Significado de 2 Reis 15

2 Reis 15 continua a detalhar os reinados de vários reis em Judá e Israel.

O capítulo começa descrevendo o reinado de Azarias (também conhecido como Uzias) em Judá. Ele se torna rei ainda jovem e reina por cinquenta e dois anos. Azarias faz o que é reto aos olhos do Senhor, mas não remove os altos onde persiste a idolatria. Deus abençoa Azarias com sucesso e fortalece o exército e as defesas de Judá.

A narrativa então muda para o reinado de Zacarias em Israel. Zacarias se torna rei, mas reina por apenas seis meses antes de ser assassinado por Salum, que assume o trono.

O reinado de Shallum também é curto, durando apenas um mês antes de ser assassinado por Menahem, que se torna rei. Menahem continua o padrão de pecado e opressão de Israel.

O capítulo também relata brevemente os reinados de vários outros reis em Israel e Judá, incluindo Pekahiah, Pekah e Jotham. Pekah torna-se rei de Israel e forma uma aliança com Rezin de Aram para atacar Judá, levando a um aumento da turbulência na região.

Em resumo, 2 Reis 15 fornece um registro dos reinados de vários reis tanto em Judá quanto em Israel, destacando os ciclos de desobediência, lutas pelo poder e mudanças nas alianças. O capítulo destaca o impacto da liderança no destino das nações e as consequências do afastamento dos caminhos de Deus.

Significado

15.1, 2 Azarias (ou Uzias, conforme 2 Cr 26.1; Is 1.1) teve a honra de reinar 52 anos. Este período inclui dez anos durante os quais seu pai, Amazias, encontrou-se cativo (792—782 a.C.), 15 anos de corregência com Amazias, quando este foi liberto (782—767 a.C.), e 27 anos de reinado absoluto (767—740 a.C.). Esta última parte do reinado de Azarias foi maculada por sua intrusão 15.12 no ofício sacerdotal (2 Cr 26.16-19), um ato que resultou em lepra (v. 5). Esta condição colocou seu filho Jotão no trono para com ele governar e lidar com relações públicas relativas ao ofício real. A natureza dos deveres de Jotão (v. 5), a atribuição de 52 anos de reinado a Azarias e a época do chamado de Isaías até o ano da morte de Azarias (ou Uzias; Is 6.1) podem indicar que Azarias deteve o poder até o fim. O nome Azarias significa o Senhor ajudou.

15.3, 4 Azarias foi um dos bons reis de Judá e foi avaliado de maneira similar a Jeoás, em 2 Reis 12.2,3, e a Amazias, em 2 Reis 14-3,4-

15.5-7 Ficou leproso. Os eventos que trouxeram esta aflição ao rei são descritos em 2 Crônicas 26.16-21. Neste sentido, Jotão assumiu a posição de administrador sénior. Embora o termo cargo da casa fosse usado para se referir ao ofício de mordomia real, esta função cresceu em prestígio e veio a designar um oficial de alto escalão. Jotão lidou com os afazeres da nação durante o período de isolamento de seu pai.

15.8-12 O breve reinado de Zacarias, o quarto na linhagem de Jeú, é descrito neste trecho. Seu nome, que significa Yahweh se lembra, é o mesmo que o do profeta Zacarias. Como no caso de muitos dos reis de Israel e de Judá, ele foi assassinado (v. 10;12.20;14.19;15.25).

15.12 Até à quarta geração. Jeú recebera a promessa de que seria próspero até a quarta geração, como recompensa por ter obedecido à sua divina comissão (2 Rs 10.30). Infelizmente, ele e sua casa não foram dignos das oportunidades que receberam de Deus, por isso foram repetidamente condenados pelos profetas do Senhor (2 Rs 13.18,19; Os 1.4; Am 7.9).

Após a morte de Zacarias em 752 a.C. e o fim da quarta dinastia, Israel imergiu numa época de degeneração, em conspirações sangrentas e em intriga internacional, tais que em 722 a.C. encontrou seu fim. Então Zacarias, cujo nome significa Yahweh se lembra (2 Rs 14.26,27), foi o último dos reis de Israel.

15.13-16 O curto reinado de Salum, que durou somente um mês, foi o prenúncio de um emergente colapso nacional.

