Significado de Marcos 11

Marcos 11

Marcos 11 começa com Jesus entrando triunfalmente em Jerusalém montado em um jumento, e o povo O recebe com palmas e gritos de “Rosana!”. Este evento é conhecido como Entrada Triunfal e é um momento significativo na tradição cristã, pois é visto como o início da Semana Santa.

Depois de entrar em Jerusalém, Jesus vai ao templo e expulsa os cambistas e mercadores que ali faziam negócios. Ele declara que o templo deve ser uma casa de oração para todas as nações e repreende o povo por transformá-lo em um covil de ladrões.

O capítulo também inclui a história da figueira, que Jesus amaldiçoa por não dar frutos. Este evento é muitas vezes interpretado simbolicamente como um aviso aos líderes judeus e à nação de Israel, que não produziram os frutos de justiça e fé que Deus deseja.

Por fim, o capítulo termina com Jesus ensinando sobre o poder da oração e a importância do perdão. Ele enfatiza a necessidade de fé e confiança em Deus, e a necessidade de perdoar os outros para receber o perdão de Deus.

No geral, Marcos 11 enfatiza os temas de profecia, julgamento e fé. A Entrada Triunfal de Jesus em Jerusalém é vista como um cumprimento da profecia do Antigo Testamento e um ato simbólico de julgamento contra os líderes religiosos corruptos da época. Suas ações no templo demonstram Seu zelo pela pureza e santidade da casa de Deus, e Sua maldição da figueira é uma advertência simbólica à nação de Israel. O ensinamento de Jesus sobre oração e perdão enfatiza a importância da fé, confiança e perdão na vida de um crente.

Comentário de Marcos 11

11.1—15-47 A maior parte da narrativa de Marcos acontece durante um período de sete dias — a semana da Páscoa, quando Jesus finalmente enfrentou a morte. O Evangelho de Marcos é considerado a história da paixão de Cristo com uma longa introdução. E sua ênfase na semana da paixão é muito apropriada; afinal, foi nesse período que Jesus cumpriu Seu propósito na terra.

11.1 Betfagé e Betânia ficavam a leste do monte das Oliveiras, a pouco mais de três quilômetros dos muros de Jerusalém. Lázaro foi ressuscitado em Betânia (Jo 12.1).

11.2-7 A deidade de Cristo é algo evidente nessa passagem. Encontrareis mostra Seu prévio conhecimento sobre as situações. E normal um jumentinho sobre o qual ainda não montou homem algum ser muito manso e solícito, mas o Mestre também é o Senhor da natureza e de todas as criaturas. Jesus assentou-se sobre ele tranquilamente.

11.8-11 Essa foi a entrada triunfal no domingo de ramos. A multidão reconheceu Jesus como o Senhor repetindo um salmo messiânico (Sl 118.25, 26). Cristo ia para Betânia todas as noites e ficava na casa de algum amigo Seu (provavelmente Lázaro ou Simão — Mc 14.3), mas, como não tomou café da manhã no dia seguinte (Mc 11.12), Ele e os 12 devem ter ficado acampados em algum lugar na noite anterior.

11.12 No dia seguinte talvez fosse segunda-feira. Marcos dedica apenas oito versículos a esse dia. A terça-feira começa no versículo 20, mas os eventos que ocorreram na terça e na quarta-feira aparecem juntos nessa longa seção que vai até Marcos 13.37. Uma nova referência cronológica tem início em Marcos 14.1. Dali a dois dias. O Mestre teve fome — o que, com certeza, mostra Sua humanidade; Ele não tomou café da manhã e, provavelmente, não teve uma boa refeição na noite anterior. Veja como essas evidências irrefutáveis da Sua humanidade vêm logo após as evidências da Sua plena deidade (v.2-10).

11.13, 14 Marcos explica aos seus leitores que não era tempo de figos. A Páscoa sempre acontecia em março ou abril, e a estação dos figos era só em maio ou junho. Mas as figueiras davam brotos em março, folhas em abril, e finalmente seu fruto. Jesus estava à procura dos brotos que eram comestíveis, mas a falta deles mostrava que aquela árvore seria infrutífera naquele ano.

