Significado de 1 Reis 16

1 Reis 16

1 Reis 16 continua a narrar os reinados de vários reis nos reinos do norte e do sul.

O capítulo lista uma série de reis que governam Israel e Judá, detalhando a duração de seus reinados e o estado de seus reinos. O Reino do Norte de Israel experimenta uma série de governantes instáveis marcados pela idolatria e maldade. Baasa, que matou a família de Jeroboão para assumir o trono, é sucedido por seu filho Elah, que é assassinado por Zimri. O reinado de Zimri é de curta duração e Onri surge como o novo rei, estabelecendo a capital em Samaria.

Enquanto isso, no Reino do Sul de Judá, o capítulo registra os reinados de reis como Asa, que governa com retidão, e Nadab, que sucede a dinastia de Jeroboão e continua as práticas perversas de seu pai.

O capítulo também apresenta Acabe, que se torna rei de Israel e é descrito como um dos reis mais perversos da história de Israel. O reinado de Acabe é marcado por seu casamento com Jezebel, uma princesa fenícia que leva ele e o reino a uma severa idolatria e oposição aos mandamentos de Deus.

Em resumo, 1 Reis 16 fornece um relato detalhado dos reinados de vários reis nos Reinos do Norte e do Sul. O capítulo destaca os temas recorrentes de idolatria, infidelidade e instabilidade política no Reino do Norte de Israel. Também apresenta Acabe e seu notório reinado marcado pela maldade e a influência de sua esposa Jezabel.

Significado

16.1-7 Assim como o filho do profeta Hanani que Asa tinha executado (2 Cr 16.7-10), Jeú (não confundir com o rei de Israel que também tinha esse nome — 2 Reis 9.2) veio do Reino do Sul. O seu longo ministério profético durou até os dias de Josafá. Assim como o seu pai, ele confrontou o pecado corajosamente — até mesmo na casa real.

16.2-4 No antigo Oriente Médio, considerável atenção era dispensada a quem morria em decorrência de enfermidade. Normalmente, o corpo era enterrado no dia do falecimento. Quando um corpo era deixado aos cães e às aves, um intolerável sentimento de vergonha se estendia por toda a família e amigos do enfermo. Veja, por exemplo, o humilhante fim que tiveram o rei Acabe (1 Rs 22.38) e a rainha Jezabel (2 Rs 9.33-37).

16.5-9 As duas primeiras dinastias de Israel terminaram tragicamente. Assim como Nadabe, filho de Jeroboão (1 Rs 15.28), Elá, filho de Baasa, foi assassinado. Houve mais três requerentes ao trono, antes que o ano de 885 a.C. terminasse.

16.10-12 O assassinato de Elá e a aniquilação de sua casa por Zinri (v.12), apesar de traiçoeiro, era advindo de sanção profética em função da maldade de Elá e do seu pai, Baasa.

16.13, 14 ídolos. Aqui, o plural do termo vapor é usado. Esse é um termo desdenhoso, que descreve as divindades da falsa teologia pagã.

16.15—22.40 Aqui retrata a era da terceira dinastia no Reino do Norte, a casa de Onri. Esta seção lida especialmente com o ímpio rei Acabe. Apesar da paciência de Deus, bem como repetidos esforços para avisar Acabe e trazê-lo com sua nação de volta à justiça, especialmente mediante o grande profeta Elias, tal rei insistiu em pecar e, portanto, veio o terrível julgamento de Deus sobre ele, sua posteridade e seu povo.

16.15-17 Zinri também cumpriu profecia contra a casa real (v.8-14), assim como Baasa (1 Rs 15.29).

16.18-20 Por ele ter queimado a casa do rei em Tirza, Zinri pode ter contribuído para que Onri construísse uma nova capital, com uma nova residência real (v.24), talvez uma que pudesse ser melhor defendida.

16.21, 22 A fonte da base política de Onri é desconhecida. De acordo com o historiador Josefo (ou José), Tibni foi morto nas lutas de poder dinásticas que acompanharam a dinastia de Onri.

16.23-28 O curto reinado de 12 anos não é demonstrativo do que Onri conquistou. Ele foi um dos mais impressionantes reis de Israel em termos de conquistas. Ele invadiu Moabe e marcou a sua presença em uma aliança que tinha por finalidade parar o avanço do poder da Assíria para o oeste. As suas conquistas são honradas na pedra moabita e nos anais assírios. De fato, ele foi tão importante para os assírios, que Israel passou a se chamar a Casa de Onri, mesmo após a sua morte, por muitos anos. Contudo, o autor de Reis descreve poucas conquistas de Onri, pois ele fez o que era mau aos olhos do SENHOR (v. 25a).

