Estudo sobre Oseias 5

Uma guerra preventiva (5.8—6.11a)

A ameaça feita no v. 7 torna-se real nos v. 8ss, em que o ataque violento de um invasor é narrado. A. Alt mostrou que o pano de fundo é a guerra siro-efraimita de 734 a.C., mencionada em 2Rs 15.37; 16.5-9 e Is 7.1-16. Israel e Síria, tendo se aliado para se opor à Assíria, invadiram Judá para convencer esse povo a se aliar a eles. Acaz pediu ajuda aos assírios, que reagiram rapidamente. O que Oseias relata é o contra-ataque de Judá, visto que os nomes dos locais Gibed, Ramd e Bete-Aven (Betei) são removidos do sul para o norte.

As trombetas de advertência do v. 8 são ecoadas em 8.1, cf. também Jr 4.5; 6.1 e Jl 2.1. v. 8. esteja na vanguarda, ó Benjamim é traduzido por “Estamos com você” pela NEB e por “A batalha” pela GNB, mas, com base na analogia de Jz 5.14, poderia ser um grito de guerra: “Atrás de você, Benjamim”. A medida que os exércitos de Judá avançam, Efraim é arrasado (v. 9), e os marcos dos limites entre os dois países são eliminados (v. 10), o que provoca a ira de Deus; cf. Pv 22.28. Mas o desastre no final das contas é culpa do próprio Efraim (v. 11b, em que a GNB provavelmente traz o sentido correto de uma frase de difícil tradução: “insistiu em buscar ajuda de quem não tinha nada a oferecer” — cf. também o v. 13). O real inimigo do povo pecaminoso não é ninguém mais do que o próprio Deus (v. 12, 14; cf. 13.7), para quem eles deveriam ter voltado. Em vez disso, foram pedir ajuda à Assíria, o grande rei (cf. 10.6) sendo uma correção do hebraico em concordância com Is 36.13. Não sabemos quando isso aconteceu, embora 2Rs 17.3 possa ser o evento referido aqui. Finalmente (v. 15), o Senhor se afasta deles (cf. comentário de 5.6), esperando pelo verdadeiro arrependimento, como traduz a NVI, ou (como a GNB) “até que tenham sofrido o bastante pelos seus pecados” (cf. Is 40.2)

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