Significado de 1 Samuel 12

1 Samuel 12


1 Samuel 11 é um capítulo do Antigo Testamento da Bíblia que narra um evento importante no início do reinado de Saul como rei de Israel. Aqui está um resumo do conteúdo de 1 Samuel 11:

1. A ameaça de Naás: O capítulo começa com Naás, o amonita, um rei vizinho hostil, atacando a cidade israelita de Jabes-Gileade. Nahash pretende impor um tratado humilhante e cruel ao povo de Jabes-Gileade, arrancando o olho direito de cada homem da cidade. Este ato simbolizaria a sua submissão e prejudicaria a sua força militar.

2. O pedido de ajuda de Jabes-Gileade: O povo de Jabes-Gileade, enfrentando esta terrível ameaça, envia mensageiros por todo Israel para buscar ajuda de seus companheiros israelitas. Os mensageiros relatam as intenções cruéis de Nahash às outras tribos.

3. A Reação de Saul: Quando Saul ouve sobre a situação de Jabes-Gileade, o Espírito de Deus vem sobre ele e ele fica cheio de raiva e zelo. Ele pega uma parelha de bois, corta-os em pedaços e os envia por todo Israel como um chamado à ação, declarando que qualquer um que não vier em auxílio de Jabes-Gileade fará o mesmo com seus bois.

4. Reunindo o Exército: Saul reúne um grande exército israelita em Bezeque e lança um ataque surpresa contra Naás e os amonitas durante a noite. Os israelitas derrotaram os amonitas numa batalha decisiva, e a ameaça deles a Jabes-Gileade foi eliminada.

5. Saul é confirmado como rei: Após esta batalha vitoriosa, o povo de Israel reconhece a liderança e a realeza de Saul como resultado da sua acção militar decisiva e bem sucedida. Samuel, o profeta e juiz, reúne o povo em Gilgal, onde reafirmam a realeza de Saul e oferecem sacrifícios ao Senhor em gratidão.

6. Instruções de Samuel: Samuel aproveita a oportunidade para lembrar ao povo a importância de servir ao Senhor de todo o coração e enfatiza que eles não devem se afastar dos caminhos de Deus. Ele também reitera os direitos e deveres do rei e os escreve em um livro para o povo seguir.

1 Samuel 11 demonstra a habilidade de Saul como líder militar e solidifica sua posição como rei aos olhos do povo. Também destaca o papel da inspiração divina e do Espírito de Deus na capacitação de líderes para tarefas específicas. A vitória sobre Naás e os amonitas fortalece a unidade das tribos de Israel sob a liderança de Saul.

Significado

12-1-25 O capítulo 12 registra a despedida de Samuel de Gilgal, quando ele entregou a liderança política das doze tribos a Saul. Este é um momento amargo de Samuel. O leitor é informado sobre os conflitos internos e relutância desse homem de Deus; algo comum a vários protagonistas da Bíblia. Muitos deles lutaram com a esperança e a dúvida, com o triunfo e a frustração, com a aceitação e o desafio ante a vontade divina.

12.1, 2 Vai diante de vós. Saul estava liderando Israel e atendendo às necessidades da nação. Samuel fez alusão às duas razões citadas pelos anciões de Israel na sua demanda por um rei: (1) a idade avançada de Samuel e (2) o comportamento dos filhos dele, os quais demonstraram improbidade para os importantes ofícios públicos de sacerdote e juiz (1 Sm 8.5).

12.3-5 Samuel alicerçou seu ofício em Israel e sua própria integridade.

Perante o Senhor e perante o seu ungido. Samuel perguntou se alguém queria acusá-lo diante de Deus e do ungido do Senhor. Os israelitas inocentaram Samuel de qualquer improbidade ou injustiça na função de suas tarefas. Os registros passados de Samuel foram estabelecidos para inspirar confiança em sua presente exortação.

12.6,7 A declaração todas as justiças se refere aos benefícios que Deus havia concedido ao Seu povo. Esses atos testificavam a retidão de Deus em abençoar o Seu povo realizando as promessas da Sua aliança.

12.8 Havendo entrado Jacó no Egito, vossos pais clamaram ao Senhor, e o Senhor enviou a Moisés e Arão, que tiraram a vossos pais do Egito. Samuel sintetizou a descida da família de Jacó ao Egito (Gn 46), a opressão do Egito (Ex 2— 15) e a conquista de Canaã (Js 1— 12).

12.9 Esqueceram-se do Senhor, seu Deus. Samuel contou sobre a apostasia da nação e a subsequente disciplina divina. Sísera foi um líder cananeu (Jz 4.2-22). Moabe. Os moabitas eram descendentes da relação incestuosa de Ló e sua filha mais velha (Gn 19.30-37). A opressão moabita é registrada em Juízes 3.12-30.

12.10 Clamaram ao Senhor e disseram: Pecamos. Após um período de opressão, os israelitas se arrependeram é clamaram ao Senhor por livramento. Baalins e astarotes eram deidades de fertilidade (1 Sm 7.3,4).

12.11 Jerubaal, também conhecido como Gideão, livrou Israel dos midianitas (Jz 6—8). Jefté venceu os amonitas (Jz 11).

12.12 Naás, rei dos filhos de Amom, vinha contra vós. A ameaça de Naás certamente foi sentida muito antes do ataque ameaçador de Jabes-Gileade (1 Sm 11.1-3) e, de certo, foi um fator a mais para o pedido de Israel por um rei (1 Sm 8.20).

12.13,14 Se temerdes ao Senhor não é meramente uma atitude religiosa, mas uma séria e obediente resposta à revelação do caráter santo de Deus.

12.15,16 As consequências de desobedecer a aliança com Deus estão listadas em Deuteronômio 28.15-68.

12.17,18 A estação para a sega do trigo em Israel era nos meses de maio e junho. E o Senhor deu trovões e chuva naquele dia. A terra de Israel recebia a sua chuva durante a estação do inverno. Se a chuva do inverno caísse durante a sega de trigo seria muito incomum. O milagre tinha como objetivo convencer o povo de seu grande pecado em exigir um rei. O milagre também serviu para aumentar o respeito de Israel por Deus e por Samuel.

12.19,20 Não temais. Com tais palavras, Samuel queria dizer: Não temais a pena de morte por causa da desobediência.

12.21 O termo vaidades se refere aos falsos deuses e ídolos (Is 44-9-20).

12.22 Por causa do seu grande nome. Nos tempos antigos, o nome sustentava o caráter. O nome de Deus fala da reputação e dos atributos dele. Abandonar o povo seria inconsistente com a reputação de fidelidade de Deus (Ex 34.6; Dt 31.6; Js 1.5; Hb 13.5).

12.23, 24 Longe de mim que eu peque contra o Senhor, deixando de orar por vós. Samuel assegurou ao povo que ele não se esqueceria de orar por eles. Para o profeta, a ausência de oração era uma falta, um pecado. Na realidade, a vida de Samuel ilustra a importância que ele dedicava à oração (1 Sm 7.5; 1 Ts 5.17; Tg 5.16). Embora ele estivesse deixando as suas atribuições de juiz em Israel, Samuel prometeu ensinar o povo.

12.25 A advertência perecereis antecipa o julgamento final executado por Deus de aprisionamento e expulsão do território (Dt 28.41,63,64).