Significado de 1 Samuel 10

1 Samuel 10

1 Samuel 10 continua a história da unção de Saul como rei de Israel e suas experiências iniciais como governante escolhido. Aqui está um resumo do conteúdo de 1 Samuel 10:

1. A Profecia de Samuel Cumprida: O capítulo começa com Samuel pegando um frasco de óleo e ungindo Saul em particular, cumprindo a profecia anterior de que Saul seria ungido como rei de Israel.

2. Sinais da Aprovação de Deus: Depois de ungir Saul, Samuel fornece-lhe uma série de sinais que confirmarão a escolha dele por Deus como rei. Esses sinais incluem encontrar dois homens perto do túmulo de Raquel, receber pão deles e encontrar um grupo de profetas em frenesi profético.

3. Transformação de Saul: À medida que Saul encontra o grupo de profetas, o Espírito do Senhor vem sobre ele e ele profetiza junto com eles. Esta transformação surpreende quem o conhece, pois Saulo não era conhecido anteriormente por ser um profeta ou uma pessoa particularmente espiritual.

4. Chegada de Saul em Gibeá: Saul é instruído a ir ao monte de Deus em Gibeá, onde uma guarnição de soldados filisteus está estacionada. Neste local, um grupo de profetas o encontra e ele profetiza entre eles. A mudança de comportamento de Saul, de ser um homem humilde, de origem modesta, para profetizar, é vista como um sinal de sua realeza.

5. Assembleia de Samuel: Samuel reúne o povo de Israel em Mizpá para anunciar seu novo rei. Ele realiza uma loteria para selecionar o rei, e a sorte recai sobre Saul. Porém, ao procurarem por Saul, o encontram escondido entre a bagagem, demonstrando sua humildade e relutância em aceitar a realeza.

6. Aclamação Pública de Saul: Samuel apresenta Saul ao povo, e eles gritam: “Viva o rei!” Samuel então explica os direitos e deveres do rei ao povo e os escreve em um livro.

7. Retorno à casa de Saulo: Após sua aclamação pública, Saulo retorna para sua casa em Gibeá, e um grupo de homens valentes o acompanha. Contudo, alguns homens permanecem céticos quanto à capacidade de Saul de salvá-los de seus inimigos.

1 Samuel 10 marca a unção oficial e o reconhecimento público de Saul como o primeiro rei de Israel. Também destaca a transformação de Saul por meio do Espírito do Senhor e prepara o cenário para sua liderança inicial e seus desafios como rei. A relutância e a humildade iniciais de Saul contrastam com as expectativas e esperanças do povo em relação ao seu novo rei.

Significado

10.1 Uma nova e melhor quebra de capítulo poderia ocorrer a partir de 1 Samuel 9.27. O uso de azeite no processo da unção tem raízes antigas. Finalmente, todas as unções genuínas para cargos especiais e oficiais apontam para o verdadeiramente Ungido, o Messias, Jesus. E o beijou. Os povos do antigo e atual Oriente Médio, frequentemente, cumprimentam uns aos outros com um beijo na face. Aqui o beijo pode ter sido um sinal de genuína afeição. Te não tem ungido o Senhor? Havia dois tipos de unção no período bíblico. Uma cerimônia de unção envolvia derramar óleo sobre a cabeça ou o corpo da pessoa a ser honrada (SI 133.2). Uma unção oficial usava o mesmo processo, mas significava uma consagração ou separação para os serviços religiosos (Êx 29.7; 30.25; Lv 8.12). A unção de um líder era, na verdade, um ato religioso. Por isso, Davi tinha tamanha consideração e respeito por Saul, recusando-se a levantar a mão contra o ungido do Senhor (1 Sm 24-6). Sua herdade. A terra de Israel era o presente de Deus para o Seu povo, mas ela retornaria para o controle direto de Deus se as pessoas provassem não serem dignas de administrá-la corretamente (Dt 27-30).

10.2 Sepulcro de Raquel. Raquel morreu dando à luz Benjamim em uma viagem de Betei a Belém, e foi enterrada ao longo do caminho (Gn 35.16-20).

Termo de Benjamim. Raquel foi enterrada perto de Belém, que fica em Judá (Gn 35.16-20). Talvez, o local de seu sepultamento tenha sido muito próximo da fronteira entre Benjamim e Judá. Zelza é mencionada apenas aqui e deve referir-se a uma cidade, então próxima ao sepulcro de Raquel.

10.3 E chegares ao carvalho de Tabor. A designação carvalho, às vezes traduzida por outros nomes, refere-se a uma árvore forte, nativa do território de Israel. Tabor é uma aparente referência ao monte de Tabor, no vale de Jezreel, onde essas árvores tinham muita importância.