16.24-28 A escolha de Onri por Samaria como o território da sua nova capital foi, sem dúvida, motivada por vários fatores, tais como a sua condição geográfica favorável, a sua boa localização para o comércio e o seu potencial defensivo. E como era um território cananeu, era independente política, étnica e religiosamente de todas as alianças anteriores.

16.29—22.40 O reino de Acabe. Enquanto Onri era extremamente bem preparado militar, comercial e estrategicamente e tinha um histórico que falava por si mesmo (v.23), somente seis versículos relatam fatos do seu reinado. Sobre Acabe, por sua vez, existem cinco capítulos! Isso se dá por duas razões: primeiro, Acabe seguiu os passos do seu pai, Onri, intensificando o mal sobre os reis que viveram antes dele. Mas ele acelerou o processo em um nível quase inacreditável; ele tornou a adoração a Baal o culto oficial do Reino do Norte. Segundo, Acabe não tinha a permissão de Deus para promover a sua maldade sem um desafio. Este desafio veio na pessoa de Elias, uma das mais corajosas, poderosas e enigmáticas figuras das Escrituras.

16.29 O nome Acabe é uma combinação das palavras hebraicas irmão e pai. O termo pai refere-se a Deus, e irmão, ao relacionamento com Deus. Em outras palavras, Acabe significa (o meu) irmão (é também o meu) Pai. Acontece que Acabe não fez jus ao seu nome.

16.30, 31 A primeira avaliação de Acabe é a mesma que aquela dada ao seu pai (compare o verso 30 com o 25).

Com as suas vaidades. Com estas palavras, pode-se perceber que Acabe teve o mais alto nível de degeneração da vida espiritual. Cada um dos reis do Reino do Norte, de Nadabe (1 Rs 15.26), filho de Jeroboão, a Onri (1 Rs 16.26), o pai de Acabe, foi culpado por andar no mesmo caminho mau que Jeroboão I.

Acabe agiu como se os pecados de Jeroboão fossem banais. Isso se deu de duas maneiras: primeiro, ele se casou com Jezabel; segundo, ele instituiu a adoração a Baal como religião oficial da nação. O seu casamento com a princesa fenícia Jezabel foi politicamente importante e demonstrou a proeminência crescente da terceira dinastia de Israel. Como no caso das esposas estrangeiras de Salomão (1 Rs 11.1-13, que foi antes dele), o casamento de Acabe gerou trágicos resultados. Jezabel era extremamente competente, altamente talentosa e poderosa, mas era uma pessoa muito má e podia influenciar Acabe para ser mau como ninguém (cap. 21). Entretanto, quando ela não estava com o seu marido, ele se comportava bem (cap. 20).

O pai de Jezabel era rei e sacerdote de Baal em Sidom; da mesma forma, era ela princesa e sacerdotisa de Baal. O seu nome fenício era Abizebel, que significa meu pai (Baal) é nobre. Os escribas hebreus deliberadamente tiraram uma letra do seu nome, para que ela fosse conhecida para sempre como Jezabel, um nome que quer dizer sem honra.

E serviu a Baal, e se encurvou diante dele (v.3lc). O ultrajante é que Acabe foi muito além de meramente combinar uma série de crenças. Ele se tornou um adorador de Baal na sua plenitude.

16.32, 33 Além do mais, Acabe ergueu um altar a Baal, um templo a Baal, bem como um poste-ídolo (ARA). Com estas ações, Acabe firmou o estabelecimento do culto a Baal como a religião oficial da nação de Israel. A adoração a Baal em Israel foi o que, no final das contas, pôs fim aos reinos do norte e do sul (2 Rs 17.16-23; Jr 2.1—3.25). O pecado que Acabe e Jezabel trouxeram à nação foi uma total rejeição ao Deus vivo.

16.34 A despeito da maldição de Josué (Js 6.26,27), Hiel edificou a Jericó, que já havia sido ocupada várias vezes (Jz 3.13), mas não como uma cidade fortaleza permanentemente ocupada. Ou Hiel ofereceu os seus filhos em sacrifício (seguindo um costume antigo), ou eles morreram de alguma outra forma. De um jeito ou de outro, a maldição de Josué ali estava.

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