Interpretação de Jeremias 50

Jeremias 50 contém uma profecia a respeito da nação da Babilônia e seu julgamento iminente.

O capítulo começa com uma mensagem de Deus dirigida à Babilônia. A profecia descreve a queda e destruição que sobrevirá à Babilônia devido à arrogância, opressão e maus-tratos a Israel.

Jeremias 50 prossegue descrevendo a extensão da devastação da Babilônia. O capítulo usa imagens vívidas para retratar a queda dos ídolos da Babilônia e o caos que se seguirá.

O capítulo continua com uma mensagem de esperança para o povo de Israel. Deus promete trazê-los de volta do cativeiro e restaurá-los à sua terra.

Jeremias 50 também enfatiza o papel dos medos no julgamento da Babilônia. O capítulo descreve os medos como instrumentos da ira de Deus contra a Babilônia.

O capítulo termina com uma mensagem de lamentação pela Babilônia. A profecia fala da tristeza e do luto que encherão a terra como resultado da destruição.

Em termos gerais, Jeremias 50 transmite uma mensagem do julgamento de Deus sobre Babilônia por seu orgulho, opressão e crueldade. O capítulo ilustra as consequências da arrogância e da desobediência humanas, bem como a autoridade final de Deus sobre as nações. Serve como um lembrete de que mesmo os impérios mais poderosos estão sujeitos à soberania e ao julgamento de Deus. O capítulo também oferece um vislumbre da misericórdia e restauração de Deus para o Seu povo, mesmo em meio à turbulência causada pela queda da Babilônia.

Interpretação

50:1–51:64 Este longo oráculo tem dois temas – a queda da Babilônia e o retorno dos judeus do exílio babilônico. Argumentar que poderia não ter sido escrito por Jeremias por causa da severidade da linguagem contra a Babilônia é interpretar mal o profeta. Ele não era "pró-babilônico". Como porta-voz de Deus ele realmente insistia na submissão dos judeus a Nabucodonosor, o servo punidor (27:6). Aqui, ele prediz que a nação pagã da Babilônia será por sua vez punida por causa do seu orgulho e rapacidade. A Babilônia caiu em 539 A.C, diante dos exércitos de Ciro, o persa, sem que houvesse luta. Ciro revogou a velha política assírio-babilônica de deportação, emitindo uma série de decretos, permitindo aos povos cativos o retorno às suas terras. Os judeus receberam permissão de pôr um fim ao seu exílio e reconstruir Jerusalém.

50:2. Bel... Merodaque. Bel é um título que significa senhor e parece que era nesse tempo aplicado a Marduque, o principal deus da Babilônia, chamado Merodaque no V. T. Era um deus-sol e, de acordo com o mito babilônico da criação, o criador do mundo.

50:3. Do norte. Evidentemente uma alusão aos persas, que vinham do leste. Talvez a essa altura o norte já tivesse se transformado para os judeus em um termo sinistro que indicava o lugar da origem de todo o mal. (Cons. Introdução, O Inimigo do Norte).

50:8. Os bodes são os líderes do rebanho. Que os judeus liderem o retorno dos povos cativos aos seus lares.

50:9. Terra do Norte. Veja observação referente a 50:3, 12, 13. Ciro não destruiu a Babilônia quando a tomou. Mais tarde no período persa a cidade se sublevou e Dario Histaspis invadiu-a e destruiu seus muros (514 A. C.), dando assim início à sua derrocada. A cidade continuou declinando até a era cristã, quando deixou de existir. As ruínas desoladas permaneceram até quando os arqueólogos vieram a desenterrá-las no século 19.

50:16. O que semeia. A Babilônia estava localizada em uma terra fértil e irrigada, própria para a lavoura. Com a destruição da autoridade central, o sistema dos canais de irrigação ficaram entupidos e por isso atualmente a região parece um deserto.

50:19 A fertilidade da terra à qual Israel seria restaurada foi descrita neste versículo. Carmelo significa a terra dos jardins. As regiões transjordânicas de Gileade e Basã eram conhecidas por suas pastagens e florestas (Dt. 32:14; Is. 2:13; Mq. 7:14; Zc. 11:2). As colinas de Efraim continham muita terra própria para a agricultura.

50:21. Duplamente rebelde... de castigo. Merataim... Pecode. Esses nomes fazem trocadilhos com nomes de localidades da Babilônia. Merataim significa duplamente rebelde, e faz trocadilho com mât marrâti, um nome aplicado ao sul da Babilônia. Pecode significa castigo, e se refere ao nome de uma tribo a leste da Babilônia, os Puqudu (cons. Ez. 23:23).

50:25. As armas da sua indignação. Cons. Is. 13:5. 34. Redentor; isto é, o Libertador do cativeiro da Babilônia (cons. Is. 43:14; Pv. 23:11).

50:39, 40 Os viajantes dizem que estas palavras ainda continuam se aplicando às ruínas da Babilônia. Os beduínos evitam-nas por julgarem que são o refúgio de animais selvagens e maus espíritos (cons. Is. 13:19-22).

50:44. Eis que... sobe. Refere-se a Ciro. Da floresta jordânica. Veja observação referente a 12:5.

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