Interpretação de Zacarias 4

Zacarias 4 é o quarto capítulo do Livro de Zacarias no Antigo Testamento da Bíblia. Este capítulo dá continuidade à série de encontros visionários vivenciados pelo profeta Zacarias e transmite mensagens de encorajamento, poder divino e a importância do Espírito de Deus na realização de Seus propósitos.

Neste capítulo, Zacarias tem uma visão de um candelabro de ouro com sete lâmpadas e duas oliveiras de cada lado. Ele pergunta sobre o significado da visão, e um anjo explica que as oliveiras representam Zorobabel, o governador de Judá, e Josué, o sumo sacerdote. Os dois líderes são retratados como canais através dos quais fluem o poder divino e o Espírito de Deus, simbolizados pelo óleo que alimenta as lâmpadas. Isto enfatiza que a reconstrução bem-sucedida do templo e a restauração espiritual da nação não serão alcançadas apenas pelo esforço humano, mas pelo Espírito de Deus.

O anjo enfatiza ainda que mesmo obstáculos aparentemente intransponíveis, representados por uma “grande montanha”, serão superados através da liderança de Zorobabel e do Espírito de Deus. A famosa frase “Não por força nem por violência, mas pelo meu Espírito” tem origem neste capítulo, sublinhando o papel central do Espírito capacitador de Deus na realização dos Seus propósitos.

Zacarias 4 serve como uma mensagem de esperança e encorajamento para Zorobabel e Josué, bem como para o povo de Israel. Destaca a importância de confiar no Espírito e no poder de Deus para superar desafios e realizar os planos de Deus. A visão também aponta para o futuro cumprimento das promessas de Deus através de Cristo, que traz luz espiritual e capacitação aos crentes.

Interpretação

A Visão do Candelabro de Ouro. 4:1-14.
4:1. Tornou o anjo que falava comigo.
Exatamente como a visão do capítulo 3 destinava-se ao encorajamento de Josué, a visão deste capítulo destina-se ao fortalecimento de Zorobabel. O líder civil foi impedido repetidas vezes em seus esforços de construir o Templo.

4:2. Um candelabro todo de ouro. O profeta estava familiarizado com o candelabro do Tabernáculo de Moisés (cons. Êx. 25:31-40) e com o do Templo de Salomão, mas este candelabro de ouro diferia daqueles em quatro detalhes – o vaso, os tubos, as oliveiras e os bicos de ouro. O candelabro tinha sete lâmpadas e sete tubos, dando a idéia de um suprimento de azeite abundante e ilimitado.

4:6. Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos. A revelação de Deus a Zorobabel era que todo o seu trabalho feito para Deus não dependia de força, poder ou perícia humanos, mas do Espírito de Deus para que desse frutos. Através desta passagem fica-se sabendo que o azeite nas Escrituras é um símbolo do Espírito Santo.

4:7. Diante de Zorobabel serás uma campina. Qualquer obstáculo montanhoso no caminho de Zorobabel nada seria diante do poder do Espírito de Deus. A pedra de remate. O líder civil veria a conclusão da estrutura que tinha começado. Graça e graça para ela. O povo de Deus invocaria a graça e o favor divinos sobre o santuário pronto.

4:9. As mãos... elas mesmas a acabarão. A fim de que Zorobabel tivesse conforto seguro e inconfundível para a tarefa, a promessa do versículo 7 foi reiterado.

4:10. O dia dos humildes começos. De Esdras 3:12, 13 e Ageu 2:3 sabe-se que em Israel muitos faziam comparações desfavoráveis entre o glorioso Templo de Salomão e a estrutura então em construção. O templo de sua reconstrução foi aqui chamado de dia das coisas humildes. Os olhos do SENHOR. Os olhos dos homens poderiam olhar com desdém para o trabalho a ser feito, mas os olhos do Senhor viam com satisfação a atividade da construção de Zorobabel. Ainda mais, o cuidado providencial de Deus, que abrange toda a terra, estava empenhado na conclusão do Templo (cons. II Cr. 16:9).

4:14. São os dois ungidos. As duas oliveiras de cada lado do candelabro representavam os ungidos (lit., filhos do óleo) que eram os canais através dos quais a graça de Deus era então mediada ao Seu povo. Os indivíduos sob consideração eram Josué e Zorobabel, os agentes religiosos e civis de Deus. Finalmente, aquele através de quem todas as bênçãos religiosas ou espirituais e civis são transmitidas é o Senhor Jesus Cristo.

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