10.4 E te darão dois pães. O fato de os estranhos oferecerem a Saul dois pães foi um sinal memorável. O pão era reservado para a adoração ao Senhor. A oferta de pães a Saul substituiu um ato sagrado.

10.5 Então, virás ao outeiro de Deus. A palavra hebraica traduzida por outeiro (hb. gib'â) provavelmente se refere a Gibeá, cidade natal de Saul (1 Sm 11.4). Gibeá de Deus era talvez o nome completo da cidade, devido a sua proximidade a um local significativamente alto (v. 13). Guarnição dos filisteus. Os filisteus que, naquela época, dominavam a terra estabeleceram um posto militar avançado na cidade natal de Saul.

Um rancho de profetas pode se referir aos membros da escola de profetas, provavelmente instituída por Samuel com o propósito de preparar jovens homens para o ministério profético.

10.6-8 O Espírito do Senhor se refere ao mesmo Espírito Santo que veio sobre Otoniel, Gideão, Jefté e Sansão (Jz 3.10; 6.34; 11.29; 13.25; 14.6,19; 15.14). A expressão te mudarás em outro homem pode significar uma regeneração espiritual ou um memorável avanço no crescimento espiritual.

10.9 Deus lhe mudou o coração em outro. Em hebraico, literalmente: Deus trocou o coração por um outro coração. Existe um debate quanto ao fato de essa expressão se referir: (1) ao trabalho do Espírito de Deus, que preparou Saul para o reinado, ou (2) ao ato da regeneração espiritual de Saul. Pode parecer que as atitudes e o comportamento subsequentes de Saul não refletem uma genuína vida espiritual. Ainda assim, Saul parece ter lutado contra o pecado e ter desejado adorar a Deus (1 Sm 14.34, 35; 15.24-34).

10.10 O Espírito de Deus se apoderou dele. Deus trabalhou por meio de Seu Espírito na vida de Saul de modo que ele se tornou capaz de exercitar um dom profético. Essa não foi uma vocação para Saul, e sim uma oportunidade.

10.11 Como resultado do trabalho poderoso do Espírito Santo em Saul, o povo perguntou: Está também Saul entre os profetas? Alguns interpretam tal indagação como uma demonstração de ignorância quanto à diferença entre o ministério dos profetas e o dom de profecia. A pergunta simplesmente expressa surpresa ante a repentina mudança de caráter de Saul.

10.12-16 Pois quem é o pai deles? A pergunta alude ao fato de que os pais dos profetas talvez não fossem pessoas importantes ou renomadas em Israel. [Diferente dos sacerdotes] Os profetas não obtinham seus dons por questões de hereditariedade, mas pela vontade e pelo chamado de Deus.

10.17, 18 Mispa foi o lugar onde os israelitas se ajuntaram por um período de avivamento espiritual antes da vitória sobre os filisteus (1 Sm 7.5).

10.19 Tendes rejeitado hoje a vosso Deus. Samuel reiterou a sua admoestação anterior (1 Sm 8-10-18), alertando o povo sobre a sua atitude — que era, na realidade, uma rejeição ao reinado de Deus. Clãs eram unidades familiares menores que as tribos.

10.20, 21 A escolha de Saul como o primeiro monarca foi feita por sorteio, o que se constituía um modo de determinar a vontade de Deus a perguntas cujas respostas seriam sim ou não. Os sorteios eram feitos como em jogos de dados. O princípio que norteava o uso de sorteios era a ativa confiança do controle divino.

10.22, 23 Se escondeu entre a bagagem. Tal resposta pode refletir a modéstia de Saul, ou, talvez, a sua hesitação e dúvida em assumir a posição de líder nacional.

10.24 A expressão a quem o Senhor tem elegido reflete a soberania de Deus no aspecto da Sua vontade permissiva. Embora os israelitas tenham decidido ter um rei, foi o Senhor quem selecionou Saul.

10.25 O direito do reino. Samuel ensinou ao povo o que esperar de um rei, possivelmente revisando sua instrução dada em 1 Samuel 8.11-18 e a Lei de Deus sobre o reinado em Deuteronômio 17.14-20.

10.26 E foi também Saul para sua casa, a Gibeá. Localizada a apenas cerca de 4,5 km ao norte de Jerusalém, Gibeá serviu como a primeira capital da monarquia de Israel.

10.27 Os filhos de Belial questionaram a liderança militar de Saul e recusaram-se a reconhecê-lo e a honrá-lo com os presentes normalmente oferecidos a um rei. Mas Saul se fez como surdo para não agravar a situação.

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