Significado de 1 Reis 13

1 Reis 13 conta a história de um profeta de Judá que confronta o rei Jeroboão do Reino do Norte. O profeta entrega uma mensagem de Deus, predizendo que o altar em Betel será demolido e que Josias, um futuro rei de Judá, cumprirá esta profecia oferecendo os ossos de falsos sacerdotes naquele altar.

O rei Jeroboão fica descontente com a mensagem do profeta e tenta agarrá-lo, mas sua mão murcha e é milagrosamente restaurada pela intervenção de Deus. Jeroboão então convida o profeta para uma refeição em sua casa, mas o profeta se recusa, seguindo a ordem de Deus de não comer ou beber em Betel. Ele parte em seu caminho de volta para casa.

Durante a viagem, o profeta encontra um profeta mais velho que o convida para comer e beber em sua casa. O profeta mais velho afirma ter recebido uma mensagem de um anjo instruindo o profeta mais jovem a ir até sua casa. O profeta mais jovem, entretanto, compromete sua obediência ao mandamento original de Deus e concorda em jantar com o profeta mais velho.

Como resultado dessa concessão, o profeta mais jovem é condenado por Deus por não seguir Suas instruções específicas. Ele é morto por um leão em sua jornada de volta, como consequência de sua desobediência. O profeta mais velho lamenta sua morte e o homenageia.

Em resumo, 1 Reis 13 narra a história de um profeta de Judá que entrega uma mensagem ao rei Jeroboão e subsequentemente enfrenta um fim trágico devido ao seu compromisso e desobediência às instruções de Deus. O capítulo destaca a importância da obediência e fidelidade aos mandamentos de Deus, destacando as consequências do desvio de Suas diretrizes.

1 Reis 13

13.1, 2 Homem de Deus. Este profeta nos é desconhecido. A expressão pela palavra do SENHOR ocorre sete vezes neste capítulo (v. 1, 2, 5, 9, 17, 18, 32) e enfatiza que o homem de Deus agia de acordo com o comando de Deus, sob o poder dele. Jeroboão estava junto ao altar, para queimar incenso (v. lb). Mesmo tendo estabelecido a sua própria religião depravada e o seu sacerdócio apóstata, parece que a consciência de Jeroboão dificilmente pesava quando ele exercia o sacerdócio.

13.3 A palavra sinal indica algo miraculoso (Êx 4-21; Jr 33.20, 21). Sinais miraculosos podem indicar ou o propósito pretendido do feito, ou os seus maravilhosos efeitos. Ambas ideias frequentemente ocorriam juntas (Dt 6.22; SI 78.43).

13.4, 5 Diferente de Davi, que confessou os seus pecados quando foi acusado por Natã, o homem de Deus (2 Sm 12.13), o perverso Jeroboão procurou encarcerar o seu acusador. Mas, em vez disso, a mão que estendera contra o profeta secou, e o altar foi destruído.

13.6-10 Por misericórdia, o profeta foi usado pelo Senhor para curar a mão do rei. Ainda assim, entretanto, aquele homem de Deus não recebeu o mínimo de hospitalidade ou de recompensa que se esperava.

13.6, 7 Ora à face do SENHOR, teu Deus. Esta linguagem pode simbolizar que Jeroboão não mais estava servindo ao Deus vivo.

13.8-10 Não iria contigo, nem comeria pão, nem beberia água neste lugar. Em tempos bíblicos, compartilhar uma refeição era mais que um costume social; implicava uma comunhão íntima. Grandes cerimônias religiosas, da Páscoa à Ceia do Senhor, centram-se em pessoas comendo juntas. O profeta não quis que o seu ato de misericórdia sugerisse que Deus aceitara a adoração depravada de Jeroboão.

13.11 Além de ser um importante centro de culto (1 Rs 12.29), Betel deve ter tido uma das primeiras escolas proféticas (1 Rs 2.3-7). Um profeta velho. Talvez o experiente profeta se associara anteriormente com tal grupo. Sendo isso um fato ou não, a essa altura, ele claramente estava mentindo (v.18).

13.12-18 Claramente, vê-se que o profeta era um apóstata. Em vez, de reprovar Jeroboão, ele corajosamente mentiu ao verdadeiro profeta do Senhor.

13.19 Voltou ele. O homem de Deus tinha resistido à tentativa de Jeroboão de proteger o seu orgulho próprio, fazendo o profeta ficar na presença dele (v.7, 8). Contudo, o profeta falhou no discernimento da decepção e completamente violou as claras instruções divinas (v. 9). Por causa de sua desobediência, o profeta pagou um terrível preço (v. 24).

13.20-23 Sejam quais forem os motivos dele para trazer o homem de Deus à sua casa, o velho profeta, de fato, recebeu uma mensagem de Deus. Ele percebeu a sua horrenda participação na condenação do homem de Deus tarde demais. A sentença divina (v. 22) foi exercida rapidamente (v. 24).

13.24-28 A maneira como o leão ficou junto ao homem e ao jumento mostra que aquela fera não matou por fome, mas por ordem de Deus (v.25, 26, 28).

13.29-32 O velho profeta (v. ll) foi trazido de volta à fé bíblica com a visão da morte do verdadeiro profeta de Judá. O verdadeiro, mas desobediente, profeta pagou um terrível preço por sua desobediência ao que ele sabia ser a Palavra de Deus (v. 20-24).

13.32 Certamente, se cumprirá o que pela palavra do SENHOR clamou contra o altar. Essa confissão proclama renovação de fé na Palavra de Deus pelo profeta que se tinha tornado um enganador. A misericórdia de Deus esteve à sua disposição! O Senhor tinha curado a mão de Jeroboão (v. 6) por causa de Sua misericórdia, e o Senhor restaurou a fé do profeta enganador também em decorrência da Sua misericórdia.

13.32 Cidades de Samaria. A cidade de Samaria, na verdade, demorou aproximadamente meio século para existir (1 Rs 16.24) Mas o autor a menciona nesse versículo para a sua própria perspectiva posterior.

13.33, 34 Em vez de aprender com o relatório desse incidente, Jeroboão se tornou ainda mais determinado em seus maus caminhos. A sua apostasia o concedeu a reputação daquele que tinha feito pecara Israel (1 Rs 16.26).

Índice: 1 Reis 1 1 Reis 2 1 Reis 3 1 Reis 4 1 Reis 5 1 Reis 6 1 Reis 7 1 Reis 8 1 Reis 9 1 Reis 10 1 Reis 11 1 Reis 12 1 Reis 13 1 Reis 14 1 Reis 15 1 Reis 16 1 Reis 17 1 Reis 18 1 Reis 19 1 Reis 20 1 Reis 21 1 Reis 22