Significado de 1 Reis 2

1 Reis 2

1 Reis 2 continua a história dos últimos dias do rei Davi e o início do reinado de Salomão. Davi fornece a seu filho Salomão instruções e conselhos sobre como garantir o trono e liderar o reino. Ele encoraja Salomão a seguir os caminhos do Senhor e a tratar as pessoas com justiça.

Davi instrui Salomão a lidar com certos indivíduos que se opuseram a ele ou causaram problemas durante seu reinado. Ele menciona Joabe, seu comandante militar, que derramou sangue inocente, e Simei, que amaldiçoou Davi. Davi aconselha Salomão a lidar com esses assuntos de uma forma que proteja o reino e defenda a justiça.

Após a morte de Davi, Salomão se torna o rei de Israel. Adonias, filho de Davi, aproxima-se de Bate-Seba para pedir a mão da concubina de Davi, Abisague. Salomão vê este pedido como uma tentativa de ganhar poder e ordena a execução de Adonias. Salomão também se dirige a Joabe e Simei de acordo com as instruções de seu pai.

O capítulo destaca a importância de aderir à justiça e seguir os caminhos de Deus na liderança. Também descreve os passos iniciais de Salomão para estabelecer sua autoridade e manter a estabilidade no reino.

Em resumo, 1 Reis 2 narra as instruções finais de Davi a Salomão, o início do reinado de Salomão e seus esforços para consolidar seu poder e garantir a justiça no reino. O capítulo destaca a importância da liderança sábia e da obediência aos mandamentos de Deus para manter um governo estável e justo.

Significado

2.1-3 E deu ele ordem a Salomão, seu filho (v. 1). Davi estava seguindo um precedente espiritual e também um costume do antigo Oriente Médio, passando instruções para o seu filho (1 Cr 28; 29). A ordem de Davi para Salomão era o remanescente das palavras de Moisés para os israelitas (Dt 31.6) e a admoestação do Senhor a Josué (Js 1.6,79). As instruções específicas dadas aqui ecoam os padrões de retidão associadas com a aliança de Moisés (Dt5.33; 8.6,11; 11.1,22,23).

2.4 Nunca, disse, te faltará sucessor ao trono de Israel (parte c). Deus tinha feito uma aliança incondicional com Davi (2 Sm 7.12-16; 1 Cr 17.11-14), garantindo a ele uma contínua posteridade e uma dinastia real. Embora a aliança com Davi fosse uma eterna e sagrada promessa, alguns reis, mediante seus comportamentos perversos, poderiam não receber os benefícios da aliança (SI 89.3,4,14-24,27-37). A linhagem da promessa seria preservada, e ao trono de Israel não faltaria sucessor, mas viria um tempo quando o Líder prometido não estaria em um trono terrestre (Os 3.4).

Os profetas de Deus predisseram que um futuro herdeiro do trono de Davi reinaria sobre um Israel arrependido, reunido e restaurado (Jr 33.19-26; Ez 34.22-31) em cumprimento das promessas contidas nas alianças de Abraão, de Davi e da nova aliança que seria estabelecida por intermédio de Cristo (Ez 37-21-28; Mq 7.18- 20). O Novo Testamento revela que tudo isto será realizado e pleno em Jesus, o Rei salvador (At 3.25,26; 15.16, 17; G1 3.26-29; Ap 3.21), que vem a ser herdeiro de Davi em última instância (At 2.22-36).

2.5-9 O conselho de despedida de Davi sinalizou alguns problemas que ainda não tinham sido resolvidos. Um dizia respeito a Joabe. O destemido e forte Joabe havia matado dois chefes do exército de Israel (2 Sm 3.27; 20.10) e Absalão, o filho de Davi (2 Sm 18.14). Ele havia-se unido à conspiração mal sucedida de Adonias (1 Rs 1.7,19). Outro problema dizia respeito a Simei, que tinha tratado o rei vergonhosamente em uma ocasião anterior (2 Sm 16.5-13; 19.16-22). Cãs. Tanto Joabe como Simei tinham vivido um longo tempo sem a devida paga por seus atos perversos. O velho rei sabia que estes homens, provavelmente, continuariam a ser um problema para Salomão, da mesma forma que eles haviam sido para ele.