15.15 A expressão o mais dos atos segue o padrão para os obituários dos reis do Reino do Norte. Mesmo tendo Salum reinado apenas um mês, ele recebeu o obituário real completo.

15.16 Por causa de sua beleza (Ct 6.4), Tirza funcionou como um retiro real (1 Rs 14-17). Foi também a capital nacional durante as duas primeiras dinastias israelitas. Menaém feriu todos os habitantes dessa cidade e fendeu pelo meio todas as mulheres grávidas. Nos períodos de guerra, tais atrocidades eram comuns antigamente (2 Rs 8.12; Am 1.13). O pecado de Israel pôs esta nação inúmeras vezes à mercê de tais barbáries (Os 10.13,14:13.16).

15.17, 18 O perverso rei Menaém chegou ao poder assassinando e estabelecendo sua autoridade por meio de atos brutais contra a humanidade (v. 14,16). Ironicamente, seu nome significa consolador.

15.19-22 Puí é um segundo nome babilônico para o rei assírio Tiglate-Pileser III (745—727 a.C.; v. 29; 1 Cr 5.26). Apesar de ele ter assumido o trono como um usurpador, advindo das forças armadas, foi um rei competente. Com Tiglate- Pileser III e seus sucessores no poder, a Assíria se tornou a potência dominante no Oriente Médio por mais de um século (747—612 a.C.). Foi um período de frequente interferência assíria nas relações de Israel e de Judá. A primeira intervenção foi imediata. Em 743 a.C., Tiglate-Pileser III liderou uma invasão ao oeste que subjugou grande parte da Síria e da Palestina. Os anais deste rei relatam que Menaém de Israel pagou tributos a ele, como descrito nesta passagem.

15.23-26 Pecaías significa o Senhor abriu os olhos. Após um reinado perverso de dois anos, um usurpador “fechou os olhos dele”, matou-o.

15.27, 28 Assim como Salum e Menaém, que o precederam, Peca se assentou ao trono mediante usurpação e derramamento de sangue. Pelo reinado de nove anos de Oséias (2 Rs 17.1) ter começado em 732 a.C., os vinte anos de Peca devem ter incluído um período de reinado em seu próprio distrito, durante os dias em que Salum, Menaém e Pecaías não reinaram (752—740 a.C.). Aparentemente, Peca era o maior partidário do sentimento antiassírio. Essa mesma posição política foi o que o levou à queda, durante a segunda campanha de Tiglate-Pileser III ao oeste (734—732 a.C.). Foi a esta campanha na Galileia que Isaías fez alusão (Is 9.1).

15.29, 30 Oséias [...] o matou. A campanha de Tiglate-Pileser III causou uma reação pró- Assíria em Israel, que resultou na morte de Peca e na ascensão de Oséias ao trono. Os anais de Tiglate-Pileser III relatam a pesada tributação de Oséias e a afirmação dos reis assírios de que foi ele mesmo quem se autodeterminou o novo rei israelita.

15.31-33 Jotão significa o Senhor é perfeito. Os dezesseis anos de seu reinado (752—736 a.C.) incluem uma corregência de 12 anos com seu pai, Azarias. Como foi dito anteriormente que Jotão reinou 20 anos (v. 30), pode ser que ele tenha passado o governo para seu filho Acaz, em 736 a.C., embora tenha vivido mais quatro anos.

15.34, 35 O reinado de Jotão foi parcialmente justo. Após a erradicação de Acazias e de Atalia (2 Rs 9.27-29;11.13-16), os reis de Judá que reinaram com relativa justiça foram Joás (Jeoás) (2 Rs 12.2,3), Amazias (2 Rs 14.3,4) e Azarias (Uzias) (2 Rs 15.3, 4). Padrões de justiça foram os reinados de Ezequias (2 Rs 18.3-6) e de Josias (2 Rs 22.2).

15.36 O autor do livro de Crônicas indica que Jotão investiu muito em construções em Jerusalém e em Judá (2 Cr 27.3,4), e engajou-se numa guerra contra os amonitas (2 Cr 27.5). Jotão continuou a praticar as obras que permitiram a Judá alcançar poder e prosperidade, durante os anos em que viveu seu pai, Azarias (Uzias).

15.37, 38 Rezim e Peca, apesar de terem se aliançado, eram arqui-inimigos na época de Acaz (cap. 16; Is 7).

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