Significado de 1 Reis 9

1 Reis 9

1 Reis 9 continua detalhando os eventos do reinado de Salomão, enfocando a resposta de Deus à dedicação do templo por Salomão e seus projetos de construção.

Deus aparece a Salomão pela segunda vez, reafirmando Sua aceitação do templo como um lugar de sacrifício e adoração. Deus garante a Salomão que Seus olhos e coração estarão lá perpetuamente se Salomão e seus descendentes andarem fielmente diante Dele.

No entanto, Deus também emite um aviso a Salomão. Ele diz a Salomão que se ele ou seus descendentes se desviarem dos mandamentos de Deus e adorarem outros deuses, o templo será abandonado e Israel será arrancado da terra. O capítulo serve como um lembrete das bênçãos da obediência e das consequências da desobediência.

O capítulo também menciona as cidades que Salomão construiu, incluindo Tadmor no deserto e várias cidades para armazenamento e carruagens. Salomão continua a manter um relacionamento próximo com o rei de Tiro, Hiram, envolvendo-se em comércio e troca de terras.

Em resumo, 1 Reis 9 destaca a resposta de Deus à dedicação do templo por Salomão e aos projetos de construção de Salomão. O capítulo enfatiza a importância da fidelidade e obediência aos mandamentos de Deus para o templo e a prosperidade do reino. Também prenuncia as consequências futuras que ocorrerão se Israel se desviar de sua aliança com Deus. O capítulo destaca a dinâmica do relacionamento entre Salomão, Israel e as nações vizinhas.

Significado

9.1-11.43 O relato do reinado de Salomão é encerrado com os sucessos socioeconômicos da era, com a sua apostasia e o seu crescente secularismo decorrente dele. O reinado de Salomão tinha começado bem, mas sofreu um declínio devido às suas próprias falhas espirituais. Esta seção tem quatro subseções: (1) relacionamentos e atividades especiais (1 Rs 9.1-28); (2) a visita da rainha de Sabá (1 Rs 10.1-10); (3) o esplendor da era (1 Rs 10.14-29); (4) detalhes finais relativos à era (1 Rs 11.1-43).

9.1-9 A segunda vez, Deus aparecera anteriormente a Salomão em Gibeão (1 Rs 3.4-15). O aviso do Senhor foi um lembrete necessário para Salomão, que vinha comprometendo as condições para que se gozasse da bênção de Deus. Salomão teria de assumir as consequências da desobediência (1 Rs 11.1-11).

9.10-14 Essas vinte cidades (v. ll) localizavam-se a leste e sudeste de Aco, no lote de terra tribal arrendado a Aser. Aparentemente, elas foram cedidas a Hirão como garantia pelo ouro necessário para se mobiliar o templo e o pátio do palácio. O descontentamento de Hirão com elas resultou, mais tarde, em Salomão ter redimido as cidades pelo pagamento do débito de alguma outra forma (2 Cr 8.1,2).

9.14 Cento e vinte talentos de ouro. Esta é uma quantia exorbitante (veja também o presente da rainha de Sabá em 1 Rs 10.10). Um talento era tido como a porção máxima que um homem podia carregar (2 Rs 5.23). Era igual a três mil siclos, ou cerca de 70 libras.

9.15 A identificação e localização de Milo são incertas. Provavelmente, a palavra se refere aos terraços e suportes arquitetônicos no declive do monte a leste de Jerusalém. Hazor, Megido e Gezer. Essas três cidades foram importantes centros comerciais, administrativos e militares para Salomão. Escavações arqueológicas descobriram elementos artísticos comuns nas paredes e nos portões das três cidades.

9.16 Gezer, que foi uma forte cidade cananeia, foi parte de uma transferência de posse territorial de Efraim. Efraim nunca possuiu Gezer. Entretanto, o Egito a conquistou. A localização privilegiada no alto da planície a oeste de Jerusalém fez dela um excelente presente para Faraó dar à sua filha, quando esta se casou com Salomão.

9.17-19 Três cidades eram a chave para a estratégia de defesa de Salomão: Bete-Horom, a baixa, e Baalate serviam para defender a parte oeste de Judá. Tadmor era provavelmente a importante cidade comercial da Síria, mais tarde conhecida como Palmira.

9.20, 21 As cinco nações listadas aqui são povos que constituíram os primeiros habitantes de Canaã. Muitas destas listas estão presentes no Antigo Testamento (Js 3.10). Salomão pôs os seus membros sobreviventes para trabalhar em projetos públicos, de acordo com o princípio do trabalho compulsório (1 Rs 5.13).

9.22-25 Essas três vezes por ano (v. 25) incluíam as Festas dos Pães Asmos, do Pentecostes e dos Tabernáculos (Dt 16.16). Salomão não somente demonstrou ser um pastor espiritual fiel, liderando o seu povo em adoração, como prestou constante atenção aos deveres religiosos prescritos. Assim, acabou a casa, ou seja, manteve esta em seu perfeito funcionamento.

9.26, 27 Eziom-Geber se encontrava na praia do moderno golfo de Aquaba. A sua localização privilegiada como saída para o mar Vermelho e para outras regiões fez desta cidade um importante pólo comercial, tanto para Salomão, como para Hirão, o seu parceiro de comércio fenício (2 Cr 8.17,18).

9.28 Um dos principais sítios comerciais alcançados por Eziom-Geber, Ofir deve ter fornecido ouro a Salomão para pagar a dívida em que estava com Hirão (1 Rs 5.8-11; 9.11-14). Salomão também recebeu um generoso presente de ouro da rainha de Sabá (1 Rs 10.10).

Índice: 1 Reis 1 1 Reis 2 1 Reis 3 1 Reis 4 1 Reis 5 1 Reis 6 1 Reis 7 1 Reis 8 1 Reis 9 1 Reis 10 1 Reis 11 1 Reis 12 1 Reis 13 1 Reis 14 1 Reis 15 1 Reis 16 1 Reis 17 1 Reis 18 1 Reis 19 1 Reis 20 1 Reis 21 1 Reis 22