Significado de 1 Crônicas 23

1 Crônicas 23

23.1, 2 Fez a Salomão [...] rei. Isso sugere uma indicação oficial de Salomão ao reinado (junto com Davi), uma escolha que tinha de ser aceita e, depois, ratificada por toda a nação (1 Cr 29.22). Davi pareceu estar temeroso de que a morte batesse à porta, portanto quis logo fazer a sucessão de Salomão da melhor forma possível. A quantidade de atividade que aconteceu nesta reunião e nas ratificações formais pressupõe o intervalo de um ano ou mais, pressuposição respaldada por outras considerações cronológicas (1 Rs 1.35,39; 1 Cr 23.1; 29.22,23).

23.3 Um levita, normalmente, iniciava sua carreira aos 25 anos (Nm 8.24,25). Entretanto, exceções eram abertas (Nm 4-3) em resposta às necessidades de inúmeras épocas e ministérios. Evidentemente, nos dias de Davi, tinha-se um número suficiente de levitas com trinta anos ou mais, ou seja, não havia a necessidade de se convocar levitas mais jovens para o ofício.

23.4-7 A obra da Casa do SENHOR. Essa obra envolvia tudo menos o trabalho de porteiros ou músicos, os quais tinham suas próprias divisões (v. 5).

Oficiais e juízes. Para dar pronto acesso aos levitas em questões e atividades religiosas, seis mil levitas se distribuíam por toda a terra (1 Cr 26.29-32), presumidamente nas cidades levíticas (1 Cr 6.54-81).

23.8 Jeiel [...] Zetã [...] Joel eram evidentemente descendentes de Ladã (ou Libni — 1 Cr 6.17) que viveram nos dias de Davi. Veja alguns dos links genealógicos entre Ladã e esses três em 1 Crônicas 6.20,21.

23.9 Simei. Esse não foi o irmão de Ladã (1 Cr 23.10; 6.17), mas, provavelmente, um importante descendente. Isso parece certo, posto que todos os levitas dos versos 8 e 9 eram descendentes de Ladã, um total de seis divisões gersonitas.

23.10 Simei. Este era o irmão de Ladã (1 Cr 23.7; 6.17) Seus filhos constituíram a liderança de quatro outras divisões de gersonitas, totalizando dez, ao que parece.

23.11, 12 Uma só família. Como dois dos filhos de Simei tinham famílias pequenas, eles se combinaram para formar uma divisão.

23.13 Darem a bênção. Isso se refere à bênção sacerdotal de Números 6.24-26.

23.14 Filhos de Moisés. Como o sacerdócio se limitava a Arão, o irmão de Moisés, e aos seus servos, Moisés e seus filhos não puderam servir como sacerdotes. Entretanto, puderam assumir outras responsabilidades levíticas (Jz 18.30).

23.15 Gérson foi um dos filhos de Moisés (Ex 2.22), assim como Eliézer.

23.16 Sebuel não pode ter sido neto de Moisés, mas um parente distante, pois é contemporâneo de Davi (1 Cr 24.20; 26.24)

23.17 Foi Reabias o chefe. Ele pode ter sido filho de Eliézer. Chefe, neste contexto, significa o mais importante. Logo, Moisés deu início a duas divisões coatitas do meio dos levitas.

23.18 Isar foi o segundo filho de Coate (v. 12).

23.19 Hebrom foi o terceiro filho de Coate (v. 12).

23.20, 21 Uziel foi o quarto filho de Coate (v. 12). Houve nove divisões de coatitas do meio dos levitas: dois de Anrão, um de Isar, quatro de Hebrom e dois de Uziel.

23.22 Eleazar, filho de Mali, não teve filhos. Logo, suas filhas se casaram com os seus primos, os filhos de Quis. Isso resultou na fusão entre as duas linhagens de Mali. Portanto, só houve uma divisão levítica por meio desta ramificação de meraritas.

23.23 A ramificação de meraritas Musi produziu três divisões levíticas na organização do templo de Davi, totalizando quatro, incluindo a de Mali.

23.24-26 — Estes são os filhos de Levi. As três linhagens levíticas resultavam em um total de 22 divisões: nove gersonitas, nove coatitas e quatro meraritas (1 Cr 24.18; 25.31).

Da idade de vinte anos para cima. No início das listas das divisões, a idade mínima dos levitas era 30 anos (v. 3). O número vinte, neste trecho, não é uma contradição, pois, como deixa claro o verso 27, a idade mínima foi determinada por Davi em suas últimas palavras. Parece que, com o tempo, 38 mil levitas não eram mais um número suficiente, pelo que, em cerca de dois anos, foi necessário diminuir a idade mínima requerida.

23.27 Segundo as últimas palavras de Davi. Essa expressão tornou Davi quase um segundo Moisés, no sentido da autoridade que ele tinha para mudar uma legislação mosaica sem que houvesse objeções.

23.28 O papel dos levitas era de estar ao mandado dos sacerdotes. Eles deviam ajudar em todo o aspecto do ministério. Mais especificamente, eles trabalhavam na purificação de todas as coisas sagradas (Nm 3.31), bem como em outras tarefas de condução dos cultos.

23.29 Para liberar os sacerdotes do trabalho de oferecer sacrifícios, os levitas preparavam os elementos para o rito sacrificial, como a flor de farinha e os coscorões asmos, e faziam também qualquer outro tipo de serviço.

23.30 Louvarem e celebrarem. Esse ministério ficava a cargo dos levitas, que se envolviam com os deveres do coro e da orquestra (1 Cr 25.1-31).

23.31 Oferecimento dos holocaustos. Os levitas que não pertenciam à linhagem sacerdotal não podiam oficiar sacrifícios no santuário central, mas apenas auxiliar os sacerdotes, cortando os animais em partes e tirando a pele, por exemplo.

Sábados. A razão do plural nessa palavra não é só porque se trata de haver muitos sábados em um ano, mas porque outros dias também eram chamados de “sábado” , como, por exemplo, o oitavo dia da Festa dos Tabernáculos, não importava que dia da semana fosse (Lv 23.39). Luas novas. Isso se refere ao primeiro dia de cada mês, também conhecido como a Festa das Trombetas (Nm 28.11-15).

Solenidades. Elas seriam a Páscoa e a Festa dos Asmos do SENHOR (Lv 23.4-8), a Festa das S e manas ou Pentecostes (Lv 23.9-22) e a Festa dos Tabernáculos (Lv 23.33-43).

23.32 Tenda da congregação. Nessa época, o templo ainda não havia sido erguido, logo, as regulamentações de Davi para os levitas diziam respeito ao serviço nos tabernáculos intermediários em Gibeão e no monte de Sião.