Significado de 2 Reis 11

2 Reis 11

2 Reis 11 enfoca os eventos que cercam o reinado da rainha Atalia em Judá e a legítima restauração da linhagem davídica por meio do jovem Joás.

Após a morte de Acazias, Atalia, sua mãe, assume o controle e torna-se rainha. Ela procura eliminar todos os herdeiros em potencial do trono para garantir seu próprio poder. Ao fazer isso, ela mata todos os descendentes reais, exceto Joás, uma criança que está secretamente escondida por sua tia Jeoseba e seu marido Jeoiada, o sacerdote.

Por seis anos, Atalia governou Judá sem contestação. No sétimo ano, Joiada revela Joás como o herdeiro legítimo do povo, e eles se unem para apoiá-lo. Joiada orquestra um plano para derrubar Atalia, ungindo Joás como rei e levando-o ao templo. Atalia é confrontada e morta, e Joás é coroado rei.

Joiada promulga reformas para restaurar a adoração adequada no templo e remover a idolatria de Judá. Sob a orientação de Joiada, Joás reina com sabedoria durante os primeiros anos de seu reinado.

Em resumo, 2 Reis 11 retrata a história da ascensão da rainha Atalia ao poder, sua tirania e sua eventual queda nas mãos de Joiada e do herdeiro legítimo, Joás. O capítulo destaca os esforços para preservar a linhagem davídica e a restauração do culto no templo. Também ressalta a importância da liderança justa e as consequências do governo ímpio.

Significado

11.1 Atalia significa o Senhor é exaltado. Infelizmente, ela não fez jus ao seu nome. Jeú tinha executado o rei Acazias, de Judá, o filho de Atalia, logo depois de executar Jorão, de Israel (2 Rs 9.27-29). O irmão mais velho de Acazias havia sido morto em uma incursão árabe (2 Cr 22.1). Além disso, Jeorão havia matado seus irmãos e também outros parentes da família real ao assumir o trono (2 Cr 21.4), enquanto Jeú exterminara ainda mais membros da família (2 Rs 10.14). Logo, a destruição de Atalia de toda a descendência real deve ter-se concentrado em seus próprios netos. Nenhum dos devidos detalhes relativos à ascensão ao trono de Judá são fornecidos neste versículo. Atalia claramente usurpou o trono, pondo de lado os preceitos da aliança davídica (2 Sm 7.12-16; SI 89.35-37).

11.2, 3 O historiador Flávio Josefo diz que Jeoseba era meia-irmã de Acazias. Como esposa do sumo sacerdote Joiada, seu casamento e sua relação com a família real lhe ofereciam a chance de resgatar e esconder o jovem Joás. Joás (ou Jeoás, 2 Rs 12.1) era o filho de Acazias. Aparentemente, era uma criança nessa época. Atalia não devia saber de sua existência e, por esse motivo, falhou em matá-lo quando pôde. Joás estava prestes a herdar as promessas da aliança davídica. Talvez seu reinado tenha sido justo (2 Rs 12.2), em parte, por seus anos passados na Casa do SENHOR e pela instrução e proteção divinas concedidas por sua tia Jeoseba e seu tio Joiada. Enquanto Joás estava escondido, o inimaginável acontecia: a filha de Jezabel se tornara a rainha de Judá. Uma adoradora de Baal estava no comando da nação da promessa de Deus. Ela ergueu em Jerusalém um templo a Baal (v. 18).

11.4-8 Os termos sétimo ano se referem ao sétimo ano do reinado de Atalia e da vida de Joás (v. 21). O nome do sumo sacerdote Joiada significa o Senhor sabe. Outros detalhes sobre as cuidadosas preparações de Joiada constam em 2 Crônicas 23.1-11. O plano dele dizia respeito à guarda real: a apresentação e o coroamento do legítimo herdeiro real coincidiram com a mudança da guarda no sábado.

11.4 Centuriões. Os homens da guarda real são identificados como quereteus e peleteus em 2 Samuel 20.23 e em 1 Reis 1.38. A revelação do jovem príncipe Joás, indicada pela afirmação e lhes mostrou o filho do rei, foi um momento crítico. Um guarda zeloso poderia facilmente te-lo posto à morte na hora. Deve ter havido grande preparação da parte de Joiada — e muita oração — para esse evento.

11.5-9 O fato de que os homens da guarda real seguiram os comandos de Joiada, o sumo sacerdote, foi impressionante. E provável que isso tenha ocorrido por eles estarem tão desgostosos com a maldade de Atalia.

11.10, 11 Lanças e escudos. Davi havia dedicado essas armas ao templo após suas campanhas contra Hadadezer (2 Sm 8.11). Como elas não eram nem de ouro nem de prata, foram aparentemente ignoradas por Sisaque, quando ele saqueou o templo e o palácio nos dias de Roboão (1 Rs 14.26).

11.12 Deuteronômio prescreve os deveres do rei com relação à preservação da Lei de Deus (Dt 17.18). Pondo uma cópia da Lei na mão de Joás e a coroa em sua cabeça, Joiada o apresentou como o herdeiro legítimo ao trono. O termo testemunho lembra a aliança do Senhor com Israel e enfatiza que à coroação de Joás foi dada tanto a garantia das Escrituras como a sua conexão legal à aliança davídica.

11.13-16 Nesta seção é descrita a execução de Atalia. O templo era o lugar apropriado para coroar o rei ungido por Deus, por isso a cerimônia de Joás se deu na casa do SENHOR. Este também era um bom local para se esconder de uma rainha cujo deus era Baal. Que choque deve ter sido para Atalia ver que o rei estava junto à coluna! Lá estava um garoto que garantia o fim do reinado dela. As palavras de Atalia, traição! Traição!, foram tecnicamente corretas. No entanto, ela que tinha cometido traição assassinando todos os sobreviventes da casa de Davi — exceto o que agora seria o rei.

O sacerdote não permitiria a execução dela no templo, mas sua morte era necessária. Com ela morta, o jovem Joás estaria são e salvo. Por isso, os centuriões a mataram na casa do rei.

11.17 A renovação do concerto com o Senhor era necessária após a usurpação praticada pela perversa Atalia.

11.18 Assim como Jezabel vira seu perverso marido erguer uma casa a Baal em Samaria (1 Rs 16.32), sua filha Atalia testemunhara a construção de um templo a Baal na santa cidade de Jerusalém. O fato de Matã, sacerdote de Baal, estar em Jerusalém é de surpreender. Se Atalia e seus seguidores não tivessem sido detidos, os, pecados de Samaria poderiam ser considerados ínfimos se comparados aos de Jerusalém.

11.19-21 A criança foi entronizada antes de a nação se estabelecer. A declaração e todo o povo da terra se alegrou, e a cidade repousou demonstra que a alegria do povo e a paz da terra foram sinais da bênção de Deus à restaurada dinastia davídica.

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