Interpretação de Jó 23

Interpretação de Jó 23

Interpretação de Jó 23 


Jó 23

O patriarca abstém-se de indignamente negar as infundadas acusações de Elifaz, e retoma o tema de seu discurso anterior (cap. 21). Este monólogo é, portanto, só indiretamente uma resposta a Elifaz. Jó medita sobre a ausência desconcertante de justiça discernível na conduta divina para com ele, um homem justo (cap. 23), e para com os ímpios (cap. 24).
23:2-9. Ainda hoje a minha queixa é de um revoltado (v. 2a). ló recusa-se teimosamente a aceitar qualquer exortação à penitência, que implique em aceitar que seus sofrimentos são justamente merecidos (cons. 22: 21 e segs.). Ah! se eu soubesse onde o poderia achar! (v. 3a). Considerando que agora ele crê que o seu divino Vingador vive, seu anseio de comparecer diante de Deus é mais ardente do que antes, e a confiança em sua vindicação mais fume do que nunca (vs. 4-7). Mas ele não consegue encontrar a Deus para discutir com Ele face à face (vs. 8, 9).
23:10-17. Mas ele sabe o meu caminho (v. 17a). Sabe provavelmente expressa aqui não simples amizade mas aprovação (como em Sl. 1:6). Escondi no meu intimo as palavras da sua boca (v. 12b). Jó seguiu o tempo todo o caminho recomendado por Elifaz (cons. 22:22). Contudo Deus inexoravelmente executa contra Jó tudo o que já predestinou, ignorando aparentemente o seu mérito ou demérito (23:13,14). Por isso me perturbo perante ele (v. 15a) . . . porque não estou desfalecido por causa das trevas, nem porque a escuridão cobre o meu rosto (v. 17). Nem negra calamidade (cons. 22:11) nem visão desfigurada poderia desanimar Jó, mas sim a inacessibilidade de Deus (23:16) e seu aparente fracasso em informar seu papel providencial com justiça.

Índice: Jó 1 Jó 2 Jó 3 Jó 4 Jó 5 Jó 6 Jó 7 Jó 8 Jó 9 Jó 10 Jó 11 Jó 12 Jó 13 Jó 14 Jó 15 Jó 16 Jó 17 Jó 18 Jó 19 Jó 20 Jó 21 Jó 22 Jó 23 Jó 24 Jó 25 Jó 26 Jó 27  Jó 28 Jó 29 Jó 30 Jó 31 Jó 32 Jó 33 Jó 34 Jó 35 Jó 36 Jó 37 Jó 38 Jó 39 Jó 40 Jó 41 Jó 42