Significado de 1 Crônicas 13

1 Crônicas 13

13.1, 2 Davi teve conselho. Davi era rei e podia ter agido independentemente, mas ele entendia a importância do conselho divino. Antes de dar o grande passo seguinte, ele buscou o conselho das autoridades que lhe eram subordinadas.

13.3 Esta arca era a da aliança, a qual continha uma cópia dos Dez Mandamentos (Ex 25.10-22). Nos dias de Eli, a arca havia sido recuperada pelos filisteus, em cujas mãos ela permaneceu por meses (1 Sm 4.11; 6.1). Depois, ela ficou por um curto tempo em Bete-Semes (1 Sm 6.13-15) e, por fim, estabeleceu-se em Quiriate-Jearim (1 Sm 6.20—7.1). Nos dias de Saul. Durante o reinado de Saul. O povo de Quiriate-Jearim manteve a arca em sua cidade por motivos de segurança. Além de conter os Dez Mandamentos e servir como um trono para Deus, a arca representava a presença do Deus vivo entre os israelitas. Davi queria unificar os israelitas em volta de seu Senhor. Por essa razão, ele trouxera a arca ao novo centro político da nação, que era, na ocasião, Jerusalém. A cidade já era o centro do governo de Davi (1 Cr 11.4-9); naquele momento, ela se tornaria a morada de Deus. Israelitas, até mesmo de Berseba e Dã, começaram a chegar a Jerusalém para adorar o Senhor verdadeiro.

13.4 Uma vez mais, o cronista destacou a unidade de toda a nação na ocasião, quando disse que todo o povo concordava com a decisão de Davi de trazer a arca a Jerusalém.

13.5 Sior do Egito. Essa era outra maneira de se referir ao Wadi el-Arish, o rio do Egito que marcava a fronteira entre Egito e Canaã. Este era o ponto mais extremo ao sudoeste de Israel (Nm 34-5; Js 13.3).

Chegar a Hamate. Esse era o ponto mais extremo ao norte do reino de Davi, cerca de 160km ao norte do mar da Galiléia Os 13.5; Jz 3.3; 2 Cr 7.8). Quiriate-Jearim, também conhecida como Baalá, era uma vila de, aproximadamente, 13km a oeste de Jerusalém. Ela se tornou o lar da arca da aliança por mais de cem anos (v. 3), no território de Judá, ao sul da fronteira com Benjamim (Js 15.9,10). Enquanto ela lá estava, ficou sob a custódia de certo Abinadabe, que a colocou na caverna de seu filho, Eleazar (1 Sm 7.1). Quiriate-Jearim não era uma cidade sacerdotal ou levítica, logo, provavelmente, este Abinadabe não era um sacerdote.

13.6 A maior característica do Santo dos Santos, tanto no tabernáculo quanto no templo, era guardar a arca. Acima e atrás dela, querubins estendiam as suas asas e cobriam o propiciatório da arca (Êx 25.17-22). Entendia-se que Deus, em Sua glória, assentava-se sobre a arca como um rei, sobre seu trono.

Seu nome. Em Deuteronômio, a presença de Deus era frequentemente tida como a presença de Seu Nome (Dt 12.1-14).

13.7, 8 Somente os levitas transportavam a arca, sobre seus ombros, usando barras que traspassavam suas argolas (Nm 4.1-16).

13.9 A eira de Quidom é também chamada de eira de Nacom (2 Sm 6.6). Eiras eram terrenos onde se espalhavam os grãos para secar e ser separados. Esta era, provavelmente, dentro de (ou próxima a) Quiriate-Jearim, pois é improvável que a carroça tivesse ido longe sem que Deus expusesse a eles seu erro em transportar a arca de maneira contrária aos Seus comandos.

13.10 O Senhor matou Uzá por causa da sagrada inviolabilidade da arca. Ela era um objeto santo, o qual representava a presença do próprio Deus (Êx 25.21,22). Portanto, tinha de ser manuseada de acordo com as mais estritas regulamentações (Nm 4.5). Lidar com a arca de qualquer outra forma, mesmo com a melhor das intenções, era um convite à ira de Deus (Nm 4.15). A narrativa demonstra dramaticamente a santidade divina. Seu povo tinha de aproximar-se dele com muita reverência.

13.11,12 A eira de Quidom foi rebatizada de Perez-Uzá, que significa ataque contra Uzá. Desse ponto em diante, o nome desse lugar lembraria ao povo que violar a santidade de Deus significava dar lugar à Sua cólera.

13.13,14 Um geteu significa alguém de Gate, que era o nome de diversas cidades. Como Obede-Edom era um levita (1 Cr 15.18,24), ele, provavelmente, era da cidade levítica de Gate-Rimom em Dã (Js 21.25).