Ezequiel 14 — Comentário de Matthew Henry

Comentário do Livro de Ezequiel 14
por Matthew Henry


Ezequiel 14

Versículos 1-11: Ameaças contra os hipócritas; 12-23: O propósito de Deus ao castigar os judeus culpáveis, porém alguns poucos serão salvos.

Vv. 1-11. Nenhuma forma ou reforma externa pode ser aceitável para Deus, enquanto houver um ídolo de posse do coração, mas quantos preferem os seus próprios inventos e sua própria justiça, em lugar do caminho da salvação! As corrupções dos homens são ídolos de seus corações, de sua própria criação. Deus deixará que eles sigam o seu curso. O pecado torna o pecador odioso aos olhos do Deus puro e santo, e também aos seus próprios olhos quando a consciência é vivificada. Procuremos ser lavados da culpa e da contaminação do pecado, na fonte que o Senhor tem aberto.

Vv. 12-23. Os pecados nacionais acarretam juízos nacionais. Ainda que os pecadores escapem de um juízo, existe outro à sua espera. Quando o povo que professa a Deus se rebela contra Ele, é justo que esperem todos os juízos, pois eles lhes sobrevirão. A fé, a obediência e as orações de Noé prevaleceram para salvar a sua casa, mas não ao mundo antigo. O sacrifício e a oração de Jó a favor dos seus amigos foram aceitos, e Daniel prevaleceu para a salvação de seus companheiros e dos sábios da Babilônia. Entretanto, um povo que tenha enchido a medida dos seus pecados não deve ter esperanças de escapar por amor aos justos que vivem entre eles; nem sequer por causa dos santos mais eminentes, que poderiam ser aceitos e salvarem-se a si mesmos por meio dos sofrimentos e da justiça de Cristo. Mesmo quando Deus faz grandes desolações através dos seus juízos, salva a alguns para que sirvam como memorial de sua misericórdia. Crendo firmemente que aprovaremos toda a maneira de Deus tratar a nós e à humanidade, aquietemo-nos e não murmuremos, nem coloquemos objeções rebeldes.