhou seus próprios recursos com o povo. Possivelmente, de alguma forma, isso foi necessário devido a uma segunda semana imprevista de sacrifício.

30.25, 26 — Os estrangeiros eram forasteiros que viviam em Israel e Judá e podiam ir às festas, porque se uniram a Deus e à Lei (Dt 16.11; 26.11; 29.11; 31.12).