Interpretação de Jó 22

Interpretação de Jó 22

Interpretação de Jó 22 


Jó 22

a) Terceiro Discurso de Elifaz. 22:1-30.
A conclusão inerente à teoria dos três amigos desde o começo e cada vez mais amplamente exposta, agora está completamente desmascarada. Esta acusação direta de Jó foi sua única alternativa da capitulação depois que Jó considerou a negativa de que a justiça é uniformemente discernível na maneira pela qual Deus trata os homens. O fato lamentável é que os amigos endossaram a opinião que Satanás tinha de Jó, isto é, que ele era um hipócrita. Pensando em defender Deus, eles se transformaram em advogados de Satanás, insistindo que aquele a quem Deus indica como Seu servo pertencia ao diabo.
2-11. Uma vez que o Deus Todo-suficiente não pode ser ajudado ou prejudicado por atos humanos, a resposta para os sofrimentos de Jó não se encontra nEle (vs. 2, 3). Certamente Jó não está sendo punido pela piedade: Ou te repreende pelo teu temor de Deus (v. 4a). Dessas premissas negativas Elifaz extrai sua conclusão positiva em uma triste traição à verdade e à fraternidade. Porventura não é grande a tua malícia? (v. 5a). Por isso estás cercado de laços (v. 10a). Por falta de evidências reais, Elifaz encontra a chave da natureza exata dos crimes de Jó em sua antiga riqueza – sua acumulação devia estar contaminada por abuso desumano dos pobres e dos fracos (vs. 6-9). Contrariando esta drástica super-simplificação do dilema de Jó, o Prólogo revelou para o leitor, é claro, que a resposta se encontra em Deus, o qual, ainda que Todo-suficiente em si mesmo, glorifica-se nas Suas obras e tinha decretado a provação de Jó para o louvor de Sua sabedoria redentora.
12-20. E dizes: Que sabe Deus? (v. 13a). Presumindo que lê os pensamentos secretos de Jó, Elifaz coloca blasfêmias na sua boca, contrárias aos sentimentos que ele realmente expressou (vs. 12.14). O argumento fictício é, então, insatisfatoriamente respondido, apelando ao juízo divino excepcional sobre a geração do Dilúvio (15 e segs.; cons. Gn. 6:1-7; 8:21, 22).
21-30. As últimas palavras de Elifaz, insistindo na volta para Deus com esperança de paz e bênçãos, fazem-nos lembrar que, apesar de tudo, ele era um amigo na família da fé. Não obstante, esta consolação está viciada por seu espírito farisaico e sua implícita repetição de falsas acusações. Em sua maneira distorcida essas promessas eram proféticas quanto ao resultado. Observe especialmente 22:30. E livrará até ao que não é inocente; um, será libertado, graças à pureza de tuas mãos. Cons. intercessão de Jó em favor dos amigos (42:7-9).

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