Significado de 2 Samuel 10

Significado de 2 Samuel 10
Significado de 2 Samuel 10

2 Samuel 10
10.1-19 — Este trecho registra os detalhes de 2 Samuel 8.12 a respeito das campanhas de Davi contra os amonitas e os arameus. Essa guerra era o mais violento e perigoso confronto que os israelitas já haviam experimentado durante o reinado de Davi. A história é contada nestes versículos como um pano de fundo para o relato do pecado de Davi com Bate-Seba, o qual ocorreu enquanto os israelitas estavam lutando contra os amonitas (2 Sm 11.1).

10.1 — O rei dos filhos de Amom era Naás (v. 2), provavelmente o mesmo Naás derrotado por Saul em Jabes-Gileade (1 Sm 11.1-11).

10.2 — Como seu pai usou de beneficência comigo. A ocasião em que Naás exercitou a bondade para com Davi não é registrada. Uma possibilidade é que Naás, inimigo de Saul, havia ajudado Davi durante a guerra entre este e Isbosete (2 Sm 2.8—4-12). A consolá-lo, pelo ministério de seus servos, acerca de seu pai. Davi queria consolar Hanum pela morte do pai deste e parabenizá-lo por sua nova posição como rei.

10.3 — O gesto de bondade de Davi foi interpretado com desconfiança pelos conselheiros do rei, os príncipes. Eles suspeitaram que Davi tivesse enviado seus servos como espiões com o propósito de reconhecerem a cidade de Rabá (2 Sm 11.1) e planejarem um ataque contra ela.

10.4 — Os servos de Davi sofreram abusos e humilhações. A barba, na cultura semítica, era considerada um significante aspecto na aparência de um homem. Cortar a metade da barba era um sério insulto. Hanum agravou a ofensa quando lhes cortou metade das vestes, deixando os soldados expostos de maneira indecente.

10.5 — Para evitar a futura humilhação de seus servos, Davi lhes ordenou que permanecessem em Jericó até que suas barbas crescessem. Jericó ficava exatamente a oeste do Jordão e a 15 milhas ao nordeste de Jerusalém.

10.6 — A expressão se tinham feito abomináveis poderia ser literalmente traduzida como se tinham feito muito desagradáveis. Para se protegerem contra a vingança israelita, os amonitas contrataram 33 mil soldados mercenários de várias cidades arameias ao norte, entre elas Bete-Reobe e Zobá. Maaca era um pequeno reino arameu a leste do Jordão cujo território era designado para a meia tribo de Manassés (Js 12.5; 13.11). Tobe era uma cidade localizada no Et-Taibé, a 45 milhas a nordeste da moderna Amã, na Jordânia.

10.7 — Embora o termo exército dos valentes seja usado em todas as passagens para se referir a um seleto grupo de guerreiros de Davi (2 Sm 16.6;20.7), o contexto neste versículo sugere que o exército inteiro de Israel fora designado para a guerra.

10.8 — A porta era uma parte importante da fortificação de uma cidade. As portas de cidades fortificadas normalmente tinham torres que davam aos defensores uma vantagem sobre os inimigos que procuravam invadir. Algumas cidades possuíam múltiplos portões. Se os invasores entrassem por uma porta, encontrariam outra na frente deles. Os amonitas lutavam perto da porta, de modo que poderiam recuar para a cidade cercada por muros, se a batalha se voltasse contra eles. Os soldados mercenários ficavam numa posição mais exposta, no campo.

10.9 — Por diante e por detrás. Joabe havia se permitido cair numa cilada entre duas forças inimigas — os siros e os amonitas. Se ele atacasse qualquer dos opositores separadamente, suas forças de retaguarda ficariam expostas para o outro. Joabe decidiu arriscar e atacar ambos ao mesmo tempo.

10.10,11 — Abisai, o irmão de Joabe, foi colocado no comando do restante da milícia para atacar os filhos de Amom. Ele era um dos homens poderosos de Davi (2 Sm 23.18), um bravo guerreiro (1 Sm 26.6-9) e um bem-sucedido comandante (1 Cr 18.12,13), mas era impetuoso e talvez até mesmo sedento de sangue (2 Sm 16.9; 19.21). Tinha participado do assassinato de Abner (2 Sm 3.30).

10.12,13 — A exortação de Joabe, esforça-te, pois, e esforcemo-nos pelo nosso povo, alude à cobrança de Deus a Josué no começo da conquista (Js 1.6,7). E faça o SENHOR, então, o que bem parecer aos seus olhos. Tendo feito o seu melhor para se preparar para a batalha, Joabe depositou sua confiança na soberania de Deus.

10.14,15 — Quando a batalha se voltou contra os siros, os filhos de Amom fugiram para se proteger atrás das muralhas de sua cidade. A cidade se refere a Rabá (2 Sm 11.1), a capital dos amonitas.

10.16,17 — Hadadezer governava o reino arameu de Zobá, que se estendia ao norte de Damasco (2 Sm 8.3). O rio se refere ao Eufrates, designado por Deus como a fronteira ao norte da Terra Prometida (Gn 15.18). As 1780 milhas longas do rio Eufrates começam nas montanhas da Arménia, na Turquia moderna, e finalmente se juntam ao rio Tigre para desembocar no Golfo Pérsico. Com alguma incerteza, Helã foi identificada com Alma, situada 35 milhas a leste do mar da Galiléia. O nome Sobaque também é escrito como Sofaque, em 1 Crônicas 19.16.

10.18 — Setecentos carros. De acordo com 1 Crônicas 19.18, sete mil carros de guerra foram abatidos. Um destes textos pode ser o resultado do erro de um copiador. Provavelmente 700 seria o número correto.

10.19 — Todos os reis que tinham sido líderes subordinados a Hadadezer transferiram sua aliança para Davi. O verbo serviram indica que eles se submeteram à autoridade de Israel e trouxeram um tributo para si (2 Sm 8.2).