Significado de 2 Crônicas 36

Significado de 2 Crônicas 36

Significado de 2 Crônicas 36



2 Crônicas 36

36.1,2 — O povo da terra era um termo técnico que fazia menção a um grupo de líderes, como um conselho de anciãos ou uma espécie de parlamento informal (2 Cr 33.25). Este grupo agia em época de crise, como a morte de Josias na batalha. Sua perda foi pior pelo fato de ele ter, pelo menos, quatro filhos que poderiam sucedê-lo. Josias pode não ter deixado clara a sua escolha por um sucessor. Joanã era o filho mais velho, seguido por Jeoaquim, Zedequias e Salum (1 Cr3.15). Salum e Joacaz eram a mesma pessoa (Jr 22.11).

36.3 — O rei do Egito era Neco (2 Cr 35.20). Após a derrota da Assíria em Harã e Carquemis, o exército egípcio retirou-se para o sul do Eufrates, a fim de dominar a Síria e a Palestina. Judá tornou-se um estado vassalo egípcio, o que explica por que Neco podia destituir Joacaz e requerer contribuição [tributo, na versão nvi] . Judá tornouse uma nação fraca e pobre, menor do que em qualquer outra época de sua história. Josias os deixou espiritualmente mais ricos, mas, financeiramente, mais pobres.

36.4 — Neco exigiu a mudança de nome para exibir seu poder sobre Eliaquim.

36.5,6 — Nabucodonosor era o filho de Nabopolasar, fundador do império neobabilônico ou caldeu. Ele estava à frente de uma campanha contra Carquemis quando sucedeu a seu pai e expulsou o Egito da Síria e da Palestina e levou alguns judeus cativos, incluindo Daniel, para a Babilónia (Dn 1.1). N a mesma época, Jeoaquim trocou sua lealdade a Neco para Nabucodonosor e permaneceu como um vassalo leal durante três anos (2 Rs 24-1). Mas, então, Jeoaquim se rebelou contra a Babilónia e, por volta de 602 a.C., Nabucodonosor retomou a Jerusalém para puni-lo. Nabucodonosor amarrou Jeoaquim para o levar à Babilônia. Na verdade, ele não o removeu, já que Jeoaquim reinou até por volta de 598 a.C. e morreu de causas naturais em Jerusalém (2 Rs 24.6; Jr 22.18,19).

36.7-9 — Levou Nabucodonosor. O rei babilônio saqueou a maioria dos tesouros do templo, cumprindo a profecia feita a Ezequias um século antes (2 Cr 32.31; 2 Rs 20.17). Seu templo era o Esagila, erguido ao deus patrono da Babilônia, Marduque.

36.10,11 — Zedequias era o mais novo dos quatro filhos de Josias e o terceiro na linha de sucessão para reinar sobre Judá (leia 2 Cr 36.1). Ele se tornou rei pela indicação de Nabucodonosor, demonstrando a posição de Judá como um vassalo babilônico (2 Cr 36.3).

36.12 —Jeremias foi um famoso profeta que escreveu o livro de Jeremias, o qual inclui suas palavras a Zedequias (Jr 21.3-7; Jr 32.5).

36.13 — Por volta de 588 a.C., Zedequias se rebelou contra o rei Nabucodonosor e, assim como fez seu irmão e sobrinho antes dele, provocou imediata retaliação babilônica. Nabucodonosor capturou Jerusalém depois de um cerco de dois anos (2 Rs 25.1-3).

36.14 — As abominações dos gentios referem-se, principalmente, à idolatria e toda imoralidade e perversidade que a acompanham. A aliança de Deus com Israel exigia que Seu povo fosse diferente das outras nações nesse aspecto chave (Ex 23.24; Lv 26.1; Dt 4.15-20,25-28; 18.9-14; 27.14,15).

36.15 — Os mensageiros de Deus eram os profetas que Ele tinha enviado desde o início da história de Israel.

36.16 — Nenhum remédio houve. Não significa que Deus tenha ficado sem opções e esgotado Sua habilidade de salvar, mas sugere que, mais propriamente, Ele opera dentro de certos parâmetros de resposta pré-determinados. Dentro desse sistema, Ele perdoou os israelitas e restaurou-os várias vezes. No fim, eles ultrapassaram as fronteiras da graça de Deus na história e se desqualificaram para qualquer outra consideração. O ponto onde não há mais retorno foi alcançado, O que permaneceu, no entanto, foi uma expressão final da iniciativa divina para dias futuros, sugerida no decreto de Ciro (2 Cr 36.23) e mais clara nas declarações dos profetas (Lv 26.40-45; Is 40.1,2; 49.14-23; Jr 31.1-40; Ez 36.16 — 39.29; Zc 14.1-21).

36.17-'1 9 — O rei dos caldeus (babilônios) era Nabucodonosor, o qual reinou de 605 a 562 a.C. Ele tornou-se um instrumento do juízo de Deus durante os últimos anos de Judá e no exílio (Dn 2.37,38; 5.18,19).

36.20 — Até ao tempo do reino da Pérsia. Ciro conquistou a Babilônia em 539 a.C. e permitiu que os judeus retornassem para Jerusalém no ano seguinte.

36.21 — Em dois lugares (Jr 25.12; 29.10), Jeremias profetizou o exílio e sua duração (Dn 9.2). Sábados. De acordo com a Lei de Moisés, a terra deveria ficar sem cultivo a cada sete anos (Lv 25.4), período conhecido como o Ano Sabático. O exílio de Judá na Babilónia permitiu que a terra desfrutasse dos sábados que ela tinha perdido (Lv 26.33-35).

36.22 — A expressão no primeiro ano de Ciro refere-se ao seu primeiro ano como governador da Babilônia, e não seu primeiro ano sobre a Média e a Pérsia em 550 a.C. Doze anos mais tarde, ele colocou a Babilônia sob seu controle e emitiu seu famoso decreto, conhecido no Antigo Testamento (leia também Esdras 1.2-4) e no Cilindro de Ciro. Este foi seu primeiro ano de envolvimento com o povo judeu. Os 70 anos de Jeremias foram de 609 a 539 a.C. aproximadamente. Despertou o SENHOR. Ciro não somente foi um monarca poderoso, mas também, um instrumento pelo qual Deus libertou Seu povo do exílio, fez com que os israelitas retornassem para sua terra e reconstruiu o templo (Is 44-28 — 45.1).

36.23 — O SENHOR, Deus dos céus, me deu. De acordo com seu próprio relato no Cilindro de Ciro, o deus que chamou e abençoou Ciro foi Marduque, deidade principal do panteão de deuses babilônios. Como era um documento para leitores babilônios, sua referência a Marduque é compreensível. A Bíblia atribui o sucesso dele ao Senhor vivo. Foi o próprio Deus quem deu soberania para Ciro, ordenou que ele reconstruísse o templo de Jerusalém e o inspirou a libertar os judeus para voltarem para o próprio país. Não foi como se Ciro tivesse-se convertido ao judaísmo. Como Nabucodonosor (Dn 2.47; 3.28,29; 4-34-37) e Dario, o medo (Dn 6.26,27), Ciro estava disposto a incluir o Deus de Israel entre os deuses que ele reconhecia e exaltava. O templo e a cidade santa estavam em ruínas, mas o Senhor não havia terminado ainda. Ele estava prestes a levar os israelitas para sua terra e renovar Suas promessas para salvá-los e restaurá-los.

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