2.7-9 Davi também incluiu orientações de beneficência para a casa de Barzilai, que o tinha apoiado durante todo o período associado com a rebelião de Absalão (2 Sm 17.27-29; 19.31-39). Comer à mesa do rei trazia consigo não apenas uma honra distinta, mas real favor (2 Sm 9.7; 2 Rs 25.29). Isso significava que a casa real sustentaria essa família perpetuamente.

2.10-12 A morte de Davi será lembrada por toda a história de Israel. A sua morte e o fato de ele ter deixado como sucessor o seu filho Salomão foram os dois fatos que mostraram que o Senhor realizaria o Seu plano para estabelecer a casa de Davi e a regra do Rei salvador.

2.10 Hoje existe o assim chamado túmulo de Davi no monte Sião em Jerusalém, marcando aproximadamente o local onde ele deve ter sido sepultado.

2.12 Salomão se assentou no trono de Davi. Por estas palavras, tanto a sua coroação como o estabelecimento do seu reino foram declarados. A unção dramática o marcou como o único e verdadeiro sucessor de seu pai (1 Rs 1.38-40).

2.13-17 De paz é a tua vinda? Adonias fez Bate-Seba acreditar que o seu pedido por Abisague era simplesmente uma compensação por não ter recebido a coroa que todos esperavam que fosse dada a ele. Porém, o pedido de Adonias continha várias implicações. Tomar um membro do harém do rei normalmente seria interpretado como uma solicitação pelo trono (2 Sm 3.7-10; 12.8; 16.21-22). Abisague havia cuidado de Davi na sua velhice (1 Rs 1.1-4,15).

2.18-22 Também para ele o reino. Salomão não apenas entendeu o plano de Adonias, mas reconheceu Joabe e Abiatar como seus companheiros conspiradores. Os três foram tratados com severidade (v.23-35).

2.23-24 As ações de Salomão, embora severas, foram o que ele acreditava ser o meio pelo qual ele seria capaz de manter a fé com Yahweh, que o tinha levantado como rei.

2.25-26 Mão de Benaia. Este poderoso homem de Davi não participou dos planos de Adonias (1 Rs 1,8,26). Além disto, ele participou da cerimônia de unção de Salomão em Giom (1 Rs 1.38).

2.27 Quando Abiatar foi retirado do cargo de sacerdote, sua influência ficou grandemente restrita. Salomão poupou a vida de Abiatar em reconhecimento ao seu serviço prestado a Deus e a Davi no passado (2 Sm 15.24,29; 1 Cr 15.11- 15). Com este ato, a palavra do Senhor a Eli se cumpriu. Os descendentes de Eli foram removidos do serviço do Senhor 1 Sm 2.30-33).

2.28-31 Por Joabe ser um assassino (2 Sm 3.27; 18.14; 20.10), ele não poderia clamar pela proteção santa das pontas do altar (1 Rs 1.50). Por esta razão, ele não pôde escapar da execução ( lRs 2.29-31).

2.32-34 A paga das atitudes perversas de Joabe trouxeram à tona a razão para a sua execução, para remover o sangue inocente da cabeça de Davi e de sua casa.

2.35 Salomão, então, decisivamente apontou seus dois leais para as posições devidas. Benaia se tornou capitão do exército, e Zadoque, o sumo sacerdote. Zadoque era descendente de Eleazar, o filho de Arão (1 Cr 6.4-8).

2.36-46 A princípio, Salomão colocou Simei sob uma extensa prisão domiciliar, em vez de executá-lo imediatamente por ter tratado Davi de forma vergonhosa (1 Rs 2.8,9). Porém, Simei achou que tinha de perseguir dois escravos que haviam fugido. Esta desobediência o levou à morte.

Toda a maldade (1 Rs 2.44). Simei tinha-se oposto abertamente e amaldiçoado Davi (2 Sm 16.5-13; 19.16-23). Ele abertamente violou os termos do acordo com Salomão (1 Rs 2.36,37). Executando Joabe e Simei e removendo Abiatar, Salomão cumpriu as ordens de Davi dadas a ele (v.5, 8) e também resolveu o problema de ter um sumo sacerdote hostil.

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