Interpretação de Jó 18

Interpretação de Jó 18

Interpretação de Jó 18 

Jó 18

Segundo Discurso de Bildade. 18:1-21.
Em sua ânsia por um advogado divino, Jó penetra mais profundamente no mistério da piedade do que seus conselheiros, cujas respostas posteriores degeneram em arengas irrelevantes sobre a desgraça dos ímpios.
1-4. Ressentido com o pouco valor concedido por Jó à perspicácia dos seus acusadores (v. 3; cons. 17:10; 12:7), Bildade refuta na mesma moeda: Tu, que despedaças na tua ira (v. 4a), como um bruto estúpido, bramindo que Deus tem culpa (cons. 16:9). A julgar da maneira como Jó se debate mortalmente contra a ordem da criação estabelecida e contra a providência (particularmente contra a lei da retribuição invocada por seus amigos), pareceria que ele espera que o universo seja replanejado só para ele (v. 4b, c). As formas do plural nos versículos 2 e 3 são possivelmente alusões sarcásticas ao fato de Jó ter-se associado com o grupo dos justos (cons. 17: 8, 9).
5-21. Este quadro de palavras, intitulado pelo artista as moradas do perverso (v. 21a), não é uma semelhança exata do original, mas é suficiente para que Jó o reconheça como seu retrato. Ele contempla o local da sua tenda salpicado de enxofre, símbolo da maldição perpétua de Deus (v. 15b; cons. 1:16; Gn. 19:24; Dt. 29:23). Ele se vê consumido pelo primogênito da morte (v. 13b), isto é, a enfermidade mortal; enviado apressadamente ao rei dos terrores (v. 14b), a própria morte; precipitado no esquecimento (vs. 16-19), um espetáculo de horror diante do qual o povo involuntariamente estremece (v. 20).


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