Ezequiel 7 — Comentário de Matthew Henry


Comentário do Livro de Ezequiel 7
por Matthew Henry


Ezequiel 7

Versículos 1-15: A desolação da terra; 16-22: A angústia dos poucos que escaparão; 13-27: O cativeiro.

Vv. 1-15. O abrupto desta profecia e as muitas repetições mostram que o profeta estava profundamente afetado pela perspectiva destas calamidades. Tal será a destruição dos pecadores, porque ninguém pode evitá-la. Quem dera que a iniquidade do ímpio terminasse antes que os consumisse! A angústia para o penitente é somente um mal, endurece os seus corações e move as suas corrupções, porém, existem aqueles para os quais a mesma angústia é santificada pela graça de Deus, e torna-se um meio de fazer-lhes muito bem.

O dia da angústia real está próximo, e não é um simples eco ou rumor de problemas. Qualquer que seja o fruto dos juízos de Deus, o nosso pecado é a raiz deles. Estes juízos serão universais. Deus será glorificado em tudo. Agora é o dia da paciência e da misericórdia do Senhor, mas o tempo da angústia do pecador está próximo.

Vv. 16-22. Mais cedo ou mais tarde, o pecado causará dor; e aqueles que não se arrependerem de seus pecados podem, em justiça, ser deixados para a destruição neles. Há muitos cuja riqueza é a sua armadilha e destruição; e ganhar o mundo significa a perda de suas almas. As riquezas não serão de nenhum proveito no dia da ira. A riqueza deste mundo não tem em si o que responderá aos desejos da alma ou não trará satisfação para ela no dia da angústia. O templo de Deus não lhes permitirá a entrada. Aqueles que não são governados por seu poder são indignos de ser honrados com a piedade.

Vv. 23-27. Qualquer que infrinja os limites da lei de Deus será preso pelas cadeias dos seus juízos. Uma vez que eles se animam uns aos outros para pecar, Deus os desalentará. Todos serão angustiados quando Deus vier julgá-los conforme as suas deserções. Que o Senhor nos capacite a buscar a boa parte que não será tirada.