Significado de 1 Samuel 11

1 Samuel 11


1 Samuel 10 continua a história da unção de Saul como rei de Israel e suas experiências iniciais como governante escolhido. Aqui está um resumo do conteúdo de 1 Samuel 10:

1. A Profecia de Samuel Cumprida: O capítulo começa com Samuel pegando um frasco de óleo e ungindo Saul em particular, cumprindo a profecia anterior de que Saul seria ungido como rei de Israel.

2. Sinais da Aprovação de Deus: Depois de ungir Saul, Samuel fornece-lhe uma série de sinais que confirmarão a escolha dele por Deus como rei. Esses sinais incluem encontrar dois homens perto do túmulo de Raquel, receber pão deles e encontrar um grupo de profetas em frenesi profético.

3. Transformação de Saul: À medida que Saul encontra o grupo de profetas, o Espírito do Senhor vem sobre ele e ele profetiza junto com eles. Esta transformação surpreende quem o conhece, pois Saulo não era conhecido anteriormente por ser um profeta ou uma pessoa particularmente espiritual.

4. Chegada de Saul em Gibeá: Saul é instruído a ir ao monte de Deus em Gibeá, onde uma guarnição de soldados filisteus está estacionada. Neste local, um grupo de profetas o encontra e ele profetiza entre eles. A mudança de comportamento de Saul, de ser um homem humilde, de origem modesta, para profetizar, é vista como um sinal de sua realeza.

5. Assembleia de Samuel: Samuel reúne o povo de Israel em Mizpá para anunciar seu novo rei. Ele realiza uma loteria para selecionar o rei, e a sorte recai sobre Saul. Porém, ao procurarem por Saul, o encontram escondido entre a bagagem, demonstrando sua humildade e relutância em aceitar a realeza.

6. Aclamação Pública de Saul: Samuel apresenta Saul ao povo, e eles gritam: “Viva o rei!” Samuel então explica os direitos e deveres do rei ao povo e os escreve em um livro.

7. Retorno à casa de Saulo: Após sua aclamação pública, Saulo retorna para sua casa em Gibeá, e um grupo de homens valentes o acompanha. Contudo, alguns homens permanecem céticos quanto à capacidade de Saul de salvá-los de seus inimigos.

1 Samuel 10 marca a unção oficial e o reconhecimento público de Saul como o primeiro rei de Israel. Também destaca a transformação de Saul por meio do Espírito do Senhor e prepara o cenário para sua liderança inicial e seus desafios como rei. A relutância e a humildade iniciais de Saul contrastam com as expectativas e esperanças do povo em relação ao seu novo rei.

Significado

11.1-15 Esse trecho explica que a oposição inicial contra Saul (1 Sm 10.27) foi superada à medida em que ele se revelava um competente líder militar.

11.1 Naás, cujo nome significa serpente, era o comandante dos amonitas, descendentes de Ló, que ocupavam as redondezas do deserto a leste do território de Gade e Manassés (Gn 19.38). Jabes-Gileade é a cidade israelita de Jabes, localizada na região de Gileade, ao leste do Jordão. Gileade parece ser um termo usado de forma um tanto vaga nas Escrituras, sendo aplicado para se referir às regiões entre o mar da Galileia e o mar Morto, sempre ao leste do rio Jordão.

11.2 Que a todos vos arranque o olho direito. A condição de rendição exigida por Naás foi não somente cruel e humilhante, mas aniquiladora, pois tornaria os guerreiros israelitas incapazes de lutar.

11.3,4 Os anciãos de Jabes lhe disseram: Deixa-nos por sete dias. Os anciões de Jabes-Gileade pediram sete dias, nos quais procurariam ajuda antes de sair em batalha. Naás concordou com o propósito, uma vez que, aparentemente, não estava preparado para tomar a cidade à força e queria evitar um longo e sacrificado cerco.

11.5 Saul vinha dos campos, atrás dos bois. Embora Saul tivesse sido apontado como rei, ele não assumiu a autoridade do comando de uma vez. Saul continuou cuidando do campo até que pudesse atender às expectativas de Israel como um rei, livrando os israelitas de seus inimigos (1 Sm 8.20).

11.6 O Espírito de Deus se apoderou de Saul. O Espírito Santo deu poder a Saul para livrar os cidadãos de Jabes.

11.7 E tomou um par de bois, e cortou-os em pedaços, e os enviou. Um par de bois era normalmente atado junto para o trabalho. O chamado de Saul para a guerra foi acompanhado de uma ameaça. A distribuição dos pedaços dos bois por todo o Israel é um remanescente da cruel história registrada em Juízes 19.27—20.1. O temor do Senhor começa com um maravilhoso entendimento de quem Deus é (Pv 2.5) e termina com uma resposta adequada tanto para o bem como para o mal (Pv 16.6).

11.8 Bezeque ficava a cerca de 19 Km ao norte de Siquém, a oeste de Jabes-Gileade, do outro lado do rio Jordão. A distinção feita entre Israel e Judá no número de homens (1 Sm 15.4; 17.52) pode indicar que este livro tenha sido escrito ou editado após a divisão da monarquia ocorrida em 930 a. C.

11.9 Em aquecendo o sol. O sol se torna quente antes do meio-dia.

11.10 Amanhã, sairemos a vós; então, nos fareis conforme tudo o que parece bem aos vossos olhos. A mensagem a Naás pode ter tido como objetivo dar aos amonitas um falso senso de segurança.

11.11 Saul dividiu as sua forças de ataque em três companhias, de modo que fosse possível atacar ao mesmo tempo e de diferentes direções (Js 7.16). Pela vigília da manhã. Os israelitas dividiram a noite em três vigílias: das nove às doze, das doze às três e das três às seis da manhã (Ex 14- 24-27; Jz 7.19; Lm 2.9). O ataque de Saul provavelmente aconteceu de madrugada, antes de os amonitas se armarem para a batalha.

11.12 Quem é aquele que dizia que Saul não reinaria sobre nós? A vitória de Saul sobre os amonitas trouxe a ele o apoio do povo e a aliança com Israel. Alguns foram mais enfáticos e sugeriram morte àqueles que haviam questionado a liderança de Saul (1 Sm 10.27).

11.13 Tem feito o Senhor um livramento em Israel. Saul reconheceu que a vitória sobre os amonitas poderia ser atribuída somente a Deus e recusou a sugestão de seus apoiadores extremistas.

11.14, 15 O capítulo 12 registra o adeus de Samuel a Gilgal, uma vez tendo renunciado a liderança das doze tribos em favor de Saul. Eis um momento amargo e doce para Samuel, que revela ao leitor o coração altruísta desse homem de Deus. É notório que as características de liderança, descritas na Bíblia, atuam com esperança e dúvida, triunfo e frustrações, aceitação e desafios da vontade divina.