Significado de 1 Reis 3

1 Reis 3

1 Reis 3 destaca um evento importante no início do reinado de Salomão como rei. Salomão demonstra seu desejo de sabedoria e entendimento quando oferece sacrifícios no alto de Gibeão. Durante sua adoração, Deus aparece a Salomão em sonho e se oferece para conceder-lhe tudo o que ele pedir.

Salomão pede humildemente sabedoria e discernimento para governar o povo de Israel com eficácia. Deus se agrada de seu pedido e lhe concede não apenas sabedoria, mas também riquezas, honra e vida longa. A sabedoria de Salomão torna-se evidente quando ele se depara com um caso difícil envolvendo duas mulheres que afirmam ser mãe de uma criança. Ele propõe cortar a criança ao meio para resolver a disputa, revelando o verdadeiro amor da mãe por sua disposição de desistir de sua reivindicação de proteger a vida da criança.

O capítulo também descreve o reinado próspero de Salomão, sua aliança com o Egito por meio do casamento e a construção do primeiro templo em Jerusalém. A narrativa destaca a sabedoria de Salomão, as bênçãos que Deus lhe concede e as primeiras conquistas de seu reinado.

Em resumo, 1 Reis 3 mostra a sabedoria e a compreensão de Salomão, seu desejo de liderança eficaz e a graciosa resposta de Deus ao seu humilde pedido. O capítulo enfatiza a importância de buscar sabedoria e discernimento na liderança e prepara o cenário para o reinado de Salomão caracterizado pela prosperidade, sabedoria e a construção do templo.

Significado

3.1-4.34 Este trecho enfatiza que Deus aprovou Salomão como sucessor de Davi, derramando sobre ele uma divinal bênção de sabedoria, para que pudesse governar o reino efetivamente. Este trecho tem quatro divisões: (1) O desejo de Salomão por sabedoria (1 Rs 3.1-15); (2) a sabedoria de Salomão para julgar (1 R s3 .16-28); a sabedoria de Salomão para governar (1 Rs 4.1-28); a fama de Salomão por sua sabedoria (1 Rs 4.29-34).

3.1 Tomou por mulher. No antigo Oriente Médio, as alianças políticas eram frequentemente ratificadas mediante o casamento do filho de um rei com a filha de outro. Salvo em circunstâncias incomuns, os faraós do Egito não observavam este costume (veja 1 Cr 4.17,18). Logo, o fato de o faraó ter dado a sua filha a Salomão confirmou o crescente prestígio do rei israelita, bem como a sua importância ao rei egípcio. Faraó deu a importante cidade de Gezer ao casal como presente de casamento (1 Rs 9.16). A falha (moral e espiritual) de Salomão, em seus últimos anos de vida, foi resultante de seus inúmeros casamentos com esposas estrangeiras. Cada uma delas vinha com a sua própria comitiva de sacerdotes e servos de sua religião pagã. No capítulo 11, pode-se observar o andar desta triste temática. Casa do Senhor. Tanto o palácio de Salomão como o templo são chamados de casa. Assim como Salomão ocupava o palácio, era natural que o Senhor se fizesse bem presente com o Seu povo no templo.

3.2, 3 Se as cerimônias de adoração aconteciam em ambientes especialmente construídos para tal função ou em um santuário ao ar livre (1 Rs 13.32), os lugares altos (v. 33) proporcionavam um cenário onde os ritos religiosos cananeus podiam se infiltrar em meio à adoração israelita (1 Rs 11.7; 2 Rs 16.4).

3.4, 5 Gibeão é um morro localizado a aproximadamente seis milhas à noroeste de Jerusalém.

3.6, 7 O termo criança (ARA) frequentemente refere-se a um servo ou a uma pessoa inexperiente, ainda em treinamento para alguma profissão (1 Rs 19.21; 20.14,15; 2 Rs 4-12). Com a devida humildade, Salomão expressa a sua relativa jovialidade e inexperiência.

3.8, 9 Um coração entendido. Este termo sugeria não somente a disponibilidade e a paciência para ouvir todos os lados de uma disputa, mas também o desejo de ter a habilidade de julgá-la.

3.10-12 Deus respondeu o pedido de Salomão de forma abundante, concedendo a ele não somente um coração entendido, mas um coração sábio para lidar com os casos cruciais da vida, de uma maneira justa e habilidosa. As habilidades que Deus deu a Salomão eram excepcionais. A sua sabedoria recém-adquirida (1 Rs 4.29-34) era frequentemente testada (1 Rs 3.16-28; 10.1-13, 23,24) e essencial diante dos críticos problemas enfrentados em sua administração. Os capítulos seguintes comprovam as habilidades administrativas de Salomão na política (cap. 4), na arquitetura (capítulos 5-7) e na área socioeconômica (1 Rs 9.10-28; 10.14-29). A sabedoria de Salomão, entretanto, não era garantia de sabedoria espiritual (1 Rs 11.1-13).

3.13, 14 O que não pediste. Por Salomão ter escolhido um presente maior que riquezas e honra, Deus prometeu a ele todo o restante (Mt 6.33).

3.15 Um sonho. Os sonhos eram uma das maneiras pelas quais Deus revelava a Sua vontade (Gn 20.3; 37.5; Dn 2.3). Apesar de Davi ter trazido a arca da aliança a Jerusalém (2 Sm 6), o tabernáculo e o seu mobiliário permaneceram em Gibeão, que serviu como um importante centro de adoração (1 Rs 3.4; 2 Cr 1.3-5).

3.16-25 O fato de prostitutas poderem apresentar-se diante de Salomão sugere que ele se disponibilizava para todo o tipo de pessoa que realmente almejava encontrar justiça.

3.26, 27 Porque o seu coração se lhe enterneceu por seu filho. O amor materno fez a verdadeira mãe abrir mão de seu filho para mantê-lo vivo.

3.28 Sabedoria e justiça. Essas primordiais qualidades que marcaram o reinado de Salomão desde o princípio caracterizavam o governo do Messias de Israel em um plano bem maior (Is 11.1-5).

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