11.15-18 Ao purificar o templo, Jesus estava mostrando claramente que possuía a mesma autoridade de Deus, que havia enchido o templo com Sua glória anteriormente (2 Cr 5.13,14).

11.15, 16 Vendiam e compravam animais considerados puros para o sacrifício. Cambistas. O templo tinha sua própria moeda. Então, os que iam ali para adorar tinham de trocar suas moedas para oferecer suas ofertas. Essa foi a segunda vez que Cristo colocou o templo em ordem. Um pouco antes de iniciar Seu ministério, Ele fez o mesmo (Jo 2.13-21). Ser carpinteiro (veja Mc 6.3) rendeu força física a Jesus, e isso lhe deu coragem para expulsar os que estavam profanando a casa de Deus. Jesus foi um bom exemplo de homem corajoso.

11.17 Jesus citou os profetas Isaías e Jeremias (Is 56.7; Jr 7.11) para explicar a conduta desprezível dos que compravam e vendiam no templo. Covil de ladrões se refere à prática de enganar as pessoas, tanto os israelitas como os de outras nações, trocando as moedas por um valor injusto ou vendendo produtos de má qualidade.

11.18 O suspense aumenta no drama de Marcos com as reações contrastantes a Jesus. Os líderes religiosos buscavam ocasião para o matar, enquanto a multidão, que o havia recebido com um cortejo triunfal, estava admirada acerca da sua doutrina.

11.19, 20 Marcos relata a transição da noite para o dia enquanto Jesus deixava a cidade, pois já era tarde.

11.21 Por que a figueira foi amaldiçoada e secou. Esta passagem que mostra Jesus amaldiçoando a figueira, fazendo-a secar, enfoca o poder da fé verdadeira. Há quem sustente que a figueira representava Israel, em função de não dar fruto algum e ter de enfrentar o juízo de Deus que era iminente.

11.22, 23 A ilustração de um monte sendo lançado ao mar é o exemplo de algo simplesmente impossível. E essa é a questão: ter fé em Deus realiza o impossível. Marcos já havia ressaltado antes como Jesus insistia que era preciso somente crer (Mc 9.23,24).

11.24 Crer é a chave para a oração. No entanto, todas as nossas petições devem ser feitas em nome de Jesus (Jo 15.16) e para que tudo seja segundo a sua vontade (1 Jo 5.14) O que nos leva a crer poderosamente é o objeto da nossa fé: a verdade.

11.25, 26 Perdoar é entregar tudo nas mãos de Deus, pois todo pecado acaba sendo contrário ao Altíssimo e a Ele pertence a vingança (Rm 12.19). O cristão só terá o perdão divino se estiver disposto a perdoar também.

11.27, 28 Os líderes religiosos (v.27), que nessa ocasião andavam tramando a morte de Je sus (v.18), perguntaram a Ele sobre (1) a natureza e (2) a fonte da Sua autoridade, provavelmente por Ele ter declarado abertamente que era o Messias. Estas coisas se referem à autoridade que Cristo usou para purificar o templo (v. 15-17).

11.29, 30 O objetivo da pergunta de Jesus era expor mais uma vez a falsidade dos Seus acusadores. O batismo de João diz respeito à autoridade de João Batista. Era do céu — ou seja, algo determinado por Deus e digno de obediência — ou meramente dos homens — ou seja, uma invenção vazia e destituída de verdade ou autoridade?

11.31, 32 Os principais dos sacerdotes, os escribas e os anciãos arrazoaram entre si e rapidamente chegaram a um denominador comum: o batismo de João era, de fato, do céu, e a autoridade de Jesus, tanto quanto.

11.33 Não sabemos foi uma resposta mentirosa, mas, talvez, a única possível para aqueles homens que queriam apenas salvar sua reputação.

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