Significado de 2 Crônicas 29

2 Crônicas 29

29.1,2 — Ezequias foi o único rei de Judá que foi tão fiel ao Senhor quanto Davi havia sido.

29.3 — O ano primeiro do reinado independente de Ezequias começou em 715 a.C. Ezequias tinha governado junto com Acaz desde 729 a.C. O fato de Ezequias ter começado o trabalho de restauração do templo em seu primeiro mês testifica sobre seu zelo pelo serviço de Deus. Ezequias abriu as portas do templo como um passo em direção à renovação espiritual. Acaz tinha fechado as portas como uma expressão de hostilidade a Deus e ao concerto (2 Cr 28.24). Ezequias não perdeu tempo em lidar com os pecados de seu predecessor.

29.4 — A praça oriental era o pátio diretamente em frente ao pórtico do templo (2 Cr 4.9,10; 6.13; 7.7).

29.5 — Tirai do santuário a imundícia. É impossível saber tudo o que isso envolvia, mas pode ser que Acaz tivesse usado o templo como uma espécie de depósito. Claramente, havia mais objetos à vista do que os utensílios do templo, porque os mesmos foram reparados, santificados e colocados de volta ao uso (2 Cr 29.19).

29.6-9 — Cativeiro. Pode ser uma menção à queda de Samaria e à deportação das tribos do norte apenas sete anos antes (2 Rs 17.6). No entanto, sob a perversa liderança de Acaz, vários do povo de Judá tinham sido levados cativos por Rezim, de Damasco, e Peca, de Israel (2 Cr 28.5-8). A referência de Ezequias a Judá e Jerusalém (2 Cr 28.8) sugere que ele, talvez, estivesse referindo-se a este fato.

29.10,11 — O concerto de Ezequias colocou seu povo e si mesmo sob a autoridade de Deus. Com isso, esse rei comprometeu-se a liderar a nação com fidelidade, como os termos da aliança davídica original exigiam (2 Cr 23.3,11,16; Dt 17.18-20; 31.9-13; 1 Cr 28.9).

29.12 — Coatitas [...] Merari [...] Gersonitas. Ezequias reuniu os líderes dos três maiores clãs levitas, dois líderes de cada clã.

29.13 — A família de Elisafã fazia parte dos filhos de Coate (1 Cr 15.8).

29.14 — Asafe era o chefe de uma divisão de músicos levitas (1 Cr 25.1,2). Hemã e Jedutum eram músicos (1 Cr 25.1,3-5). Jedutum também era conhecido como Etã (1 Cr 15.17,19).

29.15 — A frase pelas palavras do Senhor significa que Ezequias responsabilizou-se pela reforma em direção a Deus. Suas instruções para a nação, nesse caso, tinham autoridade exclusiva (veja 1 Cr 28.11-19; 29.23, 24).

29.16 — Dentro da Casa do SENHOR parece fazer menção ao Santo dos santos, e o termo templo deve referir-se à câmara maior, o Lugar Santo (2 Cr 3.5-7; 4-7,8). O pátio era o pátio interno logo à saída do templo, área restrita aos sacerdotes e levitas (2 Cr 4-9). O trabalho de reparos e restauração no templo começou no Santo dos santos e continuou até alcançar o pátio. O ribeiro de Cedrom era o riacho a leste de Jerusalém onde os restos eram queimados (2 Cr 15.16).

29.17,18 — O trabalho começou no dia primeiro do mês primeiro do reinado de Ezequias, não pelo mês do calendário solar (2 Cr 29.3). O alpendre era um pórtico ao longo da frente do templo. Santificar significa limpar ou purificar, ou separar para um propósito santo.

29.19 — Objetos. Acaz tinha destruído alguns, mas não todos os utensílios do templo (2 Cr 28.24).

29.20,21 —Novilhos [...] carneiros [...] cordeiros. A lei requeria o sacrifício desses animais para expiação dos pecados em geral (Lv 1.3-13). Por outro lado, o sacrifício de bodes expiava pecados específicos (Lv 4-1 — 5.13). Aqui, os sacerdotes ofereceram sete de cada tipo de animal para representar a totalidade de seu arrependimento. O reino representa a nação como uma entidade política, e Judá representa o povo. Tanto o estado como o povo precisavam de expiação. O santuário se refere ao próprio templo.

29.22-24 — A repetição de todo o Israel sugere que Ezequias pretendia incluir as 12 tribos, inclusive o reino do norte (2 Cr 30.1-9).

29.25 — O rei Davi era responsável pela religião, assim como pelos assuntos civis e políticos. Ele tinha exercitado esta responsabilidade ao nomear músicos levitas e instruí-los sobre seu ministério no templo (1 Cr 23.2,27; 25.1-31). Ele foi guiado e aconselhado por dois dos fiéis profetas de Deus, Gade e Natã.

29.26 — Os instrumentos de Davi eram aqueles considerados apropriados para a adoração no templo (1 Cr 25.1,3,5,6).

29.27-30 — As palavras de Davi e de Asafe referem-se aos salmos de Davi e Asafe (1 Cr 6.39; 15.17; 16.5), muitos deles no livro de Salmos. O povo de Judá usava essas composições inspiradas para adoração em público e meditação particular.

29.31,32 — As vezes chamada de oferta de paz ou comunhão, as ofertas de louvor [ou ofertas de ações de graças, na versão ara] celebravam o relacionamento conquistado pelas ofertas de expiação (2 Cr 29.21-24; Lv 3.1-17; 7.11-36). Vontade do coração. O povo não deu presentes a Deus por compulsão, mas como uma alegre resposta à graça divina.

29.33 — As ofertas de ações de graças incluíam o povo, os sacerdotes e o próprio Deus. Na verdade, as coisas consagradas se transformavam em um banquete no qual todos se reuniam perante o Senhor para confraternização e comunhão.

29.34,35 — Durante o reinado de Acaz, os sacerdotes e levitas tinham sido removidos de suas funções. Agora, 20 anos depois, não havia sacerdotes suficientes. Ezequias teve de reconsagrar os mais velhos e comissionar novos. Suas reformas aconteceram de forma tão rápida (2 Cr 29.3) que os sacerdotes receberam uma dispensação especial para designar os levitas a áreas de ministério que, em outras circunstâncias, seriam vetadas a eles, como, por exemplo, tirar a pele dos animais do sacrifício (Lv 1.5,6).

29.36 — Apressuradamente [ou subitamente, na versão ara]. Este termo explica parcialmente a indisponibilidade de pessoas envolvidas na adoração religiosa (2 Cr 29.34) e testifica sobre o zelo de Ezequias em realizar a reforma o mais cedo possível dentro de seu alcance. No entanto, não se deve esquecer o fato de que a renovação aconteceu, principalmente, porque Deus tinha preparado para o povo.


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