Significado de 2 Reis 21

2 Reis 21

2 Reis 21 enfoca o reinado de Manassés, que se torna rei de Judá após a morte de seu pai Ezequias.

O reinado de Manassés é marcado por extrema idolatria e maldade. Ele desfaz muitas das reformas instituídas por seu pai Ezequias, restabelecendo a adoração de falsos deuses, incluindo Baal e Aserá. Manassés chega a colocar um ídolo dentro do templo do Senhor em Jerusalém, profanando o lugar santo.

Deus envia advertências a Manassés por meio de profetas, mas ele não dá atenção e leva o povo de Judá ainda mais ao pecado. Como resultado de suas ações, o Senhor declara que trará desastre sobre Jerusalém e Judá.

O reinado de Manassés chega ao fim quando ele morre e é sucedido por seu filho Amon.

Em resumo, 2 Reis 21 retrata o reinado desastroso de Manassés, caracterizado por idolatria desenfreada e desobediência aos mandamentos de Deus. O capítulo destaca as consequências da liderança ímpia e o impacto devastador que ela tem sobre o estado espiritual da nação. Serve como um lembrete da importância de seguir os caminhos de Deus e os terríveis resultados de se afastar Dele.

Significado

21.1, 2 O perverso rei Manassés teve o mesmo nome que o filho mais velho de José (Gn 41.51). Seu reinado de cinquenta e cinco anos (697-642 a.C.) foi o mais longo do reino dividido. Externamente, o período foi de estabilidade política, conhecido como a Paz Assíria, uma era em que os reis Esar-Hadom (681-668 a.C.) e Assurbanipal (668-626 a.C.) reinaram e levaram o império assírio ao seu apogeu. Entretanto, a duração do reinado de Manassés não indica um bom reinado, mas a perseveração da misericórdia e da fidelidade de Deus à aliança davídica (2 Cr 33.10-13).

21.3 Tomou a edificar os altos [...] levantou altares a Baal. Tudo o que Ezequias fizera para remover a maldade da religião cananeia de Israel foi revertido por seu filho. Este versículo não sugere simplesmente que Manassés permitiu a reconstrução das imagens obscenas, mas que ele dirigiu ativamente as edificações. O ato de inclinar-se diante de todo o exército dos céus remete à adoração de corpos celestes, que era proibida na Lei de Deus (Dt 4-19; 17.2-7) e foi condenada pelos profetas de Israel (Is 47.13; Am 5.26). Contudo, Manassés não prestou atenção à Lei nem aos profetas (v. 7,8; 2 Cr 33.2-10).

21.4-9 A lista de ultrajes religiosos de Manassés parece deveras perversa. Ele chegou ao ponto de levar objetos de adoração pagã, bem como símbolos obscenos da religião da fertilidade de Canaã, para o templo do Senhor (v. 4,5,7). Tudo o que foi conquistado pelos reis relativamente justos após os atos de Jeú (2 Rs 15.34) e pelo próprio Ezequias (2 Rs 18.4-6) foi desfeito. No entanto, apesar da crueldade de Manassés, Deus ouviu sua oração quando ele se arrependeu e decidiu fazer o bem (2 Cr 33.12-16).

21.10, 11 O autor de Crônicas (2 Cr 33.10, 11) relata que a falha de Manassés em prestar atenção aos profetas de Deus o levou a ser preso pelo rei assírio. O cronista também conta que o arrependimento, a restauração e os subsequentes esforços reformistas de Manassés (2 Cr 33.12,13,15,16) não aconteceram a tempo de evitar a crescente apostasia de Judá. Por isso, com a ascensão do filho de Manassés, Amom (642-640 a.C.), a maldade espiritual de Judá aflorou mais uma vez (v. 20-22).

21.12 Lhe ficarão retinindo ambas as orelhas. O anúncio deste temível julgamento foi designado para levar o rei ao arrependimento. Se o propósito de Deus fosse meramente trazer julgamento, Ele o teria feito sem anúncio algum.

21.13 O cordel de Samaria. A s figuras neste versículo são poderosas. Se os israelitas tivessem qualquer percepção dos horrores que haviam recaído sobre a sua cidade irmã ao norte, eles não iriam querer ser “medidos” pelos mesmos métodos que designaram a destruição de Samaria. Deus logo traria a Jerusalém um julgamento tão terrível que nunca seria esquecido, agindo como quem limpa a escudela.

21.14 A declaração do Senhor — desampararei o resto da minha herança — não significa que Ele aboliria a aliança davídica (Sl 89.30-37). Em vez disso, Sua palavra neste versículo é que Judá, a remanescente política do Reino de Deus (2 Rs 17.18), também receberia castigo por seu pecado.

21.15 Desde o dia. A história do Antigo Testamento não demonstra a ira de Deus, mas o atraso do exercício de Sua ira.

21.16, 17 Em tempos de profunda maldade, os verdadeiros crentes perdem sua vida (Jl 3.19). Os termos sangue inocente podem estar referindo-se, neste caso, ao sacrifício humano (v. 6; 2 Cr 33.6).

21.18 O jardim de Uzá, lugar em que Manassés foi enterrado, aparentemente não estava entre os outros reis de Judá. Sugere-se que esse local fora um santuário de uma divindade astral.

21.19-22 O perverso rei Amom seguiu o caminho de seu pai, Manassés, assim como Acazias de Israel seguiu o de seu pai, Acabe (1 Rs 22.51-53).

21.23-26 Os servos de Amom conspiraram contra ele. Nenhuma razão há para a conspiração que levou ao assassinato de Amom. Apesar de ter havido ligação com a crise internacional que precipitou a atenção renovada de Assurbanipal para o oeste, a maldade de Amom já era suficiente como causa do evento que extinguiu sua vida. Os assassinos foram executados.

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