Significado de 1 Crônicas 8

1 Crônicas 8

8.1, 2 A razão desta segunda e bem mais detalhada genealogia de Benjamim foi o seu foco no clímax da genealogia do rei Saul (1 Cr 8.29-40).

8.3-5 Adar se escreve Arde, como se vê em Números 26.40 e em Gênesis 46.21. Comparando estas passagens, pode-se inferir que aquilo que aparece, neste contexto, como filhos de Benjamim são, na verdade, netos ou, até mesmo, gerações ainda mais distantes.

8.6-8 Um neto de Jediael (1 Cr 7.10) ou de Asbel (1 Cr 8.1), Eúde aparentemente era a pessoa que ligava Benjamim e Saul. Os filhos de Eúde transportaram os benjamitas de Geba para Manaate. Aquela era uma cidade benjamita que fazia fronteira com Judá, cerca de 9.600km ao nordeste de Jerusalém.

8.9-11 Messa foi um rei moabita conhecido por todos. Tanto as Escrituras (2 Rs 3.4) quanto a Pedra Moabita comprovam tal fato. A referência, neste contexto, a Messa como filho de Saaraim e de Hodes, uma esposa moabita (1 Cr 8.8), sugere que o ilustre rei moabita deve ter tido um pai benjamita, mas não se pode ter certeza disso.

8.12 Ono e Lode localizavam-se, respectivamente, a 19 e ll km, aproximadamente, ao sudeste de Jope. Os filhos de Elpaal, provavelmente, reconstruíram essas antigas cidades.

8.13-27 Aijalom e Gate foram duas localidades na planície ocidental de Israel, a cerca de dezessete milhas de distância.

8.28 Estes [...] habitaram em Jerusalém. Isso significa que a última geração da genealogia que antecede esta passagem habitou em Jerusalém. Esta cidade não foi tomada por Davi até aproximadamente 1004 a.C.; logo, a linhagem de Benjamim foi traçada até, pelo menos, esta época. Além disso, o fato de Davi ter sucedido Saul não significa que todos os benjamitas foram excluídos de Jerusalém ou, ainda, do favor de Davi. Este foi cuidadoso, por exemplo, no auxílio aos sobreviventes de Jônatas (2 Sm 9.1-13) e deu a outros benjamitas postos de responsabilidade em seu novo governo (1 Cr 11.31; 12.1-7,29).

8.29 Uma comparação entre esta genealogia (v. 29-40) e a de 1 Crônicas 9.35-44 mostra que o pai de Gibeão foi Jeiel. Gibeão foi uma importante cidade que existiu bem antes desta época, como aponta a narrativa de tal conquista (Js 9.1-27).

8.30, 31 Quis foi o pai de Saulo (1 Cr 8.33; 9.39). Nesta passagem, o relacionamento entre Jeiel e Quis é incerto, pois Quis também é chamado de filho de Ner (v. 33). Mas, em 1 Crônicas 9.35-39, a linhagem é claramente traçada de Jeiel a Ner, a Quis e, finalmente, a Saul.

8.32 Como Saul não havia ainda nascido até este ponto da genealogia, a Jerusalém mencionada neste trecho é a cidade dos tempos pré-davídicos. Jerusalém permaneceu sob o controle Jebusita até que Davi a conquistasse (2 Sm 5.6-10). Talvez, nesta época, os benjamitas tenham coabitado com os jebusitas.

8.33 Abinadabe, mais tarde, foi morto com seu pai no campo de batalha de Gilboa (1 Cr 10.2; 1 Sm 31.2). Esbaal, evidentemente, foi o filho mais novo de Saul, já que não consta nas genealogias do princípio do reinado de Saul (1 Sm 14-49). Ele sucedeu a Saul como o rei do Reino do Norte após o período de cinco anos em que Abner se encontrava no governo (2 Sm 2.10; 5.4, 5). O nome pagão Esbaal (que significa fogo de Baal) demonstra o grau a que Saul havia sucumbido ao sincretismo religioso. O autor de 2 Samuel tentou subestimar as conotações pagãs de Esbaal, chamando-o de Isbosete, que significa o homem da vergonha (2 Sm 2.8).

8.34-40 A mesma tendência pagã aparece no nome do filho de Jônatas: Meribe-Baal quer dizer algo como Baal é o meu advogado.

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