Significado de 2 Reis 7

2 Reis 7

2 Reis 7 descreve uma história notável de libertação e abundância durante um período de grande fome em Samaria.

O capítulo começa com a cidade de Samaria sob prolongado cerco do exército sírio. A situação torna-se tão terrível que as pessoas recorrem a medidas extremas, incluindo o canibalismo, devido à falta de comida.

Do lado de fora dos portões da cidade, quatro leprosos decidem se arriscar a se aproximar do acampamento sírio. Para sua surpresa, eles encontram o acampamento deserto, pois Deus havia feito os sírios ouvirem o som de um grande exército se aproximando. Os sírios fogem, deixando para trás suas tendas, cavalos e suprimentos. Os leprosos regozijam-se com sua descoberta e participam das abundantes provisões.

Percebendo que precisam informar o povo da cidade, os leprosos voltam e dão a boa notícia aos porteiros, que informam o rei. Cético a princípio, o rei envia batedores para confirmar o relatório dos leprosos. Quando é confirmado, o povo de Samaria corre para o acampamento sírio e reúne os suprimentos abundantes, acabando com a fome.

Como Eliseu havia profetizado, o capítulo termina com um oficial que duvidou da promessa de Deus sendo pisoteado no portão da cidade, enquanto o povo afluía para coletar os suprimentos.

Em resumo, 2 Reis 7 narra a dramática história da libertação da fome em Samaria por meio das ações inesperadas de quatro leprosos. O capítulo ilustra a intervenção milagrosa de Deus, Sua capacidade de reverter situações desesperadoras e as consequências da descrença. Também destaca os temas da provisão de Deus e o cumprimento de Suas palavras proféticas.

Significado

7.1 Negociações públicas eram feitas à porta da cidade (Gn 19.1; Rt 4.1). A notícia de Eliseu era boa: apesar de cara, haveria comida novamente.

7.2 Um capitão. A palavra hebraica para capitão originalmente designava o terceiro homem num carro, que carregava um grande escudo. Naquela época, isso significava um oficial militar de alta patente atuando como auxiliar (2 Rs 9.25; 10.25). A dúvida do capitão trouxe julgamento sobre ele. Apesar de ter havido a provisão de alimento, esse oficial não desfrutou dela.

7.3, 4 Como os leprosos eram isolados da cidade (Lv 13.4-6; Nm 5.2,3) e evitados por todos, eles provavelmente eram ignorados pelos invasores e deixados de lado. Se as pessoas comuns da cidade sofriam em função da fome, quanto mais os leprosos. Eles chegaram à conclusão de que não tinham nada a perder indo para o outro lado.

7.5, 6 O ruído de um grande exército. Sem dúvida, o exército era de Deus (2 Rs 6.16-18). Os reis dos heteus talvez fossem os descendentes dos heteus da Ásia Menor que, então, habitavam vários territórios sírios. Documentos da Assíria geralmente mencionam a Palestina como a terra dos heteus.

7.7, 8 Entusiasmados com a situação, os leprosos tiraram proveito de sua boa sorte.

7.9-11 Boas -novas tinham de ser compartilhadas (Pv 15.27;21.17,18), e temia-se que, falhando nisto, merecia-se algum mal de Deus.

7.12 O que é que os siros nos fizeram. O rei israelita suspeitou que outro truque militar estava sendo armado contra ele. Por isso, não ligou as boas-novas à profecia de Eliseu acerca de tempos favoráveis.

7.13-16 Finalmente, o rei de Israel enviou alguns homens ao arraial dos siros para averiguar o que havia ocorrido. Ao retornarem, eles confirmaram as boas-novas. A profecia de que voltaria a ter alimento suficiente para os israelitas foi cumprida (v. 1).

7.17-20 Daí não comerás. Toda a profecia de Eliseu se cumpriu. A miraculosa fuga repentina dos siros proveu bens em abundância aos israelitas, mas o oficial que duvidou do cumprimento dessa palavra profética não pôde desfrutar as bênçãos.

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