Significado de 1 Samuel 21

1 Samuel 21

1 Samuel 21 descreve as interações de Davi com o sacerdote Aimeleque e sua visita à cidade de Nobe. Aqui está um resumo do conteúdo de 1 Samuel 21:

1. A fuga de Davi de Saul: O capítulo começa com Davi fugindo do rei Saul, que tenta matá-lo. David chega à cidade de Nob, onde procura provisões e orientação divina.

2. O engano de Davi: Quando Davi chega a Nobe, ele vai ao tabernáculo e encontra o sacerdote Aimeleque. Davi pede comida para si e para seus homens, mas mente para Aimeleque, alegando que está em uma missão secreta para Saul, o que não é o caso.

3. O Pão da Presença: Aimeleque fornece a Davi pão consagrado, conhecido como “pão da Presença”, que normalmente é reservado aos sacerdotes. Ele dá o pão a David e aos seus homens, acreditando na história de David sobre a natureza urgente da sua missão.

4. Doegue, o edomita: Enquanto Davi ainda está na presença de Aimeleque, um homem chamado Doegue, o edomita, que é o principal pastor de Saul, está presente. Doeg observa a interação de Davi com Aimeleque.

5. O pedido de uma arma de Davi: Davi também pede uma arma a Aimeleque, e Aimeleque lhe oferece a espada de Golias, o gigante filisteu que Davi derrotou na batalha.

6. A Partida de Davi: Davi deixa Nobe, levando consigo a espada de Golias. Ele continua a fugir de Saulo, pois sabe que sua presença em Nobe provavelmente colocou os sacerdotes e a cidade em perigo.

1 Samuel 21 ilustra a situação desesperadora de Davi enquanto ele busca refúgio do rei Saul, que está determinado a matá-lo. Também retrata a desenvoltura de David e sua capacidade de pensar rapidamente em tempos de crise. Além disso, o capítulo apresenta Doeg, o edomita, que desempenhará um papel significativo em eventos posteriores.

Significado

21.1-31.13 Esse grande trecho de 1 Samuel registra as aventuras de Davi como um fugitivo. Durante a maior parte desse período, Davi esteve fugindo de Saul e seu exército, e durante os anos ele sofreu grandemente. No decorrer daquele difícil tempo, Davi aprendeu lições de oração, louvor e confiança no Senhor. Os anos de fuga de Davi correspondem aos anos de fuga de Moisés. Em ambos os casos, o Senhor usou a perversidade humana, as condições limitadas e o ambiente hostil para moldar os Seus servos com vistas a um trabalho ainda maior para a Sua glória.

21.1 Veio Davi a Nobe. Nobe era uma comunidade sacerdotal; o tabernáculo havia sido deslocado para lá após a destruição de Siló. Aimeleque, o bisneto de Eli (1 Sm 1.9), estava trabalhando como sumo sacerdote. O nome Aimeleque significa meu irmão é rei. Tremendo. O seu medo pode ter sido uma reação aos rumores de rompimento entre Davi e Saul. Uma vez soldado respeitado e membro da corte real, seria incomum Davi viajar sozinho.

21.2 O rei me encomendou um negócio. Davi enganou Aimeleque fazendo-o acreditar que ele estava em uma missão secreta para o rei. Essa mentira provocou uma tragédia aos sacerdotes de Nobe (1 Sm 22.6-19). Quanto aos jovens, apontei-lhes tal e tal lugar. Provavelmente Davi tenha ordenado aos seus jovens (soldados) que se encontrassem com ele em outro lugar (Mt 12.3, 4).

21.3-5 Não tenho pão comum à mão. Em resposta ao pedido de Davi por provisões, Aimeleque explicou que o único pão disponível era o pão sagrado, às vezes chamado pães da Presença (nvi) , que era dedicado ao Senhor no tabernáculo (Êx 25.23-30; Lv 24.5-9). De acordo com a Lei de Deus, esses pães só poderiam ser ingeridos pelos sacerdotes. Davi explicou a Aimeleque que os seus soldados haviam evitado atitudes impuras, não tendo contato com mulheres por três dias (Ex 19.15; Lv 15.16-18). E em alguma maneira é pão comum. Davi argumentou que os pães já não eram mais sagrados porque novos pães haviam substituído aqueles dedicados ao

Senhor.

21.6 O sacerdote lhe deu o pão sagrado. O Talmude explica essa aparente brecha da Lei argumentando que a preservação da vida prevalece sobre qualquer outro mandamento (Lv 24.9). jesus se referiu a tal episódio (Mt 12.2-4; Mc 2.25, 26) quando discutiu com os fariseus a respeito do sábado. O espírito da Lei foi mantido pelo ato de compaixão de Aimeleque.

21.7,8 Doegue, edomita, testemunhou o encontro entre Davi e Aimeleque e contou para o rei. Doegue não estava no tabernáculo como um espião, mas como um homem detido perante o Senhor, ou seja, como alguém que estava cumprindo um voto espiritual.

21.9 Tendo fugido de Gibeá sem armas, Davi reclamou a espada de Golias, a quem havia ferido no vale do Carvalho (1 Sm 17.40-51). A espada estava envolta num pano para evitar que a lâmina enferrujasse e havia sido colocada detrás do éfode, aqui uma espécie de estola usada pelo sumo sacerdote.

21.10 Aquis governava a cidade de Gate, uma das cinco principais cidades dos filisteus (1 Sm 6.17). Vários lugares haviam sido propostos para a localização de Gate. O mais amplamente aceito é o situado a cerca de 18 Km a sudoeste de Asdode.

21.11 Não é este Davi, o rei da terra? Tal descrição exagerada é um prenúncio da ascensão do trono por Davi. Suas façanhas certamente o recomendavam para o reinado. A música popular cantada em sua homenagem após a sua vitória sobre Golias havia alcançado os ouvidos dos filisteus (1 Sm 18.7; 29.5).

21.12, 13 Esses versos servem de pano de fundo para o Salmo 34 e talvez para o Salmo 56. No Salmo 34, Aquis é referido como Abimeleque, o que aparentemente era um título da dinastia usado pelos líderes filisteus (Gn 20,2; 26.1). E temeu muito. A vida de Davi corria perigo. Se a inscrição do Salmo 56 se refere a tal incidente, Davi foi preso pelos filisteus. Ele foi a um lugar para fugir de Saul, mas acabou caindo nas mãos dos filisteus. A loucura era associada nos tempos antigos à possessão maligna. Davi mudou a sua atitude e se comportou como se estivesse louco, e esgravatava nas portas do portal e deixava correr saliva pela barba.

21.14, 15 Aquis não tinha interesse em incluir um soldado insano no seu exército. O título do Salmo 34 indica a conclusão para o incidente. O rei o expulsou, e ele se foi.

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