Significado de 1 Samuel 26

1 Samuel 26

1 Samuel 26 compartilha um tema semelhante com 1 Samuel 24, narrando outro encontro entre Davi e Saul no deserto. Aqui está um resumo do conteúdo de 1 Samuel 26:

1. Saul persegue Davi novamente: O capítulo começa com Saul continuando sua perseguição incansável a Davi. Saul descobre que Davi está no deserto de Zife e leva três mil homens escolhidos para capturá-lo.

2. Davi e Abisai se aproximam do acampamento de Saul: Davi e um de seus seguidores leais, Abisai, entram furtivamente no acampamento de Saul durante a noite, enquanto Saul e seus homens dormem. Eles descobrem o acampamento de Saul, com Saul dormindo no centro e sua lança cravada no chão perto de sua cabeça.

3. A Proposta de Abisai: Abisai sugere a Davi que esta é a oportunidade perfeita para matar Saul, enfatizando que Deus entregou Saul nas mãos deles. Ele pede permissão para atacar Saulo com um golpe, acreditando que isso será um fim rápido e decisivo para seus problemas.

4. A Resposta de Davi: Davi recusa permitir que Abisai faça mal a Saul. Ele reitera sua crença em não prejudicar o ungido do Senhor e afirma que é prerrogativa de Deus lidar com Saulo como Ele achar melhor.

5. Davi pega a lança de Saul: Em vez de ferir Saul, Davi pega a lança e o jarro de água de Saul como prova de que ele poderia tê-lo matado, mas optou por não fazê-lo. Ele e Abisai então recuam para uma distância segura.

6. O discurso de Davi a Saul: De uma distância segura, Davi chama Abner, o comandante de Saul, e o repreende por não ter protegido o rei. Davi se dirige diretamente a Saul, questionando por que ele o está perseguindo quando ele é inocente e não representa nenhuma ameaça ao reino de Saul.

7. Saul reconhece seu erro: Saul reconhece a voz de Davi e reconhece seu erro. Ele admite que Davi é mais justo do que ele e que foi tolo ao persegui-lo. Saul abençoa Davi e pede que ele volte, mas Davi permanece cauteloso e não confia nas intenções de Saul.

8. A Partida de Davi: Davi e Saul se separam mais uma vez, com Davi escapando para o deserto e Saul retornando ao seu lugar.

1 Samuel 26 reitera o tema da contenção de Davi diante de uma oportunidade de prejudicar Saul, enfatizando seu compromisso de não levantar a mão contra o ungido do Senhor. Também destaca o reconhecimento de Saul da justiça de Davi e seu remorso por persegui-lo. O encontro neste capítulo serve como outro exemplo de Davi poupando a vida de Saul, mesmo quando parece que ele tem a oportunidade perfeita para eliminar seu perseguidor.

Significado

26.1 Os zifeus eram de Zife, 6 Km a sudeste de Hebrom. Eles viajaram por cerca de 37 Km para ter com Saul em Gibeá. O outeiro de Haquila foi identificado com uma cadeia de montanhas, 9 Km a sudeste de Zife (1 Sm 23.19). É possível que Jesimom não seja um nome próprio, mas um termo que significa desperdício ou deserto. O termo é mais possivelmente usado aqui para o terreno árido de Judá, o qual está localizado nas redondezas de Zife e se estende a leste, em direção ao mar Morto.

26.2-4 Aparentemente, sem se lembrar dos eventos descritos em 1 Samuel 24.16-22, Saul guiou os seus soldados para o deserto em perseguição a Davi. E Davi se levantou e veio ao lugar onde Saul se tinha acampado. As semelhanças entre os eventos do capítulo 24 e os eventos descritos aqui são surpreendentes. No deserto de Zife se refere à região desértica nas redondezas de Zife e na direção leste.

26.5 Abner, o filho de Ner, servia a Saul como um comandante bem-sucedido do exército.

26.6 Aimeleque, o heteu, era um estrangeiro que se juntara à tropa de Davi, provavelmente como um soldado mercenário. Os heteus eram um povo militar poderoso que governava a Âsia Central Menor durante o segundo milénio a.C. A bisai, sobrinho de Davi (1 Cr 2.15,16), ofereceuse para ir ao acampamento de Saul junto com ele. Abisai se tornou um líder entre os homens de Davi (2 Sm 23.18).

26.7 A lança de Saul era um símbolo de sua autoridade (1 Sm 18.10; 19.9).

26.8 Abisai parecia ter uma natureza sangrenta (2 Sm 16.9; 19.21). Ele prometeu que não feriria Saul uma segunda vez, querendo dizer que o seu primeiro ataque seria fatal.

26.9,10 Davi, mais uma vez, recusou-se a estender a sua mão contra o ungido do Senhor (cap. 24). Ele não iria assassinar o rei de Israel apontado por Deus (1 Sm 10.1). O Senhor o ferirá. Davi sabia que Deus removeria Saul do cargo de acordo com o Seu tempo perfeito.

26.11,12 Davi pegou a lança e a bilha da água. Esses objetos provariam que Davi tinha estado perto de Saul o suficiente para matá-lo, mas se recusou fazê-lo. A visita de Davi ao acampamento não foi detectada, pois havia caído sobre eles um profundo sono do Senhor.

26.13,14 E Davi bradou ao povo e a Abner. Davi não gritou diretamente para Saul; em vez disso, provocou Abner, o comandante de Saul.

26.15,16 A lança do rei e a bilha da água serviram como evidências da negligência de Abner e a prova da boa vontade de Davi.

26.17,18 Não é esta a tua voz, meu filho Davi? Saul reconheceu a voz familiar de Davi porque estava próximo à caverna em En-Gedi (1 Sm 24.16).

26.19 Se o Senhor te incita contra mim. Davi considerou a possibilidade de Deus estar usando Saul como um agente de Sua disciplina. Se esse fosse o caso, Davi estaria disposto a oferecer um sacrifício expiatório, uma oferta de manjares. Por outro lado, ele clamou pelo juízo de Deus sobre cada homem perverso que tivesse colocado Saul contra Davi. Vai, serve a outros deuses. Essa expressão reflete a visão de Davi na qual o seu exílio era quase equivalente a ser forçado a abandonar a adoração a Deus, uma vez que não havia santuários dedicados a Deus fora do território israelita.

26.20-22 Davi comparou-se a uma pulga (1 Sm 24.14). A perdiz era um animal conhecido por fugir para ter segurança ao invés de lutar. Quando fatigado, poderia ser capturado com varas ou redes. Saul, mais uma vez, confessou o seu pecado (1 Sm 24.17). Ele pediu a Davi que voltasse para casa, prometendo não investir contra a sua vida novamente.

26.23 Justiça e lealdade são características do próprio Deus, das quais os fiéis podem partilhar.

26.24, 25 Davi solicitou que sua vida fosse valorizada tanto quanto ele valorizava a vida de Saul. Quando os dois partiram, Saul reconheceu que Davi iria prevalecer no final (1 Sm 24.20). Esse foi o último encontro entre Davi e Saul.

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