Significado de 2 Crônicas 35

Significado de 2 Crônicas 35

Significado de 2 Crônicas 35



2 Crônicas 35

35.1-3 — A ordem de Josias para colocar a arca sagrada na casa significa que a arca da aliança tinha sido removida do templo. Não se sabe quem a tirou de lá ou quando, mas existiram reis iníquos suficientes que poderiam ter feito isso. Não tereis mais esta carga aos ombros. A única maneira correta de transportar a arca era por meio de varas atravessadas nas argolas, nos quatro cantos da arca, e colocadas nos ombros dos levitas (Nm 4-5,6; 1 Cr 15.2). O fato de eles a carregarem mostra que não havia lugar certo onde ela pudesse ficar guardada. A veemente oposição de Manassés a Deus deve tê-la mantido em constante perigo. Contudo, uma vez purificado e restaurado o templo, a arca podia retornar ao seu lugar.

35.4 — Na preparação para a Páscoa, os sacerdotes e levitas tinham de organizar-se de acordo com as turmas, as quais eram determinadas pelos registros genealógicos (1 Cr 6.1-30). Davi organizou os turnos antes de o templo ser construído (1 Cr 23.3 — 26.32) e Salomão os confirmou (2 Cr 8.14).

35.5 — O termo santuário se refere a toda área do templo. Os filhos do povo não podiam entrar na área onde ficava o grande altar de bronze, então, os levitas os representavam de acordo com as tribos, os clãs e as unidades familiares. Em épocas anteriores, os chefes de famílias ofereciam seus próprios cordeiros de Páscoa e, desse modo, tinham acesso ao altar (Ex 12.3), mas, na época de Josias, a responsabilidade pelo abate recaía apenas sobre os levitas (2 Cr 30.15-20).

35.6 — Preparai-a para vossos irmãos. Os levitas estavam substituindo o povo no sacrifício dos cordeiros da Páscoa, o que se tornou uma tradição a partir daquela época, resultando em aumento de influência e poder por parte dos sacerdotes.

35.7 — Normalmente, o povo oferecia cordeiros e cabritos de seus próprios rebanhos para a Páscoa (Êx 12.3,5), mas Josias estava sendo generoso (2 Cr 30.24). O fato de Josias ter dado trinta mil animais significa que o número total do povo devia ser 150 mil ou mais, já que cada casa oferecia seu próprio cordeiro ou cabrito. O rebanho era para os holocaustos que aconteciam ao mesmo tempo em que a Páscoa (2 Cr 35.12).

35.8 — Hilquias era o sumo sacerdote sujeito a Josias (2 Cr 34-9).

35.9-11 — A maneira como os sacerdotes e levitas preparavam os animais era de acordo com as instruções de Moisés (Êx 12.4,8,9,21,22).

35.12 — Esta Páscoa, em particular, incluiu um período de comunhão e louvor. Os bois foram usados nos holocaustos (2 Cr 35.7-9) para a celebração dos sacrifícios pacíficos ou de gratidão (Lv 3.1-5). O ofertante e sua família, os sacerdotes e levitas podiam comer todos os animais da Páscoa e dos holocaustos que eram imolados como sacrifício de gratidão. A Páscoa de Josias foi uma ocasião para lembrar a libertação de Israel do Egito (Ex 12.24-27) e um período de grande e festiva celebração da bondade de Deus em levar reforma e renovação. O livro de Moisés era, provavelmente, o pergaminho que Hilquias encontrou no templo (2 Cr 34-14,15). O desejo de Josias de liderar a Páscoa surgiu a partir da descoberta e leitura do livro.

35.13 — As ofertas sagradas, distintas das da Páscoa, eram o rebanho abatido para os sacrifícios pacíficos ou de gratidão (2 Cr 35.7).

35.14 — Para si refere-se aos levitas que tinham ajudado os sacerdotes.

35.15 —Asafe, Hemã e Jedutum lideravam as divisões musicais levitas na época de Davi (1 Cr 15.17; 25.1). A celebração da Páscoa era acompanhada por música durante o dia todo.

35.16 — Não era muito comum ter uma combinação de festas e sacrifícios no mesmo dia.

35.17 — A Páscoa foi celebrada no décimo quarto do mês Nissan (2 Cr 35.1) e foi seguida nos sete dias posteriores pela Festa dos Pães Asmos, até o vigésimo primeiro dia de Nissan (2 Cr 30.21-23; Lv 23.4-8; Nm 28.16-25; Dt 16.1-8).

35.18 — Fazia quase 400 anos desde os dias do profeta Samuel (1 Sm 7.15-17). Nenhum dos reis tinha celebrado uma Páscoa em todo aquele tempo (2 Cr 30.26).

35.19 — Josias tinha 26 anos de idade (2 Cr 34.8) no ano décimo oitavo do seu reinado.

35.20 — Localizada junto ao rio Eufrates superior, Carquemis foi uma das últimas fortalezas da Assíria a resistir ao ataque do ascendente reino neobabilônico. Os babilônios e medos estavam a ponto de subjugar Harã e Carquemis. Neco, rei do Egito, mais temeroso em relação aos babilônios do que aos assírios, esperava chegar a Carquemis a tempo de ajudar os seus aliados assírios em época de perigo. Josias era um aliado da Babilônia, então, ele foi para Megido (2 Cr 35.22) para interceptar os egípcios e permitir que os babilônios atacassem Harã e Carquemis sem a interferência egípcia.

35.21 — A casa é uma referência aos babilônios. Disse Deus que me apressasse. Às vezes, Deus falava com os reis pagãos sobre uma linha de ação que Ele queria que tomassem (2 Cr 36.22; Gn 20.6; 41.25; Dn 2.28). Neco não sabia que a fonte de sua liderança divina era o Deus de Israel e não um de suas próprias deidades egípcias. No entanto, era Deus quem o direcionava, manifestando Sua soberania até mesmo sobre os poderes incrédulos e iníquos deste mundo (Is 44.28 — 45.1).

35.22 — A principal rota do Egito para o rio Eufrates superior era a Via Maris ou Caminho do mar. Esse caminho subia a costa da Palestina antes de passar para o interior por meio de uma passagem na montanha em Megido. Cruzava a planície de Jezreel ou Esdraelon, cruzava o rio Jordão, próximo ao mar da Galileia, e passava por Damasco, onde se juntava à rota norte-sul para a Síria. O objetivo de Josias era controlar a passagem em Megido e ordenar o movimento do comércio por meio deste ponto vital.

35.23,24 — Como um justo sucessor de Davi, Josias foi enterrado com honras nos sepulcros de seus pais, na Cidade de Davi (2 Cr 32.33).