Ezequiel 24 — Comentário de Matthew Henry

Comentário do Livro de Ezequiel 24
por Matthew Henry


Ezequiel 24
Versículos  1-14: A  sorte de Jerusalém;  15-27: A extensão dos sofrimentos dos judeus.

Vv. 1-14. A panela no fogo representava Jerusalém sitiada pelos caldeus; os homens de todas posições e classes sociais estavam dentro dos muros, preparados como uma presa para o inimigo. Deveriam ter abandonado as suas transgressões, como a espuma que sobe pelo calor do fogo é tirada da parte de cima da panela. Porém, tornaram-se piores e as suas misérias aumentaram.

Jerusalém seria demolida até ao chão, o tempo designado para o castigo dos ímpios parece vir lentamente, mas certamente virá. É triste pensar quantos são aqueles que perdem todas as ordenanças e as providências.

Vv. 15-27. Ainda que chorar pelos mortos seja um dever, devemos, contudo, mantermo-nos sujeitos à religião e à reta razão: não devemos nos entristecer como homens que não têm esperanças. Os crentes não devem copiar a linguagem e as expressões daqueles que não conhecem a Deus, o povo perguntou o significado do sinal. Deus permitiu que tudo o que lhes era mais querido lhes fosse tomado. Como Ezequiel não chorou por causa de sua aflição, assim também eles não deveriam chorar pelas suas.

Bendito seja Deus, pois não temos que desfalecer sob o peso de nossas aflições. Se todos os consolos falharem e se todo o sofrimento se unir, ainda assim o coração quebrantado e a oração do doente serão sempre aceitáveis diante de Deus.